A ÉPOCA DE JEREMIAS.
uma analise da vida e obra do profeta Jeremias.
Por José Maria V. Rodrigues
8o. s. Bacharel em Teologia.
Transição
ao período Babilônico: Naun, Habacuque e Sofonias.
O
período que compreende da tomada de Samaria (722 a, C.) a queda de Jerusalém
(586 a.C.) foi de grande mudança nos
poderes mundiais. Passados 90 anos os Assírios submeteu o Egito
e alcançou o seu apogeu, mas em 612, Nínive foi conquistado pelos Babilônicos
que já anteriormente havia deixado de ser vassalo da Assíria
e pelos medos que agora aparecem em sena politica.
O profeta Naun
foi que profetizou juízo sobre a cidade sanguinária (Na. 3:1), o seu livro
transmite, do começo ao fim, um tom de alegria e de satisfação, porque Javé se
revelou ao mundo como aquele que se vinga.
Naum é justamente um dos profetas que poderíamos imaginar como alguém
que exerceu uma junção no âmbito do culto (p.612). Sua mensagem se aproxima do gênero “oráculos
sobre as nações”. Naum dentro das
tradições proféticas é aquele que profere palavras de ameaça contra os inimigos
do povo de Deus. Quanto ao fato do profeta
não dirigir palavras contra o seu próprio povo é preciso lembra que a
sua mensagem data provavelmente da época do rei Josias, mais precisamente no
período que se seguiu “a descobertas do
livro da Lei” (2 Rs. 22:23). Portanto, num período de reforma e/ou profeta considerava um período de conversão que prometa muito. Um período festivo que
passou rapidamente, pois em 609, Josias
foi morto. O rei Nego, do Egito, apos
vencer Josias, fez de Judá ficou sob a
dominação Egípcia. Em 605 os egípcios foram derrotados pelo rei Nabucodonosor.
Com essa vitória os Babilônicos tornaram-se senhores, também da Palestina (2
Rs. 24:7),
A
atividade do profeta Habacuque se deu entre 605 e 597. A primeira parte de sua profecia
(Hab. 1:2-2.4) se configura um diálogo quase letárgico com Javé. Por duas vezes
dirige uma queixa a Javé e por duas vezes Javé responde 4. A primeira vez se
refere ao delito e violência; a Torá esfria e o perverso persegue o justo
(Hab.2:2). A resposta de é mais juízo (Gav. 1:5-11). Agora serão os Caldeus.
Deus ira dirigir a historia de forma mais enigmática ainda (p.613).
A
segunda queixa do profeta Habacuque é que “o ímpio engole o justo” e cai na
rede deles como peixes. A resposta deve ficar escrita porque se cumprira no
futuro “o justo viverá pela sua própria fé” (Hab. 2-: 1-4). Exegeta tem aludido
que em resumo a mensagem de Habacuque
não se limita a esta frase, mas
deve compreender a teofania do cap. 3, em que descreve o estranho quando de
Javé que se levantam para combater as nações, em particular, os ímpios.
Em
Naum, comparando com ISAIAAAS, Miqueias e Oséias, parece que o papel se inverte: o profeta é
quem doma a iniciativa, insiste e esta
insatisfeita e Javé é o interrogado (p.614).
O
autor afirma que as interrogações e resposta fazem “parte desde sempre da profissão
de quem, ao atuar na profecia, tendei-a
mais para cargo funcionário do culto”
(614). A resposta ao lamento de
Habacuque não seria uma forma de
inauguração um foram que inevitavelmente
era uma forma original e autentica; mas que agora pretende conduzir a
historia de forma mais ríspida.
A
mensagem de Sofonias é a vinda eminente
de Javé para o combate universal contra as nações no dia de Javé; com uma diferença, que frisa com muito maior rigor o juízo, a que
simultaneamente será submetido Jerusalém
e para aqueles que se creem estar em segurança (Sof. 1:10-13).
JEREMIAS.
O
chamado de Jeremias em 627/626 a. C.
numa época que acontecias grandes acontecimentos.
Os
políticos mundiais, ameaças vindo do norte (Jer. 1:13s). Desde inicio das
atividades proféticas essas ameaças/inimigos exerceram papel decisivo na
profecia de Jeremias:
1)
Ameaças de invasão do norte;
2)
As numerosas angustias politicas até a fim das profecias.
Os fatores.
Angustias politicas – historias das
tradições.
Para o autor Jeremias, de família
sacerdotal - de Anate (Je. 3:26ss),
segundo ele Je 31:15 afirma que a matriarca de Jeremias era Raquel e não Lia. Podemos afirmar que somente em benjamim,
assim como em Efraím, se cultivam aquelas tradições que são especificamente israelitas, sobre o Êxodo e
as Alianças do Sinal que precisamos
distinguir das “tradições de Judá”.
Tribos
Matriarca profetas Tradições
Efraim Raquel Oséias Êxodo
Benjamim Raquel Jeremias Êxodo/Sinai/Aliança (p.640)
Judá Lia Isaías Sião
São encontradas tradições do Êxodo, da
Aliança até nos oráculos da salvação.
Aliança e tomada da terra e mais tarde
em Jerusalém teve que lidar com os reis
e topar com as tradições sagradas de Davi.
Leva a sério e as utiliza algumas vezes
nos oráculos, mas não bancou grandes
espaços em comparação com as tradições
Israelitas.
Com quem Jeremias depende
o seu estilo? Para o outros, Jeremias esteve em contato com os discípulos de Oséias que ultrapassam em
muitos que os profetas
tinham em comum. Seu legado literário
basicamente o de Oséias.
Um
dos pressupostos – as angústias
politicas tradições: Isaías,
Miquéias e Amós seriam iguais.
Jeremias
é completamente diferente, não temos uma frase que expresse essas diferenças
(p. 616). “
“Jeremias
se utiliza com muito maior liberdade
o discurso divino na primeira pessoa;
põe longas queixas na boca de Javé, e,
por sua vez, eleva a própria voz para queixas extensas e
prolixas”.
Poesia
Lírica: pregação predominantemente pessoal.
“Todas
as formas de profecias clássicas estão em um processo de dissolução em Jeremias”
(p.617).
“coeficiente
que se esconde por detrás dessas profundas transformações formais, cujo efeito era tão explosivo que
rompeu as formas existentes, necessárias de formas novas para poder exprimir
satisfatoriamente”.
Importa-se descobri na profecia de Jeremias, cujos efeitos eram tão
explosivo que rompeu as formas existentes,
necessitando de formas novas para poder exprimir-se satisfatoriamente.
Profecias Clássicas
|
Isaias + Oséias
|
Amós, Miqueias, Naún, etc.
|
Jeremias.
|
FASE
DA PREGAÇÃO.
1º. Jr. 1-6: “a desgraça vem do norte”.
Algo de arcaico (p.618) todo fracasso de
Israel no âmbito do culto.
Jr.
2:1-13. Tem a época do primeiro amor e se defende no estilo de
uma defesa – recordando os benefícios concedidos. V. 5-7 “onde se viu um povo trocar de
Deus?”
Apostasia insensata.
Jr.
2:14-19,20-28. Israel abandonou seu Deus; a virgem não se esquece dos seus
adornos, mas o meu povo se esqueceu de mim.
Jr.
3.2- “ a terra foi profanada pelo culto
(a Baal) que Javé abomina”.
Inimigo
vindo do norte - misterioso povo cavaleiro que vai visitar o
povo ímpio culpado diante de Deus (p. 618).
Formando
um conjunto de poema que contem apelos, gritos, convocações ao
arrependimento, expressões ameaçadoras
continuam a culminância nem o objetivo
principal desses poemas.
“Ênfase
emotiva que denuncia é o lamento e
sofrimento”.
Homem
de Deus. (Jr. 4.19).
Lamento
da alma Jr. 4.23-26
Perspectiva
de um ser humano - “sentimentos de
solidariedade com o povo ameaçado”,
mas creem os pais ameaçado com o qual
toparemos ainda mais abaixo (p. 619).
Discursos
de advertência: “Jerusalém deve
purificar seu coração, então terá salvação” (Jr. 4.14).
2º. PERÍODO DE REFORMA JOSIAS ( 621. A.C.) (JR.
22:15SS).
Discurso
do templo (Jr. 7.1-15). O valor do lugar do culto - liquidar o lugar de culto quando estes desprezam os mandamentos de Javé,
Linha
de profecia clássica do sec. VIII.
Mudança
decisiva. Jr.
19.
Mudança e os aspectos, uma maneira nova de conceber a
que é uma profecia (p.621).
Jr.
19:1-20 – “Quebra um vazo e barro na
presença de alguns homens” e disse que “da mesma maneira Javé iria despedaçar a
cidade e o povo”.
Passur,
chefe da policia mandou bater em
Jeremias e prendê-lo por uma note
no tronco (p.621).
Pregação
da esperança: embora soubesse que a rejeição de Jerusalém era aparentemente
definitiva, isso não o impedia de falar
como ainda tivesse uma esperança de arrependimento.
Estilo:
Jr. 18.1 ss.
“não posso proceder convosco como faz esse oleiro?.”
Uma pergunta
que deixa um apelo à conversão.
As
nações: “seus oráculos quase que descrevem um juízo do mundo”.
Jr.
46:7ss; 48; 1ss. 7,14. 42; 49:4; não perde em nada de seus predecessores
(p.623).
Quanto a audácias de suas interpretações,
“como o elemento poético produziu impulso impressionante”
(p.624).
Jr.
18:8-20: “este texto não pode ser classificado sob nenhum gênero literário”.
Presente:
ao lado desses textos há aqueles que falam exclusivamente do pressente que é
caracterizado pelo profeta.
3º. AQUELES TEXTOS QUE CONTEM “QUEIXAS”.
Diálogos
–
chamados “Confissões de Jeremias” – não são discursos divinos dirigidos aos
seres humanos.
Dialogo
do coração consigo mesmo e com Deus (p. 624)
Todos
os “atos essências é o coração de Jeremias” (p.624). Em que medida isso é pregação profética?
Poesia lírica livre;
Entregou-se ao elemento poético;
Pai da oração livre e pessoal;
Monólogo com Javé e “Confissões de Jeremias”.
Canto Jr. 11:18-23
Oração Jr 15:15-18
“Pode ser que Jeremias tenha perdido algo da substância da profecia à medida que se entregou à
poesia”. (p.624).
Jr.
11:13-23 – queixas + pedidos – canto.
Aproxima-se da forma tradicional cúltica.
Jr.
15:15-18 - oração + queixas e resposta de Deus; que corresponde ao
habitual da liturgia - pois “Deus responde a oração de lamento por um oraculo de salvação”.
-Javé
responde com uma repreensão. Javé faz Jeremias reconhecer o seu pecado conta a sua
profissão (p. 625).
Jr.
12:1-5 - dialogo de perguntas e respostas. Na primeira frase
joga fora seus trunfos - Javé acaba
ficando com a razão.
“As
confissões de Jeremias são as partes centrais
de interpretações do livro de Jeremias que marou época entre Javé e sue
profeta” (p.627).
“Cada um desses textos narram um experiência particular;
também as áreas que foram feitas as experiências são diferentes”.
“Atestam
um lado sombrio que o profeta não
conseguia superar” - representa a nação
de Israel com o seu Deus.
Estas
confissões se originam de situações proféticas de Jeremias envolvendo sua
vocação para o serviço especifica e uma
relação particularmente intima com Javé
(p. 628).
CIRCUNSTANCIAS:
“para Jeremias o ser humano e a missão
profética se dissociavam, surgem graves tensões que ameaçam toda a sua profissão de profeta”.
“Era
muito revelador, resistia obstinadamente
a golpes do destino, que jamais outro profeta fez. Mas na mesma
medida precisava ser reconfirmado por Deus em sua vocação”(p.629).
Jer.
37-45: Narrativas de Baruque. O objeto
da narrativa é o próprio evento dramático, 110 qual o profeta se encontrava e
que cada dia se voltava com maior perigo contra ele.
A
base da pregação de Jeremias está inserida e vive nas tradições do Êxodo e do
Sinai, tanto a sua retrospectiva (Jr.2)
como sua visão profética de futuro (Jr.
31: 31ss). Não fica de fora a tradição
messiânica de Davi (Jr. 23:5-6)
Promessas:
“
“Porque
eu estou bem consciente, de que tipo são os pensamentos que tenho a vosso
respeito, diz Javé; são pensamentos de salvação e não de desgraça, para dar-vos
futuro e esperança (Jr 29.11)”.
O
ungido.
O ungido, filho de Davi –
Jr. 23:5ss. Davi que retorna - Jr.
30:9s
“O
seu governante vai proceder dele; vou permitir que se aproxime de mim, que se
poste diante de mim; pois quem arriscaria a sua vida para aproximar-se de mim?
diz o Senhor” (Jr 30.21).
“Aproxime”
– privilegio especifico da corte (Sal. 110:1) -
amigo do trono.
“O
que Jeremias quer dizer é que o ungido está em contato imediato com Javé e tem
acesso às deliberações mais secretas do rei do universo”. (p. 641),
Reflexão:
qual o preço a pagar desse acesso a Deus, pois ninguém viu a Deus e permaneceu vivo.
FONTE BIBLIOGRAFICA:
RAD, G. VON. Teologia do Antigo Testamento.
São Paulo: ASTE/TARGUMIN, 2006. p.
611-642; p. 660-665
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