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DESTAQUE

A ESCRAVIDÃO NA BÍBLIA.

Este texto e parte integrante  de um artigo maior postado neste blog: A TEOLOGIA PRESENTE NOS DISCURSOS DA IGREJA CATÓLICA       NO FIN...

17/07/2017

MERECE CONFIANÇA O NOVO TESTAMENTO - F.F.BRUCE - RESENHA


 Merece confiança o Novo Testamento
José M. Vieira Rodrigues
(Bacharel em Teologia)
BRUCCE. F.F. Merece confiança o Novo Testamento?
(Tradução: Waldyr Carvalho Luz). 3º.  Ed.
São Paulo: Vida Nova. 2010. 159 p. 
São Paulo/SP - 2017


RESENHA DESCRITIVA
BRUCCE. F.F. Merece confiança o Novo Testamento? (Tradução: Waldyr Carvalho Luz). 3º. Ed. São Paulo:  Vida Nova. 2010. 159 p.

 "The New Testament documents: are they reliable?", versão no original, de autoria do Teólogo escocês  Frederick Fyvie BRUCCE (1910-1990) lançada em 1943. Obra considerado por ele coma ‘seu primeiro filho’; outras se seguiram como “ Comnentary on the Book of the Acts” (1954),  “The New Testament History” (1969), “The Hard sayings of Jesus” (1983),  “Jesus, Lord & Savion” (1986),    e muitos outros. BRUCCE,  com esta obra,  tem como proposito desfazer os preconceitos que alguns intelectuais têm afirmado que a Bíblia esta cheia de mitos, principalmente os homens da ciência de nossos dias.  BRUCCE acredita de forma categórica que o Novo Testamento relata fatos e não mitos, acontecimentos históricos e não lendas.   A priori a preocupação do autor é demonstrar a unidade, a veracidade e confiabilidade das fontes que formaram a Canon do Novo Testamento. Destinado a leitores não teólogos, o autor pensa que esses estão interessados se a obra é historicamente confiável do que uma que não é; isto porque a presente obra não se preocupa se o Novo Testamento é confiável como auto revelação  de Deus em Cristo. Embora, o autor afirme que é difícil discutir os escritos neotestamentário ao plano puramente histórico, pois “historia e teologias estão intrinsecamente entrelaçadas” (p.10).  Os editores afirmam que a presente obra é imprescindível para aqueles que desejam encontrar uma apologética consistente do Novo Testamento.
O livro divide-se em dez capítulos. O capitulo um discute se realmente é importante saber se os documentos que formaram o Novo Testamento são dignos de crédito ou não;  e os fatos dos Evangelhos a respeito de Jesus que chegaram até nós são mitos e se podem ser questionado? No entanto não se pode questionar o valor dos ensinamentos que Jesus deixou que teêm valor próprio.  Ainda tem  a historicidade da existência de Jesus que está enraizada no credo;  também o seu caráter indiscutível apresentado nos Evangelho reflete a idoneidade do documento que narra sua vida e obra de salvação (p.11-14).  O segundo capítulo  fala sobre os documentos neotestamentarios: data e conservação. Inicialmente destaca o testemunho interno da historicidade dos eventos narrados. Seguindo pela datação da composição das obras do Novo Testamento, onde antes do ano 100 DC todos os 27 livros já existiam. Ate o ano 63-34 DC todas as cartas de Paulo já haviam sido escritas e Lucas entre 60 e 70.  A grande quantidade de manuscritos antigos (c. 4 mil) atesta a origem das fontes. As citações de textos bíblicos realizadas pelos patriarcas garante a existência da obra. (p.15-28). No terceiro capitulo investiga as fontes documentais que formaram o Canon do Novo Testamento; o testemunho interno contido no texto atestam a historicidade dos Evangelho; a originalidade e antiguidade das fontes textuais atestam sua origem, a unidade da composição interna e testemunho externos de pessoas ilustres na historia que atestaram sua origem e veracidade.  O “Fragmento Muratóriano” segundo o autor foi a primeira lista de livros sagrados indicados pela igreja. Por varias razões era necessário que a igreja reconhecesse exatamente quais livros se revestiam de autoridade divina.
 O quarto capítulo fala dos Evangelhos começando pelos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) e um destaque especial ao Evangelho de João que comparando com os sinóticos parece haver divergência quanto à geografia, cronologia e linguagem que são explicadas pelo autor (p.39-80).  Ao fala sobre “Os milagres de Jesus” no quinto capitulo (p.81-97) inicia dizendo que  “estes relatos apresentam a principal dificuldade na aceitação de confiabilidade dos documentos neotestamentários”, mas que o centro dos Evangelhos é o próprio Cristo e os milagres devem ser visto a luz de sua pessoa.  Os relatos dos milagres e o Evangelho como um todo nos desafiam a termos confiança em Deus. “Tentar entendê-las racionalmente é nos aproximar do sentido porque os relatos foram escritos quando afirma que foram registrados para que possais crer que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus, e crendo tenhais vida em seu nome” (Jo 20:31).  O sexto capítulo traz a luz “A importância da evidencia paulina” ao afirmar que Paulo sendo um homem tão zeloso na religião judaica abandonou decididamente sua crença para seguir a Cristo se tornando um dos seus principais Apóstolos.   “Os escritos de Lucas” estão no sétimo capítulo (p.105-120). Ressalta a precisão dos acontecimentos, a técnica grega usada para  descrever historia e seu profundo conhecimento da Ásia Menor e do mundo helênico.
  “A evidencia arqueológica” é tratado no oitavo capítulo (p.121-129).  Onde os relatos Bíblicos são comparados com a arqueologia, com leis e comportamento, seja religioso ou cultural da época. O muro da separação, o tanque de Betesda e  Santo Sepulcro são alguns dos assuntos tratados com muita clareza.
  “A evidencia dos escritos judaicos antigos” está no capítulo nono (p.131-156) onde de forma bastante sucinta relata a formação do Canon judaico no ano 100 DC, a produção escrita da  “Tradição dos Anciões”, a Mishná; acompanhada dos comentários dela, a Guemará, onde juntas formam o ‘Talmude’. No Talmude há poucos relatos a respeito do cristianismo descritos de forma “bastante hostis, mas servem para confirmar a historicidade da figura de Jesus”.
O livro termina no decimo capitulo (p. 147-156) com “A evidências dos escritos não judeus da Antiguidade” destacando escritores como Talo de Roma (52 DC), a carta do Sírio  Mara Bar-Serapión (c. 73 DC.) ao seu filho Serapión, os escritos de Justino Mártir (150 d.C.) que insiste para que o imperador Antônio Pio consulte os “Atos”, certo relatório de Pilatos a respeito do julgamento de Cristo. Outros  como Tertuliano (197 DC) e Eusébio de Cesaréia são lembrados.  BRUCCE afirma que os  abundantes relatos extra bíblicos a respeito de Jesus, como no dizer de Paulo ao rei Agripa, “não ocorreu em um refugio secreto, mas se mostravam em perfeitas condições de serem submetidas ao mais severo escrutínio”
 Os temas são apresentados em uma linguagem clara e direta; excelente para novos convertidos, cristãos confirmados e estudante de teologia que desejam conhecer   as bases historiográfica da fé cristã, embora o autor  pretenda que  sua obra não seja teológica.
O livro de  BRUCCE é um chamado a crer em Jesus Cristo e crer no seu poder salvífico. Temas  como redenção, ressureição e fé  estão descortinados de forma discreta  motivando o leitor a confiar não somente em Cristo, mas nas Escrituras Sagradas.
Por isso, recomento o livro principalmente para aqueles que estão iniciando    sua fé em Cristo e iniciando seus estudos bíblicos para que não caiam em vícios costumeiros que vem de uma teologia igrejeira, mas conheçam a “Cristo o Filho do Deus Vivo”. 
O autor, Dr. F.F.BRUCCE  (1910-1990), teólogo escocês é formado pelas Universidades de Alberdeen, Cambridge e Viena. Primeiro ensinou grego por vários anos na Universidade de Edimburgo e depois na Universidade de Leeds. Então assumiu  o departamento de historia e literatura bíblica na Universidade de Sheffield, em  1947.  Em 1959 mudou-se para a Universidade de Manchester (Inglaterra), onde permaneceu como professor de critica e exegese bíblica ate o dia de sua aposentadoria em 1878.


Palavra Chave:  Resenha, BRUCCE, Apologética, Novo Testamento

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