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DESTAQUE

A ESCRAVIDÃO NA BÍBLIA.

Este texto e parte integrante  de um artigo maior postado neste blog: A TEOLOGIA PRESENTE NOS DISCURSOS DA IGREJA CATÓLICA       NO FIN...

07/07/2017

OSEIAS 11:1-4 - EXEGESE


 

EXEGESE DE OSÉIAS 11:1-4
  
JOSÉ MARIA VIEIRA RODRIGUES
  
São Paulo / dezembro/2016  

Exegese apresentada como exigência parcial da nota da matéria de Exegese do Antigo Testamento, sob a orientação do Prof. Me. Ivam Pereira Guedes, Faculdade Paschoal Dantas. 

São Paulo, Dezembro/2016

Epigrafe 
“O meu povo foi destruído por falta de conhecimento”
Oséias 4:6

RESUMO
O presente trabalho faz uma exegese do texto de Oséias 11:1-4. Observar o presente texto dentro do contexto literário, com implicações na a teologia do texto no Antigo e no Novo Testamento. Analisa as palavras chaves e sua implicações na teologia prática.  Finaliza com um esboço para pregação. 
Palavras Chaves: salvação, aliança, Messias. 

INTRODUÇÃO

 A presente análise exegética  do texto  de Oséias 11:4-11  tem como objetivo alcançar à máxima proximidade do significado original transmitida pelo profeta nos seus dias. visto que a mensagem foi transmitida a Israel  com o máximo de expressões literárias possível e existente na época. Logo traz um peso de significados absolutos que o distanciamento temporal não nos permite detectar o real significado.  No capitulo 1 traz um  Estudo Contextual orientada; destacando as principais expressões linguísticas e levando em conta  o Contexto Remoto e Contesto próximo, entre outros.  Além das implicações para a Teologia do Antigo Testamento e do Novo Testamento também estão presente neste capitulo. No capitulo 2 estão presente o Estudo  Textual, o qual   está disposto versículo por versículo; destacando as palavras chaves de maior significado teológico. as quais vão nos nos orientar para saber qual a teologia em curso. O estudo de Teológico analítico do texto  está no capitou 03 disposto e acordo coma a sequencia do texto original de Oseias 11:1-11 e o comentário livre vem logo a seguir. Finalizamos coma um esboço para o sermão.
  
TEXTO BÍBLICO:

1"Quando Israel era menino, eu o amei, e do Egito chamei o meu filho.
2Mas, quanto mais eu o chamava, mais eles se afastavam de mim. Eles ofereceram sacrifícios aos baalins e queimaram incenso aos ídolos esculpidos.
3Mas fui eu quem ensinou Efraim a andar, tomando-o nos braços; mas eles não perceberam que fui eu quem os curou.
4Eu os conduzi com laços de bondade humana e de amor; tirei do seu pescoço o jugo e me inclinei para alimentá-los.  (Oséias 11:1-4  NVI)
 
1. Israel era ainda criança, e já eu o amava, e do Egito chamei meu filho.
2. Mas, quanto mais os chamei, mais se afastaram; ofereceram sacrifícios aos Baal e queimaram ofertas aos ídolos.
3. Eu, entretanto, ensinava Efraim a andar, tomava-o nos meus braços, mas não compreenderam que eu cuidava deles.
4. Segurava-os com laços humanos, com laços de amor; fui para eles como o que tira da boca uma rédea, e lhes dei alimento.  (Oséias 11:1-4 BJ)


א כִּי נַעַר יִשְׂרָאֵל, וָאֹהֲבֵהוּ; וּמִמִּצְרַיִם, קָרָאתִי לִבְנִי.
1 Quando Israel era menino, eu o amei, e do Egito chamei a meu filho.
ב קָרְאוּ, לָהֶם; כֵּן, הָלְכוּ מִפְּנֵיהֶם--לַבְּעָלִים יְזַבֵּחוּ, וְלַפְּסִלִים יְקַטֵּרוּן.
2 Quanto mais eu os chamava, tanto mais se afastavam de mim; sacrificavam aos baalins, e queimavam incenso às imagens esculpidas.
ג וְאָנֹכִי תִרְגַּלְתִּי לְאֶפְרַיִם, קָחָם עַל-זְרוֹעֹתָיו; וְלֹא יָדְעוּ, כִּי רְפָאתִים.
3 Todavia, eu ensinei aos de Efraim a andar; tomei-os nos meus braços; mas não entendiam que eu os curava.
ד בְּחַבְלֵי אָדָם אֶמְשְׁכֵם בַּעֲבֹתוֹת אַהֲבָה, וָאֶהְיֶה לָהֶם כִּמְרִימֵי עֹל עַל לְחֵיהֶם; וְאַט אֵלָיו, אוֹכִיל.
4 Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor; e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas, e me inclinei para lhes dar de comer. (ARA)

CAPITULO 01


O livro de Oséias pode ser considerado como o registro de maior apelo profético da parte de Deus a uma nação apóstata,  o Reino do Norte, Israel. Depois  do Livro poético de Cantares, as narrativas deste livro de Oséias são as maiores  declaração de  amor que Deus fez ao seu povo escolhido. Apelos ao arrependimento, ameaça  de punição  e promessas são vistas no decorrer do livro.   Mesmo depois de tantas ameaças eles continuaram rebeldes, se recusando a voltar ao Senhor. As declarações de amor assemelham – se a um homem apaixonado por uma mulher, a qual não lhe dá a mínima atenção. Aliás, o livro inicia com Yhaveh ordenando ao profeta Oséias que tomasse por esposa uma prostituta do templo de Baal e tivesse com ela filhos. A intenção do Senhor era que Oséias vivenciasse os sentimentos que Deus estava sentido com relação ao povo de Israel. A comparação do Marido, Oséias e a Esposa, Gômer com Deus e o povo de Israel é inevitável e primordial. Somente assim conseguimos entender os sentimentos do Senhor Jesus ao entregar-se na cruz pelos pecadores. Oseias se dispõe a cuidar da esposa fielmente e amá-la, mesmo sabendo que havia sido tirada da prostituição.  A gratidão deveria permear os sentimentos da ex-prostituta traduzindo-se em fidelidade.  No entanto, Gômer obstinada   e rebelde voltou a procurar seus antigos senhores, os sacerdotes do templo de Baal,  entregando-se a prostituição, iludida com os presentes, falsos benefícios e promessas. O deus cananeu “Baal”, cujo nome significa “marido, dono e proprietário” era o  consorte a deusa dos Sidônios Asserá, os quais  estavam em concorrência direta com Yhaweh pela adoração dos israelitas. No início o Senhor se apresenta como fiel “marido”, verdadeiro “dono”, o real “proprietário”  da nação de Israel.
“Marido”,  porque Yhaweh tinha contratado uma “aliança” com Israel quando estes saíram do Egito e estava no deserto do Sinai. Ali Yhaweh estabeleceu com eles uma aliança de fidelidade quando eles seriam o povo de Deus e Yhaweh seria o Deus deles.
Quando os israelitas foram libertados do Egito pela mão forte do Senhor Deus comprou-os e assim passou a ser “dono” deles.  Em Gilgal  os Israelitas foram circuncidados (corte do prepúcio);  desde as crianças até os adultos, porque desde a saída do Egito tal cerimonia não havia acontecido. Este cumprimento da Lei Abraâmica os tornava posse ABSOLUTA de Yhaweh. 
Não somente a ideia de matrimonio está em vista em Oseias, mas a ideia de filiação e propriedade. Yhaweh se apesenta como “pai, Senhor e Deus”  de Israel.

1.            ESTUDO CONTEXTUAL.
Figuras de linguagem (“meu filho”) são empregadas como ocorreram em Os. 9:10, 10:1 e 10:11; quando Israel é chamado de “uvas”, “vide” e “bezerra” respectivamente. Aqui Deus não só se identifica como aquele provedor e cuidador que retirou Israel do Egito, mas como “pai” entristecido por causa de seu filho rebelde. Há uma natureza de retrospectiva histórica de Israel quando este estava no Egito e como estavam agora no território de Israel.
A liberação da escravidão do Egito (“jugo”) através de sinais sobrenaturais é uma   clara demonstração de “laços de amor” e “cordas humanas”, pois só faz coisas extraordinária para alguém aquele que muito ama. Assim Yhaweh aqui se apresenta como um Pai e Israel o filho rebelde.
A adoração a Baal, por conseguinte,  o culto a ídolos se tornava uma grande traição a este amor outrora demonstrado por Yhaweh.  A graça de Deus externada na expressão, “quanto mais eu chamava”, e pronunciada sempre através dos apelos dos profetas, estava presente mesmo durante toda a apostasia de Israel.  Yhaweh é o verdadeiro “genitor” da nação de Israel; um “garoto pequeno” que não tem como se suprir. Deus recorda Israel dessa condição e como supriu suas necessidade “dando-lhe de comer”. Por isso, levará adiante o compromisso de pai responsável em fidelidade a Aliança.
A situação como o “menino” rebelde tem como pano de fundo a Lei em Deut. 21:18-25 e Deut. 22:22-24 que determinava que “o filho contumaz e rebelde” fosse julgado pelos anciãos se condenado a pena era morte por apedrejamento. Neste caso, YHAWEH, o “Pai” amoroso,  preferes o amor à Aliança do que cumprir a Lei da Aliança; assim, a reconciliação mediante castigo demonstra misericórdia após o Juízo.  Os termos “amei” e “chamei” reflete a graça de Deus mediante convocação no compromisso do amor e fidelidade.

1.1        Contexto histórico

A narrativa de Oséias 11:1-4 acontece entre meio a uma série de outras narrativas  de acusações que Deus faz sobre os pecados de Israel.  No capítulo 1  temos a narrativa do casamento de Oséias quando  é orientado por Deus a se casar com a prostitua e idólatra  Gômer. Assim as experiências de Oséias lhe servirão para o profeta  transmitir sua mensagem com maior realidade. Deus havia firmado uma “Aliança” com Israel, semelhante a uma aliança de casamento. E Israel, a esposa, havia adulterado, isto é preferido o ídolo Baal do quê o verdadeiro Deus,  Yhaweh.
Três filhos nascem desse relacionamento conturbado de Oséias com Gômer.  A vontade de Deus são visto nos significados dos nome.
No capitulo 2 Yhaweh apresenta Israel como a “esposa”  infiel  (2:2-23).  Promete castigar Israel e restaurar.  No cap. 3 Deus se apresenta como “marido” fiel. E, dos cap. 4 até o 10 os oráculos são de acusação aos pecados que Israel estava praticando, avisos de castigos e promessas de restauração.
Oseias 11:1-4 fica no final de uma  seção que começa  em 9:10 no qual  os termos usados se refere à remissão de Israel em que Deus é o orador:  “Achei a Israel”.  São vistos vários discurso de Yhaweh  (9:10-13, 15,16; 10:10,11; 11:1-9,11).
O fim desta seção é marcado como a queixa divina que crescendo vai  até chegar ao clímax, quando Deus decide não fazer mais juízo da experiência derradeira de Israel (11:9), mas lançar um convite ao retorno e à reconciliação:  “e os farei habitar em suas próprias casas” (11:11).
No cap. 9:10-17 por exemplo, Israel é chamado pela símile “uvas do deserto”. Uma alusão à capacidade frutífera de Israel; seguida de acusação pela desobediência (10), anúncios de juízo (10,11); anuncio de juízo e extinção de Efraim (11-12); desenvolvimento do juízo seguido de oração (13-14); juízo em alusão a Gilgal, local onde Saul foi coroado rei (15); e juízo duplo: a esterilidade e exílio a Effraim (16). Os termos, em sequências, estacam a capacidade de Israel, oráculos de anuncio de juízo, oração, promessa e juízo são o que caracteriza a seção.

  Voltemos ao cap.11 no qual Deus se apesenta como o  “Pai”  e o  “amor” fiel de Deus para com o “filho” seu.  A família é o cenário estabelecido para reforçar como havia um profundo relacionamento  e comunhão com o “meu filho”” que foi chamado do Egito. Deus traz a luz como Deus cuidou de Israel quando ele era um “menino”, ou seja, quanto ainda estava em formação. Como tirou eles do Egito liberando-os da escravidão e posteriormente cuidando deles no deserto, inclusive com alimentos.  


1.2.1.  Contexto literário

Oséias 11:1-4 faz parte daqueles oráculos de amor e misericórdia que não finaliza com juízo de destruição, mas que se encerra com uma promessa de retorno do exílio.
Como acontece em quase todo os cap. 4 ao 11 Deus é o principal orador. Neste texto somente no v. 8 e 9 que se dirige a Efraim; no restante do texto analisado trata Israel na terceira pessoa do singular.
Depois de uma “série de imagens por meio das quais Deus reflete sobre suas expectativas e sobre o fracasso de Israel agora chega ao seu clímax”. 
       A figura de linguagem usada “torna-se pessoal”. Javé não é mais o lavrador, o cuidador de Israel como se fosse uvas (9:10), como se fosse vide (10.1) ou bezerra (10:11), mas agora Javé assume a figura de “o pai” (v.01).  Entristecido por causa de seu filho, Israel, rebelde (v.2) que não atendia aos seus apelos e clamores o que amplia o quadro de graça (v.01, 3-4).
Quanto às queixas com argumentações auto direcionadas “expõe a intensidade do amor da aliança em termos insuperáveis em todo o Antigo Testamento (v. 8),  
      “A retrospectiva histórica do que Deus fez por Israel  é para afirmar que “existe esperança por traz do juízo (esperança que não se vê por traz das metáforas precedentes)- esperança baseada na natureza singular de Deus, o santo (v. 9)”.  
 Esperança que é retratada pela símile leonino, quando Israel é chamado do exílio com um “rugido” Deus chamara seu povo como leõezinhos ariscos (10-11) (Hurbbard, p. 197).  As perguntas e expressões (8,9): “Como te deixarias?” “Comovido em mim o meu coração” “Deus não é homem”, mas “santo no meio de ti” assim, seria mais bem classificado no seu sentido linguístico como um texto expositivo argumentativo  na primeira pessoa do singular. Onde quem fala é Deus.

1.2.2.  Contexto remoto

A ênfase do autor do livro de Oséias não está baseada em uma visão, mas “totalmente na Palavra do Senhor que é o verdadeiro rótulo do livro”. O significado do nome do autor – “Salvação”  “era tão adequada a sua vida e mensagem e tão inadequado para o fraco e mal sucedido  rei de Israel, cujos planos malfadados contribuíram para a ruína de Israel em 722 a. C.” (Hurbbard, p. 64). E a historicidade de Israel está totalmente voltada para sua história de salvação.
        O principal tema do livro é a apostasia de Israel e o esforço de seu salvador em convencê-los de sua bondade.  “As promessas de restauração são expressas numa linguagem que faz lembrar as alianças do passado de Israel” (p. 72). Logo a menção da aliança está  distribuída por todo o livro, inclusive aqui em 11:1-4 de maneira direta ou indireta: “Quando Israel era menino”. A linguagem amorosa “falando ao coração” com a finalidade de tocar a emoção onde “o deserto foi à côrte de Javé” local que  Efraim aprendeu a andar. O Egito é lembrado, porque dali Israel foi libertado da escravidão “com laços de amor” (p.92). Portanto, é natural num relacionamento amoroso que a parte ofendida tenha “queixas”.
Hurbbard  traz uma relação de temas principais que fazem menção dessas queixas de Javé.

"1) o apelo à história do pecado de Israel para explicar sua conduta e argumentar em favor de seu julgamento — Baal-Peor (9.10; cf. Nm 25.1-9), Gilgal (9.15; cf. 1 Sm 11.14-15), Betei (denominada Áven em 10.8; cf. comentário sobre 4.15), Gibeá (10.9; cf. comentário sobre 9.8), AdmáeZeboim (11.8; cf. Gnl0.19; 14.1-17; Dt 29.23); (2) o tema da multiplicação, em que a abundância material e os excessos religiosos de Israel levam a inúmeras transgressões (10.1, 13; cf. 4.7; 8.11, 12, 14); (3) a aliança violada (10.4; cf. 6.7; 8.1); (4) a idolatria perniciosa (10.5-6; cf. 8.4-6); (5) a futilidade do poderio militar (10.13-14; 11.6; cf. 7.16; 8.14); (6) o fim da monarquia (10.15; cf. 3.4; 7.7, 16); (7) a adoração de Baal como outorgante da fertilidade (11.1; cf. 2.13); e (8) o exílio como forma predominante de juízo (10.6; 11.5; cf. 9.3,6).(p.174).

A sessão que começa no cap. 9: e termina no capitulo 11 onde tem seu fim marcado por mais queixas divinas que vai alcançando seu clímax até que quando Deus decide não  fazer do juízo a experiência derradeira (11.9) (p.174).  Mas promete restaurar Israel  trazendo de volta para casa.   As expressões “filho”,  “menino” podem, além de expressão de intimidade e amor familiar expressar a dificuldade de punir sem haver um promessa de restauração. 

1.2.3. Contexto próximo

HURBBARD (p.173) afirma em seu comentário que “As primeiras sessões estão marcadas por figuras agrícolas; ‘Uva no deserto’, 9:10-17; ‘uma vide luxuriante’, 10:1-10; ‘uma bezerra domada’, 10:11-15”.  Onde todas estas expressões de linguagem estão ressaltadas  “o valor inestimável de Israel para Yhaweh”, mas devido ao “comportamento lamentável de Israel” o destaque ficou para o lado ruim de Israel.  Assim,  a expressão ‘o filho amado’ é  a  última figura empregada, 11:1-11;  quando, então,   o rebelde filho de Deus, Efraím  recebe o convite para voltar para casa: “e os farei habitar em suas próprias casas” (11.11) (p.175).  As figuras terra em submissão ao poder Deus agora é substituído  por “me filho” aludindo uma relação mais pessoal e racional. Uma relação de família, “laços de afeto”.  O filho rebelde que é convidado a voltar para casa e a deixar o culto a Baal.  A felicidade de Deus ao  “achar Israel” na  abertura da sessão (9:10) vão se apagando  devidos às queixas divinas e aumenta até chegar na terrível decisão de punir Isael com o Juízo, mas está não seria a ultima experiência de Israel, pois no final lança um convite ao retorno e a restauração (11:9).  A justificativa  é   “Não executarei a minha ira impetuosa, não tornarei a destruir Efraim”. Pois sou Deus, e não homem, o Santo no meio de vocês. Não virei com ira (NVI 11:9).
 As promessas de salvação  finalizam  com  um “assim diz o Senhor” (11:11) e o que vem a seguir são as preparações  para o juízo e as propostas de esperança.  Pois o argumento final de Deus é: “volta Israel”.

1.2.3    Contexto canônico

A autoridade canônica de Oséias foi reconhecida desde o inicio conforme afirma David Burbbard (p. 26), “tal a clareza com o vemos sendo empregados pelos profetas subsequentes”.  Logo o texto de  Os. 11:1-4 está totalmente integrado ao contexto do livro formando um todo em unidade textual.

1.3.1   Antigo Testamento


A relação do texto 11:1-4 com o contexto do Antigo Testamento está totalmente integrado com a historicidade de Israel,  com a revelação pessoal de Yhaweh  á  nação, as historias das tradições de Israel e até  e com a cultura da região. No tempo dos reis e dos profetas quanto Israel não tinha uma vida céltica de adoração no Templo havia se apostatado da fé  em Yhaveh  para adorar ao deus sidônio, Baal. Essa relação cúltica com um Deus pagão somado ao comportamento moral, político, social e religioso  foi a causa  de  ter levados ao cativeiro. A primeira Aliança no deserto foi uma aliança de amor eterno.
       Essa relação de amor entre Deus e “o menino” que leva o profeta a ser usados em recursos emocionais, persuasivos e ameaçadores e por um lado, mas por outros singelos, afáveis e sensíveis da parte de Deus que  ama.
As possíveis interpretações para “do Egito Chamei meu filho” remetem a salvação de Israel e a Cristo.  Em  Os. 11:1. Primeiro tem a ver com a saída de Israel do Egito a 1500 anos a. C.  quando sob a liderança de Moises. O povo que estava escravo no Egito foram libertado pela mão forte do Senhor conforme narram o Livro de êxodo.  Depois de confrontar Faraó  pelo pode do Senhor, Moisés  conduz este povo pelo deserto por um período de 40 anos  até chegarem à Terra Prometida. Além de Êxodo, Números e Deuteronômio, os livros históricos de Josué, Juízes; Samuel; Reis e  Crônicas  se encubem da narrativa da historia desse período.   O profeta Oséias é o único profeta do norte que deixou literatura totalmente voltada  para o  seu  chamado e função profética. Amós declarou “Assim diz o Senhor:  Israel certamente será levado cativo (Am.7:17).
O “filho amado”, sem duvida, se desviou  e Deus procura trazem-lo para o caminho.  A libertação da escravidão do Egito, a Aliança firmada no Sinai, as provisões no deserto e as punições não estão explicitas no texto, mas sem duvida   tem a ver com a expressão “mas fui eu quem ensinou Efraim a andar”; porque todas essas ações libertadoras de Yhaweh pôs Efraim  a andar no caminho do Senhor até chegar aquele presente momento.
O assunto messiânico não está descartado, visto que encontramos neste texto muitos fatos relacionados com a infância de Jesus citado por Mateus (2:15).

 1.3.2 Novo Testamento

 “Do Egito chamei meu filho”. Pode  ser interpretado como sendo a profecia relativa a Jesus Cristo quando este veio do Egito na sua infância para terra natal de seus pais, Nazaré; o qual ficou popularmente conhecido como “O nazareno”. “E, levantando-se ele, tomou o menino e sua mãe, de noite, e foi para o Egito E esteve lá, até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: Do Egito chamei o meu Filho”.
(Mt.  2:14, 15).  Hubbard (p. 202) afirma que Mateus faz menção a essa passagem de Oséias por que vê  no “ texto muitos fatores que reforçam seu entendimento da função messiânica”.  Fazendo reportar a atualidade dos acontecimentos, Mateus  vê àquelas condições semelhante de escravidão em que Moisés esteve envolvido e com isso Cristo é o  profeta-maior, o Moisés Maior,  o Messias.
Segundo Burbbard (p. 201,202) “tomam os seus temas da graça e das promessas divinas e  passam adiante, como se passassem um bastão que os sucedem; os escritores do Novo Testamento, como Mateus,  estendem a mão para traz o tomam aqueles temas que atendem aos seus propósitos, correndo com firmeza a fim de fortalecer toda a Igreja”.   
Esta símile  coloca Jesus como o “profeta”  messiânico enviado por Deus em condições especiais para libertar o povo do seu pecado e  os conduzir sob Nova Aliança. 

CAPITULO 02

1-    ESTUDO DO TEXTO
O texto, como se apresenta,   é expositivo e argumentativo na primeira pessoa onde é Deus quem está falando.  
1.    “Israel era ainda criança, e já eu o amava, e do Egito chamei meu filho”.
‘Israel e Efraím’ são os nomes que se alternam em Oseias para designar as dez tribos do Norte que se desviou da Aliança, preferindo a Baal, que ao Senhor.
Efraím era um dos filhos de José (Manassés e Efraím) que recebeu benção maior  da parte do pai Jacó (Gn. 48:14-20). E se tornaram como filho de Jacó (Israel) tomando parte da herança e na promessa de Abraão. 
“Criança” e “meu filho” - são figuras de linguagens que se tornam pessoal; Javé não se identifica como aquele que cuida de uvas e vinhas (9:10; 10:1) e bezerra (10:11),  mais como um pai entristecido com o filho rebelde. Além de ser um marido fiel, ele também é um pai autoritário, mas também  compassivo e paciente.  O ambiente familiar está em questão. Israel sai da casa do Pai e precisa retornar. “menino” (heb. Na’ar – menino pequeno, garoto) “sugere uma imaturidade à impotência, à incapacidade de arcar com a responsabilidade da vida adulta” (Bubburd, p. 199).
Contrastas com “meu filho”  que escreve um relacionamento intimo com Deus num proposito que o substantivo “filho”  propõe a Israel.
“Do Egito”  (a ênfase está no ato de resgatar,  conf. Bulbbard) “o chamei pelo nome de meu filho ”.
“Depois diga ao faraó que assim diz o Senhor: Israel é o meu primeiro filho,
E eu já lhe disse que deixe o meu filho ir para prestar-me culto. Mas você não quis deixá-lo ir; por isso matarei o seu primeiro filho! " Êxodo 4:22,23

“Não é Efraim o meu filho querido? O filho em quem tenho prazer? Cada vez que eu falo sobre ele, mais intensamente me lembro dele. Por isso o meu coração por ele anseia; tenho por ele grande compaixão", declara o Senhor!”. Jer. 31:20
Tudo atesta um relacionamento especial  dentro da aliança como uma adoção (p.  )  que foi selado no Exodo e no Sinai (cf. 12:9; 13:4)

2.            “Quanto mais eu os chamava, tanto mais se afastavam de mim; sacrificavam aos baalins, e queimavam incenso às imagens esculpidas”.
Eles: “Eu os chamava (...) mais eles se afastavam”;  a sedução (9:10)  tem consequência à consagração  no passado. Isto conforme Burbbard (p. 200) explica:  que a tradição do Pentateuco (Nm 25) em comparação a outras passagens que se contrapõe a paráfrase do versículo seria: “Elas os chamavam e se iam da minha presença”.  “O que Deus quer mostrar é que o chamado pagão se revelou mais forte  do que o chamado de Deus.
“Eu”  e “Eles” deixamos claro aquilo que se vê por quase toda a Escritura  dentro do plano de salvação: de um lado o Salvador  que ama e busca o perdido e de outro lado o pecador rebelde ignorando a necessidade de salvação.
“Sacrifica” e “queimava incenso”: a inexperiência do “menino” não resistia a sedução da religião pagã, culto a Baal.  Conforme Bubbord (p. 200) “O tempo imperfeito dos dois verbos no versículo 2b talvez esteja apontando para o início de uma prática que, em diferentes graus de intensidade, havia persistido até a época de Oséias: ‘ aos baalains começaram a oferece sacrifícios,  e as imagens esculpidas, a queimar incenso”.

3.             “Todavia, eu ensinei aos de Efraim a andar; tomei-os nos meus braços; mas não entendiam que eu os curava”.
“Eu: “ Eu a ensinei a andar” (ARA, ARC, IBB, KJ, etc), mas também pode ser Eu andei à frente de” de modo a guiar e a proteger. “Nos braços”  (heb. Ns´’) Erguer do chão, carregar nos braços)  ou recolher do chão (hb. qbs) ambas empregadas em Isaias 40:11.
“Tomar (a forma é incomum, talvez um infinitivo absoluto, qh), forma abreviada de iqh, “tomar”, “apanhar”, “agarrar”, provavelmente explica a maneira como Deus guiou Efraim — “segurando-o pelos braços”, isto é, pelos braços de Efraim, para apoiá-los ou protegê-los enquanto andavam” (Bubburd, 201).

“Amar e curar”: (‘curava’,  heb.  rp’) tratar de maneira carinhosa; curar suas feridas e assim demonstrar seu amor.
Relação entre amor e cura entre Deus e Israel remonta antes sua formação. Mesmo ante de Israel não existir. Abraão, Isaque e Jacó viveram essa relação de amor e cura entre eles de Deus. “Eu sou do Deus de teu pai, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó” (Ex. 3:6). Ora Deus não iria se identificar como sendo Deus de Abraão, Isaque e Jacó se não tivesse prazer e motivação para isso.

4.            “Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor; e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas, e me inclinei para lhes dar de comer”.
‘Cordas humanas’ e ‘laços de amor’ o que esta em vista são os cuidados de uma mãe com seu filho para ensiná-lo a andar e a se livrar dos perigos da sua infância.
Citando  Burbbard uma possível  versão atualizada deste  verso ficaria assim:
 “E eu me tornei para eles como pessoas que levantam até o rosto uma criança que está aprendendo a andar. E eu lhe estendi a mão e [lhe] dei [alimento] para comer” (BJ; PIB; BLH ).

O cuidado de Deus para com Israel  começou na sua infância, desde antes de seu um povo, e continuou por todo o tempo até aquele presente momento. Yhaveh nunca se afastou de Efraím, mesmo este preferindo outros deuses.
  
2-    DEFESA DE PERÍCOPE

Embora a perícope não tenha seu fim  no vs. 4, mas  sim no vs. 11 quando se encerra com um “Assim diz o Senhor”.
O texto está cercado de figura de linguagens, de paráfrases, símile,  de historicidade e de palavras poéticas de sentido duplo  que são necessários para expressar aquilo que o profeta-poeta quer dizer. Dizer que o amor de Deus era tão grande por Efraím se usa palavras como “laços de amor”,  “cordas humanas” para diferenciar do “jugo” e da corrente de escravos.
Conhecer a historicidade de  salvação que envolve Israel desde antes usa formação no tempo dos Patriarcas até aquele momento.  No contexto de Oséias o envolvimento do profeta na causa  para salvar Israel  da punição que estava para acontecer.  Na sua dedicação para fazer Israel “voltar para o Senhor” faz uso de todo tipo de recurso linguístico e literário.  De palavra e comparações a fim de emocionar seu ouvinte.  Desta forma o resultado é um texto repleto de palavras com sentidos poéticos, metáforas, símile e linguagens figuradas. 

3-    COMENTÁRIO

O texto de Os. 11:1-4 não encerra todo o acontecimento da perícope, mas descreve como o Senhor se envolveu na salvação de Israel. Sua ternura, seu amor pelo “menino” a quem criou e cuidou, mas que se rebelou contra seu Pai.  O texto revela o processo de Javé com Israel. O restante do texto (5-7) expõe  a sentença do exilio (v.5), invasão (v.6) e cativeiro penoso (v.7) . A mensagem é um apelo para que Israel ‘volte para o Senhor’  sob um apelo emocional que ressalta o grande amor e cuidado de Deus que dispensou no passado para com aquela nação que se mostrava rebelde.  Embora o Senhor apele para o seu coração e sua divindade, o cativeiro parece ser inevitável.
No entanto, o furor de Deus será abrandado, diminuído e apaziguado  quando anuncia que “não é homem, mas Deus” (v.9) e após o cativeiro serão restaurados (v.11).  Não diz por quanto tempo ficariam no exilio e se seriam restaurados como nação.  Ao que parece os que voltaram do exilia ou de lá retornaram foram encorpados à Tribo de Judá. Visto que Samaria permaneceu sob dominação da Assíria e para lá outros povos foram levados.  É  difícil saber o que aconteceu com Israel nesse período de cativeiro.
O fato é que a apostasia de Israel foi intolerável, principalmente nos últimos anos quando a disputa pelo poder politico se tornou acirrada. Havia muita imoralidade e insegurança em Israel. Assim o  cenário do livro esá em 2 Reis 15 (2 Rs 15; Os 7.7; 8.4; 10.3; 13.9-11)  ou talvez pouco antes.

Burbbard (p. 29) sugere como período do livro
O ressurgimento do poder assírio sob Tiglate-Pileser III (chamado Puí; 745-727 a. C.) e Salmaneser V, que retomaram os ataques contra o oeste feitos por seus predecessores, reduzindo boa parte da Siro-Palestina à vassalagem (2 Rs 15.19-20, 29; 16.7-20; 17.1-6); um desentendimento entre Judá e Israel, o qual, em aliança com Damasco sob o rei Rezim, tentou coagir Acaz de Judá a conspirar com eles contra Tiglate-Pileser (734-733 a. C.; 2 Rs 16.5-9; cf. Is 7-10; Os 5.8-13;

4-    MENSAGEM PARA ÉPOCA

Os israelitas do reino do norte, especialmente os moradores da cidade de Samaria deveria ser alcançado pela mensagem de Oséias. Se havia  intenção do profeta em tocar emocionalmente os Israelitas apostatas declarando como Deus foi misericordioso com eles na fica claro, mas os apelos a exemplos figurados são fortes. O uso de linguagens símbolos figurado estão distribuídos por toda a extensão do livro e agora no texto Os. 11:1-4 Javé chama Israel de ‘meu filho”.  Isto é o tratamento agora é de um pai que pretende salvar seu filho dos braços dos baalins que significa “dono”, “senhor”.  a sedução aos ídolos é para o ‘filho’ muito forte e quase sempre não consegue resistir.  No final o apelo do pai que ama e se dou para a criação do filho pode ser resumida assim:

  “Meu filho, volte para casa do seu pai;
Por muito tempo cuidei de você,
Mesmo quando você me desprezava” 

CAPITULO 03 

1-    ESTUDO DE TEOLOGIA

Qual teologia será possível verificar no texto de Os. 11:1-4 que forneça liga entre as expressões. A resposta pode estar nas palavras importantes que ligam uma oração a outra; ou que dão sentido ao texto e faz do texto uma oração coesa e com sentido ligando um assunto ao outro. Nesse sentido os temas de cada oração são sincrônicos e liga uma oração a outra. A teologia que está como que encoberto no texto pelas expressões e formas linguísticas. A base teológica é do Antigo Testamento que oferece como uma semente que floresce para uma  teologia do Novo Testamento. Oseias faz uso de palavras que se contrastam entre sim.  As formas linguísticas das palavras às vezes são diacrônicas e antagônicas.  Palavras que vão aparecer no Novo Testamento com o mesmo sentido.

2-    A TEOLOGIA DO TEXTO

1-           Teologia da filiação: ‘Criança’ -  ‘filho’ – ‘Egito’:  Isaac era o  filho da promessa para Abraão e Sara. Um ‘tipo’ da pessoa de  Cristo, o filho de Deus que floresceria no N.T.  A figura da criança é formada bem sedo na historicidade de Israel, para  encucar uma verdade que haveria de surgir.  Não podemos deixar de mencionar  Mateus 2:14-15 quanto Jesus é lembrado pelo evangelista como aquele que veio do Egito.  Embora o que o texto literalmente fala é que Israel, um criança inexperiente, desprovida de qualquer recurso para sobreviver só, é o filho amado por Deus. Israel é filho que foi tirado do Egito, isto é da escravidão. O paralelo teológico entre o A.T. e o N.T. é que em Cristo, o nosso Moisés, nós fomos libertados da escravidão do pecado (Egito) e conduzidos à posição de filho amado.

2-           Teologia da Aliança, da salvação, da justificação,  tradições de Aliança:  ‘sacrifício’ e ‘incenso’:  No Egito, pela Pascoa (Ex.12),  tem inicio à Aliança que será firmada no Sinai com a entrega do  Decálogo no Sinai.  Nesse momento Israel se torna “o povo de Deus” e Yhaweh o seu Deus. No  entanto o pecado era uma questão a ser resolvida. Deus então ‘dá o sangue’, isto é um subsidio para o pecador, alguém deveria morrer no seu lugar: um sacrifício, uma oferta de sangue. Esta aliança firmada trouxe adiamento até que viesse ‘o sacrifício perfeito’ para a total libertação, salvação do pecado pelo Filho de Deus, a criança que nasceu de Maria, e foi o salvador do mundo nos libertando do Egito, a escravidão do pecado.

Teologia da comissão, da escolha, da predestinação:  Chamar e afastar  -  sacrifício e incenso    Baal e ídolos.  Nas Escrituras  Deus está sempre chamando o homem. Abraão é chamado em Gn. 12 para ir a uma terra desconhecida. Isaque e Jacó são chamados a servir o Deus de Abrão. Moisés é chamado a libertar da escravidão os hebreus do Egito. No Novo Testamento Jesus Cristo chama os pescadores para serem seus discípulos.  Paulo é chamado para o apostolado.  A teologia da salvação e adoração está presente no texto. A salvação envolve entrega ao salvador e uma vida de intimidade. Uma vida de serviço e ministração na sua casa (igreja) totalmente dedicada a Deus. Em particular Israel não estava cumprindo a aliança firmada que o levaria a salvação. Constantemente estava se desviando dos caminhos do Senhor e ministrava sacrifício e oferecia incenso no altar de Baal e ídolos em geral. Jesus afirmou: “Ninguém vem ao Pai a não ser por mim” (Jo. 14:6b) A garantia da salvação requer arrependimento e dedicação a um único Deus era isso que Javé desejava que Israel fizesse. Ao oferecer sacrifício a  Baal quebraram o acordo firmado com Javé. Assim, somente  é possível chegarmos ao Pai somente através de Cristo, qualquer outro é Baal. 

3-           A Economia de Deus: ‘Eu’ -  ‘eles’  -  ‘ensinar – ‘não compreender’:  O homem pode optar em fazer a vontade de Deus (Eu) ou fazer a sua vontade (‘Eles’).  Na economia de Deus não somente fomos chamados a salvação e adoração, mas também o homem foi chamado ao aprendizado pelo discipulado.  Deus é soberano, mas a sua natureza de ‘pai’ é ensinar o filho. Israel foi pessoalmente (‘eu’) ensinado por Deus, mas ‘eles’ por livre arbítrio se desviavam.  Quando eram ensinados não compreendiam o ensinamento para que pudesse ter vida e continuar na presença.
 Assim todos são chamados à adoração e ao discipulado. Muitos porem,  não conseguem entender a mensagem da cruz e tão pouco o ensinamento de Jesus para aplicar na sua vida e continuar vivendo para Deus. Israel não entendeu o chamado a adoração e tão pouco que as leis serviam para que pudessem mantê-los puro na presença de Javé.
“Eu, entretanto, ensinava Efraim a andar, tomava-o nos meus braços, mas não compreenderam que eu cuidava deles” (V.3).

4-           Teologia da providência: ‘Segurar’, ‘aliviar’, ‘alimentar’. Compreender que há segurança em andar na presença de Javé é um processo que precisa ser compreendido. Neste caso Efraím ‘o menino’,  ignorou os estudos e aprendizado preferindo uma vida livre e divertida com os ídolos sem o compromisso de obedecer às leis de Deus. Essa parece ser a escolha da maioria. Obedecer às leis de Deus é muito difícil diante das oportunidades que o mundo oferece. Efrain recebeu todo os cuidados necessários, mas não compreendeu que estes cuidados eram  para seu bem.
A salvação em Cristo é um cuidado especial de Deus para o pecador que como Efraím não entende a bondade de Deus. Ignora-o e se afasta dele  para bem longe.  Israel recebeu a promessa de ser trazido de volta para casa após o exilio na Assíria.  O exilio é um local de sofrimento e horror, de incertezas e muita dificuldade. 


3-    MENSAGEM PARA HOJE

Israel se torna exemplo para nós hoje  do que pode acontecer com aqueles que não querem ser submisso a Deus.  Jave resgatou do Egito  um povo  para ser seu filho. Deu-lhes um lugar para morar, a terra prometida, e cuidou deles ali.  Porem preferiu adorar deuses falsos existente na terra em companhia da população de Canaã.  A longa caminhada com Javé não lhes trouxe amadurecimento, pois constantemente estavam se desviando. Isto aconteceu porque o amadurecimento vem de um compromisso serio de responsabilidade dever e obrigação. Javé até procurou ensiná-los, mas seu coração não estava no compromisso com o aprendizado.
A relação que o povo mantinha com Javé era superficial; longe de ser algo que lhes trouxesse vida interior suficiente para produzir mudança.
Assim também, hoje muitos mantem um relacionamento com  Deus superficialmente, sem compromisso ou com interesse de aprofundamento na sua fé. O resultado serão cadeias e prisões, cativeiros e exílios.  A qualquer momento na vida estas pessoas caíram no laço que lhe foram preparados.

4-    IMPLICAÇÕES PARA TEOLOGIA BIBLICA

Luiz Saião define “A proposta fundamental da Teologia Bíblica é construir uma teologia a partir das Escrituras, de modo indutivo, sem depender das categorias definidas pela Sistemática ou pela Dogmática”[1].  Segundo  Luiz Saião a Teologia Bíblica não tem pressuposto com base na filosofia e na teologia sistemática, mas “organiza os dados bíblicos a partir da logica interna do pensamento bíblico”. Segundo Saião “é essencialmente descritiva, mas pode também tornar-se normativa quando  pergunta qual o valor do texto bíblico para o interprete de hoje”.
Considerando as definições de Luiz Saião o texto de Oséias 11:1-11 oferece recurso literário e instrumentos para abordar o plano de salvação de forma Teológica Bíblica. Na minha analise do texto destaquei algumas palavras chaves de interpretação do texto. Ali procurei contribuir  para a Teologia Bíblica  de forma descritiva, trabalhando com elementos do texto.  As  palavras destacam sem forçar o  traçado da teologia da salvação  e é possível construir um paralelo entre a salvação no V.T. e no N.T.   

5-    IMPLICAÇÃO PARA TEOLOGIA PRATICA

Na pratica o texto compete com outro texto do livro  a favar da construção de uma teologia pratica.  O ‘não’ em contrario com o ‘sim’, isto é aquilo que os Israelitas não fizeram em favor de uma construção de uma vida espiritual pratica que agradasse a Deus fica evidente.  Assim Israel  serve de exemplo de como não se deve fazer para com Deus.

6-    SERMÃO

TEMA:                       Deus chama o homem.
TEXTO BÁSICO:     Os. 11:1-4
1-    O chamado
Do Egito chamei meu filho – ‘menino’.   Mt. 2:14-15
Jesus é o Moises de Deus.
Todos são filhos amando de Deus

2-    A- Teologia da salvação.  – sacrifício e incenso. 
‘O  salario do pecado é a morte’ Rm.  3:21.
O  pecado era uma questão a ser resolvida.

B- Teologia da comissão -  Chamar e afastar  -   Baal e ídolos.  
BAAL  OU  YHAWEH?
            Nas Escrituras  Deus está sempre chamando o homem.

3-    A - Economia de Deus: ‘Eu’   ou  ‘eles’: uma escolha.
Uma  escolha: fazer que Deus deseje ou o que você deseja.
B- Discipulado: ‘ensinar – ‘não compreender’: Na economia de Deus não somente fomos chamados à salvação e adoração, mas também o homem foi chamado ao discipulado.

4-    Teologia da providência: ‘Segurar’, ‘aliviar’, ‘alimentar’. Compreender que há segurança em andar na presença de Javé é um processo que precisa ser compreendido.

Aplicação  
A salvação em Cristo é um cuidado especial de Deus para o pecador que como Efraím não entende a bondade de Deus. Ignora-o e se afasta para bem longe.  Israel recebeu a promessa de ser trazido de volta para casa após o exílio na Assíria.  O exílio é um local de sofrimento e horror, de incertezas e muita dificuldade.  Semelhantemente aqueles que não ouvirem o apelo da mensagem do Evangelho para se arrependerem e voltarem para o Senhor irão para o Inferno, lugar de condenação eterna. "Ali haverá pranto e ranger de dentes". (Lc. 13:28).  

7-    FONTES DE PESQUISA

HURBBARD, DAVID. A. Oséias. Introdução e comentário. Trad. Marcio L. Redondo. São Paulo: Edições Vida Nova, 1993.

8-    WEBSITES PESQUISADOS
http://www.judaismo-iberico.org/interlinear/tanakh/1311PT.HTMvisto em 14/09/16  21:00 h;
https://www.bibliaonline.com.br/nvi/os/11, visto em 14/09/16 21:22 h.


Trabalho da matéria de Exegese  realizado no curso de Teologia  - Faculdade Pascoal Dantas 




[1] http://prazerdapalavra.com.br/colunistas/luiz-sayao/3874-a-importancia-da-teologia-biblica-luiz-sayao

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