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A ESCRAVIDÃO NA BÍBLIA.

Este texto e parte integrante  de um artigo maior postado neste blog: A TEOLOGIA PRESENTE NOS DISCURSOS DA IGREJA CATÓLICA       NO FIN...

25/07/2017

ÉTICA E MORAL - AGOSTINHO E TOMAZ DE AQUINO - SÍNTESE

Por JOSÉ MARIA V. RODRIGUS
(Bacharel em Teologia)

SÍNTESE  DA ETICA  NAS OBRAS CIDADE DE DEUS DE SANTO AGOSTINHO
E SUMA TEOLOCIA II DE TOMÁS DE AQUINO
INTRODUÇÃO                                                                                         
1) A ética na Cidade de Deus.                                                                      
2)          A ETICA EM TOMÁS DE AQUINO (1227-1274 d.C.)                       
2.1)         O pecado na obra Suma Teológica de São Tomás de Aquino       
2.2)          A Graça em Tomas de Aquino em
             comparação a Santo Agostinho.                                                    
2.3)           A razão em busca pela perfeição e centralidade do homem.      
2.4)         A centralidade do homem.                                                              
4)         Considerações finais                                                                           
6)          Referencias Bibliográficas                                                                
7)              WEBSITES VISITADOS                                                                 
INTRODUÇÃO
O conceito de ética e moral se desenvolveu e se evoluiu ao longo dos tempos conforme os acontecimentos  e circunstancia na historia do homem. Logo ética e moral para Aristóteles tinha  conotação bem diferente do que para Santo Agostinho e para São Tomás de Aquino. Uma vez o pensamento dominante na sociedade em que viviam era  diferente  cujos objetivos morais e éticos em cada ocasião eram distintos. Assim  como, como na Grécia antiga predominava a filosofia grega na medieva o domínio da religião cristã até a Idade Moderna  quando começa o desligamento  entre fé-razão. O Renascentismo, racionalismo e o iluminismo vão ditar os conceitos de ética e moral.
Assim escravizar ou até matar um negro na Grécia Antiga tinha uma conotação sociológica e histórica muito diferente do que acontecia nos tempos da colonização católica e espanhola no séc. XV e XVI.
Logo Agostinho e Tomaz de Aquino tem suas diferenças e igualdades na questão de ética e moral e é isso que pretendemos dissertar  nesta pesquisa. Observando as obras Cidade de Deus de Santo Agostino e Suma Teológica II  de São Tomás de Aquino.
Sabendo que as obras de Agostinho e Tomás de Aquino é muito extensa e complicada de entender, fizemos uso de alguns tópicos considerados mais importantes que nos levaria a um resultado final que é a aplicação para nossa atualidade.
Realizar este breve estudo foi de grande valia, principalmente porque me levou a conhecer melhor as teologia e filosofias patrística e escolástica.


1)      A ética na Cidade de Deus.
 Na  obra agostiniana “A Cidade de Deus”   que tem como historicidade da temática a da edificação de duas cidades: A cidade de Deus (celeste) e a cidade dos homens (terrena). Uma espécie de alegoria dos  primeiros capítulos de Genesis quando  Caim construiu uma cidade (cidade dos homens) e Abel preferiu fundar uma cidade celestial. A cidade dos homens edificada por Caim teve como ‘alicerces’ o “amor próprio” que levou ao desprezo de Deus. A cidade de Deus fundada no “auto desprezo de si mesmo e  no amor”; por isso teve a aprovação de Deus. “Para Santo Agostinho, a primeira cidade está destinada a sofrer a pena eterna com o Diabo e a segunda a reinar eternamente com Deus”.  Dois personagens são introduzidos na historia ‘o peregrino dos céus e o cidadão do mundo’. A natureza pervertida pelo pecado gera os cidadãos da cidade terrena, e a graça que libertada do pecado, gera os cidadãos da cidade celeste.[1]
A ética, segundo Lucas Fachinelli,   em Agostinho  depende de Deus, porém passa pelo principio do ‘Pecado Original’  que corrompeu o interior do homem o enfraquecendo  moralmente. O homem corrompido pode tender tanto ao mal (pecado) como ao bem (virtude ). Agostinho não entende que o homem é sumariamente mal, mas que se o homem não seguir uma vida virtuosa em Deus será levado ao mal, ou aos vícios da carne e por isso o ser humano não poderá se valer de sua própria natureza para a salvação. [2] 
Segundo Nalini  o amor no pensamento agostiniano ocupa papel fundamental na geração do mau. “Antes de tudo cabe ao homem escolher bem o objeto do seu amor, mas deve tomar tento ao que ama. O homem será bom ou mau de acordo com o objeto bom ou mau do seu amor”.  “A sociedade humana procura a paz e se baseiam num desejo comum: na dominação e no gozo de bens materiais. A cidade de Deus realiza a paz mediante no amor de Deus. Diante destas  divergências as duas cidades estão em lutas”. Nalini também afirma que “há filhos da Igreja ocultos entre os ímpios e há falsos cristãos dentro da Igreja (...).  O enquadramento, em uma ou outra cidade, depende da moral que a cada qual (se)  orienta e da pureza de proposito que o anima”[3].  Assim,  “a corrupção das duas cidades se baseado na constatação de que, seja no plano politico, seja no plano ético existe um confronto entre as duas dinâmicas afetivas. Aquele que impele para a miséria e a corrupção e outra que impulsiona para o bem  e a verdade”. A  conclusão que Nalini faz a respeito da formação das duas cidades  é que “dois amores construíram as duas cidades: a cidade terrena, pelo amor de si mesmo até ao desprezo por Deus; e a cidade celeste pelo amor de Deus até ao desprezo de si.  Uma glorifica de si próprio outra glorifica no Senhor”[4]. A primeira se mantem orgulhosa, soberba arrogante, se vangloria de suas vitorias; a outra se mantém humilde, sensível à caridade.  “aquela confia nos seus príncipes, ama sua própria força; esta diz: Amar-te-ei, Senhor, minha única fortaleza (Sal. 17:2)”.[5]
Nesta  conclusão que Nalini faz  é que a centralidade da moral agostiniana é o amor. O amor como força motriz da vontade. “O problema central da moralidade é ... o da reta escolha das coisas a serem amadas”.  Para Agostinho “o amor promove a igualdade, pois amar alguém significa estimá-lo como a si mesmo. Isso só é possível no plano da igualdade”.    
2)    A ETICA EM TOMÁS DE AQUINO (1227-1274 d.C.)   
Conforme assegura SILVA-TEIXEIRA[6]:  
Na Summa teologiae, parte I, Tomás introduz a reflexão ética, desenvolvida com propriedade, na parte II da obra: a Suma visa integrar a totalidade da ética pessoal e social dentro da construção teológica, assegurando a consistência e autonomia humana dessa ética em uma sabedoria de inspiração evangélica. 32 Também o pensamento ético de Tomás está expresso: na Scriptum super Sententias (livro I, II e III), de Veritate, Summa contra Gentes (livro III).[7]
Tomás desenvolverá, na II parte da Summa Teologiae a estrutura conceitual da sua ética filosófica: a) a estrutura do agir ético: teológico (bem, fim, beatitude), antropológico (conhecimento, liberdade, consciência, paixão, hábitos), normativo (a lei e a razão reta), e específico da ética do agir (hábitos virtuosos); b) a estrutura da vida ética: fundamentação (virtudes cardeais) e unidade orgânica (ordem das virtudes); c) e a realização histórica: natureza e graça.[8]
Em Tomas de Aquino  sua ética esta fundamentalmente calcada na metafisica, como era tradicional da tradição clássica.  E, estruturada “no caráter realista por meio de princípios e observância das normas, que é a própria ética de Aristóteles: o encontro do senso de justiça de Aristóteles; com este suplemento de solidariedade que vem da Bíblia”. Tomas considerava a justiça fundamental para combater a corrupção que torna as pessoas contaminadas pela ganancia, pois a justiça  promove a igualdade a igualdade nas relações e instituições.  O que toma a dimensão de pecado e idolatria são estes vícios promovido  pela desigualdade.  Tomas constrói uma ética da justiça e da solidariedade como são vista em Aristóteles onde a justiça, entre todas as virtude, ‘é o bem de um outro’; numa relação com o próximo “fazendo o que é vantajoso para o outro”[9]    
2.1)        O pecado na obra Suma Teológica de São Tomás de Aquino    
 Segundo Nerval Rosa (2001, p. 271) no pensamento de Tomás de Aquino o  “Pecado  é uma palavra, ato ou desejo contrario à lei terrena” e o divide em pecado contra Deus, contra si mesmo e contra o semelhante.  Na opinião Tomista ‘o amor próprio exagerado é a causa de todo o pecado’:
O amor próprio exagerado é a causa de todo pecado, ora, o amor próprio inclui o desejo desordenado do bem, pois o homem deseja o bem para o que ama,  portanto é evidente por sim mesmo que o desordenado desejo do bem é a causa de doto o pecado” (Art. 5º. Da questão 77) (Rosa, p. 271).

Para Tomás de Aquino há nítida diferença entre a natureza humana íntegra antes da Queda, e depois de corrompida pelo pecado de nossos primeiros pais. No estado da integridade, o homem, por seus poderes naturais, apenas ele podia amar a Deus mais do que a si próprio e acima de todas as coisas. Podia cumprir todos os mandamentos da Lei e, sem a graça habitual, podia evitar o pecado mortal ou pecado vênia.[10] 
2.2)            A Graça em Tomas de Aquino em comparação a Santo Agostinho.
Lucas Fachinelli  afirma que “São Tomás pergunta ‘se sem a graça pode o homem querer e fazer o bem’”.  A resposta tomista é que “o pecado não corrompeu totalmente a natureza humana a ponto de privá-lo de todo o homem que lhe é natural. Mas para realizar uma obra meritória de caráter sobrenatural é necessário o auxilio da Graça”.
 Enquanto que para o Bispo de Hipona: “Sem a Graça ninguém pode absolutamente fazer o bem: seja pensando, querendo, amando ou agindo”. Para Agostinho a Graça acrescenta algo à alma, além de consistir na remissão dos pecados, e a paz na reconciliação com Deus; mas no sentido que  a remissão dos pecados promoveu a paz e a reconciliação. Não que a paz e a reconciliação não faça parte da Graça. Para Tomas de Aquino a Graça se manifesta em diferentes graus com o objetivo do aperfeiçoamento do universo.
Na obra agostiniana ‘A Cidade de Deus’,   os cidadãos da Cidade Celeste questiona se a graça é a mesma coisa que virtude. A resposta é que “a graça que opera, é a fé que opera pelo amor”.  Logo Graça para Agostinho não é uma virtude, pois afirma que “a Graça é anterior à caridade”.
Na teologia tomista o estado de corrupção da natureza humana precisa da Graça curativa, a fim de poder amar a Deus acima de todas as coisas, cumprir os mandamentos da Lei, e a fim de poder abster-se do pecado. A força pode ocorrer somente na mente; o apetite carnal não foi curado pela Graça. Logo o homem com seus próprios recursos, não pode fazer nada para merecer a salvação. A força superior e a luz da Graça necessária  no interior do homem só pode se mover com a ajuda divina. “O homem não pode levantar-se do pecado sem a ajuda da graça de Deus”. Além da Graça “o homem precisa do dom da perseverança, que lhe é dado por Deus se somente por ele”.[11] Para São Tomas “a luz da razão é distinta das virtudes adquiridas, a luz da Graça é uma participação à natureza divina e é distinta das virtudes infusas que derivam desta luz e lhe são ordenadas”[12]
A graça e o amor é o ponto de encontro entre as duas teologias a agostiniana e a tomista, pois na sua obra Cidade de Deus a graça é necessária ao homem caído para chegar à posse do  Bem Supremo. Numa visão plantonista Agostinho declara que ‘o fim do  Bem é viver de acordo com a virtude’, o que pode conseguir apenas quem conhece e imita a Deus, e que esse é a única fonte de felicidade.  Para Santo Agostinho o mediador imortal capaz de elevar o homem mortal corruptível à imortal incorruptível. E fazê-lo subir o degrau para a completa felicidade com Deus na eternidade é Jesus Cristo (9º. Livro. Cap.XIV). [13] .

A virtude em Tomás de Aquino não é coerente entre as outras virtudes. Isto é: Aquino pensava que a “virtude tem uma existência própria e podem se manifestar entre os pagãos, mas são virtudes imperfeitas no sentido em que elas não são suficientes para uma vida moral”.  Por isso para Aquino “só a fé pode tornar a virtude perfeita e procurar uma vida moral correta”. Aquino definia virtude como ‘Ato Operativo Bem’, isto “é um tipo de virtude, é um tipo de qualidades estáveis  e por isso são hábitos e não meras disposições  ou qualidade transeuntes”.  Os ‘Hábitos Entitativos’  são aqueles inerentes na natureza de uma coisa: a saúde é um habito entitativo do corpo[14].

2.3)            A razão em busca pela perfeição e centralidade do homem.
Nalini informa que o pensamento aristotélico estava presente na teologia de Tomás de Aquino imprimindo terminologias e interpretações próprias se limitando orientá-las na direção cristã que lhe parecia necessária.[15]
Para Santo Tomás de Aquino “a moral  é dinâmica, baseada  na liberdade interior.  Não está centrada na Lei, nem no dever em si mesmo, mas na razão pessoal”.
O objetivo de uma vida moral é alcançar a perfeição.  A vida virtuosa é o ideal da ordem ética natural e aproxima a humanidade de seu objetivo ultimo: a posse eterna de Deus (...). A consciência moral é um ato de inteligência em virtude do qual nos sentimos responsável pelas nossas ações diante de nos mesmo e diante de Deus (...). A paixão pode ser boa ou má, de acordo com a regência da razão.[16]

2.4)            A centralidade do homem.
O homem para Tomás de Aquino ocupa um lugar determinado com propriedades e funções específicas dentro da Ordem do Universo. Aquino acreditava que o homem tende espontaneamente ao bem, como era tradicional da sabedoria  grega. A liberdade é uma questão a ser resolvida, pois o  homem tem pleno  arbítrio para escolher os meios necessários para alcançar esse fim (o bem universal).
Para Aquino a verdadeira moral elimina a pluralidade de regras. Todas as concepções não cristãs são repudiadas, pois a noção de bem e de verdade se assimilam.  Aquino identifica a verdade, dada a conhecer por Deus ao homem, com essa espécie de luz natural que lhes permite conhecer os princípios fundamentais das ações  que ele chama de Syndêrese.  A razão humana, que é nossa participação  na razão eterna, nos fornece os princípios fundamentais tanto no domínio teórico  como no domínio da ação.  “Pela razão sabemos que devemos procurar o bem e evitar o mal, que temos obrigações naturais para com os membros de nossa família, etc.”  Para Aquino “A operação própria do homem só pode ocorrer na operação segundo a razão, que consiste no racional próprio da vida contemplativa”.[17]


                 03)      ANALISE CONCLUSIVA

        A ÉTICA E MORAL  nas teologias agostiniana e tomista  estão interligadas no que cada um entente como papel do homem neste mundo, sua finalidade e destino. As diferenças básicas estão no quesito corrupção do homem pelo pecado e suas consequências e a importância da graça na regeneração do homem.  No resultado das escolha  seja  determinado pelo AMOR ou determinado pela RAZÃO.  
O PONTO DE DESENCONTRO entre ambos está no quesito LIVRE-ARBÍTRIO. Se para Agostinho o homem caído era totalmente dependente da Graça de Deus para realizar o que é bom, isto é sua condição corrupta não lhe permitia qualquer manifestação de bondade. Isto significava dizer que racionalmente o homem é incapaz de boas escolhas, pois até seu livre-arbítrio havia sido afetado com a queda. Assim qualquer escolha pela livre vontade estava comprometida segundo o pensamento agostiniano. Logo para Agostinho, a vida espiritual com Deus se torna fundamental para ativar o AMOR que leva a uma escolha em beneficio do bem.  Assim a atividade moral do homem dependia totalmente da ação de Deus nele. Todavia, ainda assim, considerava a fé necessária para conhecer a verdade; a razão verdadeira seria aquela que provem da fé e o amor que deveriam impulsioná-lo em direção a Deus.  “A fé uma preparação para a inteligência daquilo que se acredita (...) a fé desempenha um papel propedêutico e indireto já que não é chamada a provar diretamente qualquer verdade natural”; ou seja, ‘crede ut intelligas’ creia para que possa entender[18]. Razão é fé para Agostinho são atos complementares, como afirma  Savio L.B. Campos falando de fé e razão em Agostinho:  “o próprio ato de fé não é senão um ato da inteligência que assente”. Assim,  fé e razão contribui para o conhecimento de Deus.
Razão que está presente no pensamento de Tomas de Aquino  no que diz respeito a leva-lo a fazer o que é bom e alcançar o bem maior.   Assim para Agostinho o homem é movido por aquilo que AMA. O objeto de seu amor determina a sua moral, seu comportamento diante dos homens e diante de Deus. O amor ás coisas controla sua paxis religiosa e moral. 
No pensamento Tomista, como vimos anteriormente,  o homem pelo livre-arbítrio e com o uso da razão pode produzir algo de bom, pois não esta ‘totalmente corrompido’. A  RAZÃO que o leva à pratica do que é bom e virtuosa. O homem escolhe racionalmente aquilo que deseja fazer e determina sua práxis moral e ética.
 Na  Teoria do Dever agostiniana  “A ética deontológica em Santo Agostinho situa Deus como a fonte, a origem dos mandamentos éticos universais que devem nortear a vida do homem na Cidade Terrenal”. Lugar físico onde vivemos como cristãos mortais e pecadores que devemos seguir a lei do decálogo para alcançar  a virtude exigida pelo Criador.   “Nesse sentido afirma Santo Agostinho que “a moralidade de um ato não depende de suas consequências nem das suas causas, nem da sua natureza, mas somente de que esteja de acordo com a vontade de Deus."[19]
Na ética tomista, segundo Silva-Teixeira está composta sob  duas vertentes: uma a teologia e outra a filosofia.  Na teologia traz os princípios dos primeiros teólogos como Agostinho, “no entanto, Tomás distingue-se de Agostinho: este fundamenta a moral no voluntarismo, na vontade, como condição e fim do conhecimento; aquele, no intelecto, agregada à natureza humana sob a impressão da essência divina”. A “filosófica, que orienta a sua ética especulativa, fundamentada em Aristóteles e em toda tradição filosófica do pensamento ontológico”.

4               04)      CONSIDERAÇÕES FINAIS. 
        A ética está relacionada à cultura, logo é finita e vinculada ao desdobramento cultural da sociedade. Assim, a ética em Agostinho tem raízes em seu tempo, época de busca pela espiritualidade e separação do mal;  assim como em Tomás de Aquino que considerava que está profundamente envolvido com o ‘ethos’ de sua época. A teologia agostiniana, a escolástica e o sistema politico (feudal) e religioso  ancorado na filosofia aristotélica tem lugar na formação da ética  tomista.
Estes modos de ver a ética (agostiniana e tomista) expressava o pensamento ocidental e projetou comportamentos futuros na arte, na poesia, religião, etc. 
Para nós hoje estes modos de ver a ética tem seu valor no sentido que vivemos um tempo de pos-modernidade onde tudo se expressa no relativismo. A ética e moral são apenas um tema de pesquisa e não de convivência social.  A busca pelo ‘bem comum’ tão presente na ética aristotélica fica bem distante do pensamento de ‘levar vantagem em tudo’.    Nada do que é novo é totalmente aceito ou aprovado no pensamento pós-moderno, assim a passagem para melhoria  é muito estreita. Se a ética formulada por estes pensadores estava vinculada à personalidades do passado ao qual admiravam. Poderá a ética atua estar vinculada a movimentos e atitudes de personalidades que ditam o comportamento, a moda e os costumes. Desta forma, a leitura deste contemporâneo se torna fundamental para a aplicação de uma ética atualizada que poderá levar à melhoria desta sociedade hordienda.

              5)- REFERÊNCIAS.

BERMARDO, Carlos Eduardo.  Santo Agostinho: A relação Moral com o Mundo na     Ordem do Frui Aut Uti. Revista eletrônica:  Kínesis, Vol. V, n° 09, Julho.2013, p. 26-34. Disponível  no site:https://www.marilia.unesp.br/Home/      RevistasEletronicas/ Kinesis/ carlosbernardo.pdf
CAMPOS, Sávio Laet de Barros. Agostinho: Intellige ut credas, crede ut intelligas. Disponivel no site: http://filosofante.org/filosofante/not_arquivos/pdf/ Agostinhointellige_        ut_credas           crede_ut intelligas.pdf, visto em 05/06/17
CAPITANIO, Caryne Abba de; ALVIN, Rafael da Silva; HOGEMANN, Edna             Raquel.  ÉTICA E MORAL EM SANTO AGOSTINHO: UMA ANÁLISE DA DEONTOLOGIA AGOSTINIANA COM FULCRO EM TRÊS CÉLEBRES OBRAS DO AUTOR - CONFISSÕES, LIVRE-ARBÍTRIO   E  CIDADE DE DEUSRevista Quaestio Iuris, vol.05, nº01. ISSN 1516-0351 p.124-143
COSTA, Ricardo da (coord.). Mirabilia 11. Tempo e Eternidade na Idade Média.        Jun-     Dez     2010/ ISSN 1676-5818
Manual para citações bibliográficas, Elaborado por Maria Regina Trevizan Baccarelli Bibliotecária CRB-8/7149. Jaguariuna, 2009. Disponível no site:              http://www.seufuturonapratica.com.br/portal/fileadmin/user_upload/MANUAL_            PARA_CITACOES_BIBLIOGRAFICAS.pdf
NALINI, José Renato. Ética Geral e Profissional. Revista, ampliada e atualizada. 10ª. Ed. São   Paulo: Editora Revistas dos Tribunais, 2013.
OLSEN, Roger. Historia da Teologia: 2000 anos de Tradição e Reforma. São Paulo, SP: Editora Vida, 2001.
ROSA, Merval. Antropologia Filosófica: Uma Perspectiva Cristã. Rio de Janeiro: Editora Jurep,               2004.
Teixeira, Rogéiro Lima. Santo Agostinho e o pecado original como conseguencias do distanciamento do Sumo Bem para o Próprio Bem. Revista Eletrônica do Curso de     Teologia: Faculdade Cristã de Curitiba. Teologia e Espiritualidade. ISSN 2316-1639, No. 06 Maio /2016. Disponível no site:           http://www.fatadc.com.br/site/revista/6_edicao/8%20-%20SANTO%20AGOSTINHO%20E%20O%20PECADO%20ORIGINAL.pdf



[1] Lucas Fachinelli, op cit.
[3] Nalini, p. 142 ipud Agostinho,  A cidade de Deus tradução e prefacio de J. Dias Pereira, Lisboa,          Fundação Calouste Gulbenkian,                     1996. Livro XIV. p.28.
[4] Idem
[5] Idem
[6] Antonio Wardison C. Silva Mestrando em Filosofia pela PUCS.  Professor Dr. Cézar Teixeira Doutor em Teologia Bíblica pelo Angelicum-Roma Diretor adjunto da Faculdade de Teologia da PUCSP 
[7] Silva – Teixera, p.37.
[8] Idem, p. 39.
[9] Idem, p. 38.
[10] ROSA ( 2001, p.272).
[11] Rosa (2001, p.272).
[12] Idem
[13] Lucas Fachinelli.
[14] Nalini, p.145.
[15] Idem
[16] Nelini, p. 145,146.
[17] Silva-Teixrira, p. 40  upud  SILVA, Antonio Wardison C. Fundamentos filosóficos da ética em Tomás de Aquino, 58.
[18] Razão e fé no pensamento de Santo Agostinho: um texto do P. Manuel da Costa Freitas, disponível no site: http://www.snpcultura.org/id_razao_e_fe_pensamento_santo_agostinho_manuel_ costa_freitas.html
[19] Capitanio, Alvin e Hogemann, p. 140

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