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A ESCRAVIDÃO NA BÍBLIA.

Este texto e parte integrante  de um artigo maior postado neste blog: A TEOLOGIA PRESENTE NOS DISCURSOS DA IGREJA CATÓLICA       NO FIN...

17/07/2017

OS PAIS DA IGREJA - FICHAMENTO - HISTORIA DA IGREJA PRIMITIVA E MEDIEVAL

FACULDADE PASCHOAL DANTAS
TEOLOGIA

Disciplina: História da Igreja Primitiva e Medieval
Professor: Denis Sousa
Discente: José Maria Vieira Rodrigues.

FICHAMENTO DE LEITURA

SANTOS, João B.,  OLIVEIRA, Yone R. M.,  SOUZA, Denis A. Primórdios do Cristianismo. São Paulo: Didática Paulista, p. 266-298.  2011.

Neste  capitulo intitulado  “Os pais da Igreja” os autores pretende  fazer  uma  “Add fontes”,  cobrindo  Período Patrística com o propósito de  “fazer uma melhor leitura do presente”  para projetar um futuro melhor (olhar o passado para enxergar o futuro).  A Patrística e a Patrologia são os assuntos pertinente e classifica-os em: os pais  apostólicos; os apologistas, os polemistas e os mestres do século III e Iv (266-267).
Este período foi marcado por muitos ataques  de doutrinas pagãs  denominadas de heresias, das quais podemos destacar aquelas que envolviam a divindade de Cristo.
Aqueles que de alguma maneira fizeram contados com os apóstolos e também inclui as obras deste período  são classificados como  os Pais Apostólicos, como Clemente de Roma,  Inácio de Antioquia, Policarpo de Esmirna e as obras são a Didaquê, Epístola de Barnabé  e Pastor de Hermas (P.269).
 Os  autores citam Eusébio de Cesaréia  como fome para atestar que Clemente de Roma  (. 100 d.C.) foi o terceiro bispo em Roma. Autor de  uma epistola endereçado à igreja de Corinto de cunho moral e  convocação à unidade e obediência aos presbíteros (p. 270).
Contemporâneo  a Clemente, o bispo de Antioquia,  Inácio de  Antioquia  deixou como legado escrito sete cartas que escreveu a caminho do martírio em Roma nos dias de Trajano.  De Policarpo de Esmirna (. 156 d.C.), bispo de Esmirna, deixou escrito uma carta aos Felipenses  de conteúdo exortação  moral. Sua vida piedosa é salientada  em tempos de calorosa perseguição.  O discípulo do Apostolo João ficou conhecido pela sua celebre declaração por ocasião do seu martírio: “Oitenta e seis anos que o sirvo e nunca me fez mal algum. Como poderia blasfemar meu Rei Salvador?” (p. 274). A Didaquê,  literatura catequética do primeiro século encontrada em 1875 numa biblioteca de Constantinopla  guarda no seu conteúdo instruções para a igreja primitiva (p.273). Considerada de autoria improvável, a Epistola de Barnabé também tem datação incerta. Com conteúdo filosófico grego  do tipo hermenêutico alegórico do Antigo Testamento, típico da época,  apresenta a igreja cristã como substituta dos hebreus como povo de Deus. Informa também  que a interpretação alegórica teve inicio com  Filon, judeu de Alexandria, contemporâneo de Jesus. Interpretação muito usada no primeiro século, mas que não tem relevância nos nossos dias.  O Pastor de Hermas (†. 160 d.C.)  que quase fez parte do Canon sagrado, inclusive defendido por alguns pais da igreja, principalmente os pais  alexandrinos.  De texto do tipo apocalíptico tem como autor Hermas, irmão de Pio, bispo de Roma,  que depois de ter uma experiência traumática financeira  e familiar  escreveu a obra resaltando a importância do arrependimento e de uma  vida casta  (p.276).
Os Pais apologistas, sobretudo no século II e século III, cumpriram papel importante para o desenvolvimento da teologia cristã. Calcando suas defesa a partir de um diálogo com a filosofia  grega e ganha relevância cientifica em forma de apologética. O primeiro deles foi Justino Mártir (c. 165 d.C.) considerado o primeiro teólogo que tomando de seu conhecimento da filosofia para articular uma fé cristã altamente intelectiva. Deixou obras como ‘Diálogo de  Trifão e as duas Apologias’ e desenvolveu sua teologia do Logos spermátikos onde afirmava que em Cristo o logos apareceu me estado pleno e em cada homem, em seu intelecto/mente , está plantada uma germe/semente (sperma) do Logos diferente  da doutrina ortodoxa. Justina mártir  aponta o caminha para a reflexão da doutrina trinatariana  que mais tarde vai adquirindo forma. 
Os autores afirmam que no filósofo Atenagora de Atenas (. 1980 d.C.)  devido ao seu estilo literário e progressão teológica se tornou superiro ao seu antecessor. Sua principal obra foi Suplicas  pelo Cristianismo endereçado ao imperador Marco Aurélio com a finalidade de refutar as acusações feitas aos cristãos.  O seu discurso sobre a Trindade foi sua maior contribuição para a teologia onde  conserva o Pai e o Filho (logos do Pai) e o Espírito Santo unido essência:  o Filho é a inteligência, Razão e Sabedoria do Pai e o Espírito é uma emanação, como a luz é do  fogo (p. 281).
Diferentemente  do apologista da época,  Teófilo de Antioquia (c. 181 d.C.) não  nutria interesse em adequar o cristianismo à filosofia helênica. Sua preferência era a interpretação histórica critica marca registrada da escola antioquiana de hermenêutica. O uso de dois conceitos o fez se destacar: o termo ‘Ex nihilo’ para criação do nada e ‘trias’ – trindade; uma embrionária doutrina da trindade,  embora não deixe clara a diferença entre o Filho e Logos. Para Teófilo o conhecimento de  Deus, ainda de forma limitada, só poderia acontecer após uma vida de santidade e que   só poderia acontecer depois de se “abrirem os olhos da mente”(p.282).
Irineu de Lião (. 202)  discipulado por Policarpo se dedicou a refutar as doutrinas gnósticas. Sua principal obra foi “Refutação da falsa gnose” ( conhecida como Adversus Haereses – Contra os hereges). Suas  pretensões eram mais pastorais que  teológico-filosóficas e defender as tradições apostólicas. Os autores afirmam que o “legado de Irineu  é de alto apreço ao combater o movimento gnóstico” que no final do século II perdeu sua força graça  a dedicação de Irineu (p.283).
Clemente de Alexandria (. 215 d.C.)  teve como mentor Panteno, professor de escola cristã de Alexandria,  sucedendo-o após 200 d.C.   Teve  ministério curto, mas deixou ampla obra literária (cinco livros) e assim como Justino, pensava em conciliar a fé cristã nos moldes da filosofia grega.  Baseou sua teologia na escola neoplatônica e conciliava  verdades contidas nos sistema filosóficos da época e colocava-os sob a autoridade das escrituras, enxertava-os na cosmovisão cristã. Como entendiam os alexandrinos, Clemente  fazia uso da interpretação alegórica(p.284-285).
De Orígenes ( c. 254) os autores destacam sua genialidade entre os pais da igreja, sua teologia polemica que destoou da ortodoxia em algumas doutrinas. Escreveu ampla obra textual em torno de 800 tratados teológicos. Utilizou-se  do método alegórico o qual  nivelou o significado do texto em três níveis: 1- Corpóreo -  sentido literal; 2-Alma, sentido moral e  3- Espírito,  trata-se do místico, o significado que não esta explicita, mas sempre presente e fazendo alusão a Cristo. Cabe ao exegeta  encontrá-lo. O origenismo foi condenado no concilio de Constantinopla em 553 (p.286).
Cartago foi berço de grandes defensores da fé.   Tertuliano (c.220),  não era clérigo, mas advogado que após a sua conversão se dedicou a defesa da fé cristã, porém nunca se filiou a igreja.  Produziu em torno de trinta obras, apesar de sua  reconhecida  ortodoxia,  no entanto não foi reconhecido como Santo da Igreja. Tertuliano repudiava a filosofia como forma de compreender a fé cristã, mas fazia uso dela em suas obras.  Idealizador da doutrina da trinitariana, defendendo a ideia de unidade em uma substancia entre três pessoas distintas, onde o Filho e o Espírito Santo estão subordinados ao Pai  e emanações Dele, mas defendia que a trindade sempre existiu, independente da subordinação( p.287).
Outro cartaginês foi Cecílio Cipriano ( c. 258) se tornou bispo da igreja  em 250. Os  autores afirmam que este bispo gozou de grande popularidade e seu legado gira em torno de como dirigiu a igreja e como a manteve unida em torno do bispo em meia perseguição.  Para ele “quem não está com seu bispo, também não está na Igreja”.  Desenvolveu certa doutrina de salvação eclesiológica, onde “quem não tem a igreja como mãe, não pode ter Deus como Pai (...) fora da igreja não existe salvação”. Instituiu a penitencia para perdão de pecados; o batismo infantil, que alias, “sem o qual não pode ser” salvo. Desta forma, Cipriano institucionaliza a Igreja   sem a qual os cristãos não poderiam se salvar.
Atanásio (c. 373) dele se diz que se torno bispo de Alexandria em 328 com trinta anos após o falecimento de Alexandre. Sua ocupação na defesa da fé cristã  deteve-se em combater o arianismo.  Esta doutrina, em suma, afirmava que Cristo se parecia com Deus, mas não era Deus.  Como o imperador Constantino defendia a doutrina, Atanásio foi exilado por cinco vezes. Para Atanásio era crucial defender a natureza hipostática de Jesus, pois para  salvação Cristo deve ser Deus e não meramente uma grandiosa criatura.
Basílio de Cesaréia ( c. 379) sucessor de Eusébio, na igreja  de Cesaréia. Basílio  é um dos grandes pais Capadócio, juntamente com seu irmão Gregório de Nissa e  com seu amigo Gregório de Nazianzo. O embate entre Basílio e imperador Valente  teve como pauta o arianismo, na semelhança de Atanásio. Por conta da defesa teológica foi com os eunomianos e os pneumatomacos ( onde o primeiro afirmava que  Cristo não pode ser equiparado a Deus por ter sido  gerado. Enquanto o segundo afirmava que o Espírito Santo era uma força criada por Deus e portando,  estava subordinado ao Pai e ao Filho), Basílio desenvolveu o primeiro escrito sistemático a respeito do Espírito Santo. A tradicional comparação utilizada atualmente onde o sol representa o Pai, a Luz o Filho e o calor o Espírito Santo pertence a Basílio. Aceitava certo suborinacionismo entre as pessoas, mas  defendia que as pessoas tem a mesma essência, sem distinção da inferioridade e superioridade (p.291)..
Gregório de Nazianzo (c. 390) com uma retórica que impressionava a todos. Quanto ao chamado de ser bispo mostrou-se resoluto. Tornou-se bispo de Constantinopla e presídio o II Concilio, mas se demitiu logo depois. Sua defesa teológica centrava-se em combater o arianismo através de sermões escritos o que lhe rendeu o titulo de “o teólogo” (p. 292).
Entre os Pais Capadócios  quem mais se destacou foi Gregório de Nissa (c.394). O contato com a filosofia grega o fez superar em conhecimento e sua produção filosófica excedeu a de seu irmão (Basílio) e de seu amigo Gregório de Nazianzo, o que lhe redeu vasta produção literária. No entanto, na vida eclesiástica não teve tanto desenvolvimento. Logo depois de ser ordenado pelo seu amigo ao cargo de   bispo de Nissa, o qual lhe rendeu o nome,  não teve boa gestão não foi feliz e acusado de falhas foi deposto e deixou a cidade.  Como legado deixou  vasta produção literária.
Quanto a João Crisostomo  ( c. 407) conhecido como “boca de ouro” devido a sua grande habilidade para pregar. Em 397 foi ordenado bispo de Constantinopla e levando uma vida modesta, selando pelos marginalizados, enfermos e pobres. Sua produção literária concentra-se em diversas homilias exegética e muitos comentários bíblicos. Por levar uma vida pacata longe das regalias e suas constantes doações aos pobres, aliada a suas pregações de cunho moral frente ao estado. isto causou desconforto a diversos bispos e políticos o qual angariou muitos inimigos(p. 295).
Seu nome é Sofronio  Eusébio Jerônimo.  Jerônimo ( c. 420) considerado o mais eruditos dos pais latinos.  Levou uma vida de ascética no inicio de usa conversão.  Mestre  no  ensino das Escrituras; tradutor de grega e hebraica língua que fez questão de aprender. Entre 382 a 385 recebeu a incumbência por parte do Papa Damaso para elabora uma tradução latina das Escrituras que ficou conhecida como Vulgata.   Seu temperamento nervoso, arrogante e egocêntrico lhe redeu controvérsias com  palagianos e origenistas.  Escreveu muitos comentários e homilias sobre a bíblia. Sua maior realização foi a tradução do Antigo Testamento em hebraico (p. 296).

Agostino ( c. 430)  encerra o período patriótico e inaugura o período medieval. Até sua conversão passou pelo maniqueísmo e tentou o ceticismo da época. No entanto após sua conversão que contou a participação de sua mãe  tornou-se  um ícone fundamental para a apologia cristã até nossos dias. Os autores citando Olson: “A produção literária de Agostinho foi tão vasta que  é possível encontra em seus escritos praticamente qualquer tema que se imagine”. Teve referencia o neoplatonismo e a teologia paulina. Em sua carreira encontrou diversos conflitos teológico com o Maniqueitas, os Donatistas e Pelagistas.  Critico do livre-arbítrio atribuindo a ele a corrupção do bem, ou seja, o mal. Segundo Agostinho o livre-arbítrio só era valido antes da queda do homem.  A teologia de Agostinho serviu de base para os reformadores

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