EXEGESE DE OSÉIAS 11:1-4
JOSÉ
MARIA VIEIRA RODRIGUES
São
Paulo / dezembro/2016
Exegese
apresentada como exigência parcial da nota da matéria de Exegese do Antigo
Testamento, sob a orientação do Prof. Me. Ivam Pereira Guedes, Faculdade Paschoal Dantas.
São
Paulo, Dezembro/2016
Epigrafe
“O
meu povo foi destruído por falta de conhecimento”
Oséias
4:6
RESUMO
O
presente trabalho faz uma exegese do texto de Oséias 11:1-4. Observar o presente texto
dentro do contexto literário, com implicações na a teologia do texto no
Antigo e no Novo Testamento. Analisa as palavras chaves e sua implicações na
teologia prática. Finaliza com um esboço
para pregação.
Palavras Chaves: salvação,
aliança, Messias.
INTRODUÇÃO
A presente análise exegética do texto de Oséias 11:4-11 tem como objetivo alcançar à máxima
proximidade do significado original transmitida pelo profeta nos seus dias. visto que a mensagem foi transmitida a Israel com o
máximo de expressões literárias possível e existente na época. Logo traz um
peso de significados absolutos que o distanciamento temporal não nos permite detectar o real
significado. No capitulo 1 traz um Estudo
Contextual orientada; destacando as principais expressões linguísticas e
levando em conta o Contexto Remoto e
Contesto próximo, entre outros. Além das implicações
para a Teologia do Antigo Testamento e do Novo Testamento também estão presente neste
capitulo. No capitulo 2 estão presente o Estudo Textual, o qual está disposto versículo por
versículo; destacando as palavras chaves de maior significado teológico. as quais vão nos nos orientar para saber qual a teologia em curso. O
estudo de Teológico analítico do texto está no capitou 03 disposto e acordo coma a sequencia do texto original de Oseias 11:1-11 e o comentário livre vem logo a seguir. Finalizamos coma um esboço para o sermão.
TEXTO
BÍBLICO:
1"Quando Israel era menino, eu o amei, e do
Egito chamei o meu filho.
2Mas, quanto mais eu o chamava, mais eles se afastavam de mim. Eles ofereceram sacrifícios aos baalins e queimaram incenso aos ídolos esculpidos.
3Mas fui eu quem ensinou Efraim a andar, tomando-o nos braços; mas eles não perceberam que fui eu quem os curou.
4Eu os conduzi com laços de bondade humana e de amor; tirei do seu pescoço o jugo e me inclinei para alimentá-los. (Oséias 11:1-4 NVI).
2Mas, quanto mais eu o chamava, mais eles se afastavam de mim. Eles ofereceram sacrifícios aos baalins e queimaram incenso aos ídolos esculpidos.
3Mas fui eu quem ensinou Efraim a andar, tomando-o nos braços; mas eles não perceberam que fui eu quem os curou.
4Eu os conduzi com laços de bondade humana e de amor; tirei do seu pescoço o jugo e me inclinei para alimentá-los. (Oséias 11:1-4 NVI).
1. Israel era ainda criança, e já eu o
amava, e do Egito chamei meu filho.
2. Mas, quanto mais os chamei, mais se
afastaram; ofereceram sacrifícios aos Baal e queimaram ofertas aos ídolos.
3. Eu, entretanto, ensinava Efraim a andar,
tomava-o nos meus braços, mas não compreenderam que eu cuidava deles.
4. Segurava-os com laços humanos, com laços
de amor; fui para eles como o que tira da boca uma rédea, e lhes dei alimento. (Oséias 11:1-4 BJ)
א כִּי נַעַר יִשְׂרָאֵל,
וָאֹהֲבֵהוּ; וּמִמִּצְרַיִם, קָרָאתִי לִבְנִי.
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1 Quando Israel era
menino, eu o amei, e do Egito chamei a meu filho.
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2 Quanto mais eu os
chamava, tanto mais se afastavam de mim; sacrificavam aos baalins, e
queimavam incenso às imagens esculpidas.
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3 Todavia, eu ensinei
aos de Efraim a andar; tomei-os nos meus braços; mas não entendiam que eu os
curava.
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4 Atraí-os com cordas
humanas, com laços de amor; e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre
as suas queixadas, e me inclinei para lhes dar de comer. (ARA)
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CAPITULO 01
O livro de Oséias pode ser
considerado como o registro de maior apelo profético da parte de Deus a uma
nação apóstata, o Reino do Norte,
Israel. Depois do Livro poético de Cantares,
as narrativas deste livro de Oséias são as maiores declaração de
amor que Deus fez ao seu povo escolhido. Apelos ao arrependimento, ameaça de punição e promessas são vistas no decorrer do
livro. Mesmo depois de tantas ameaças eles continuaram rebeldes, se recusando a voltar ao Senhor. As declarações de amor
assemelham – se a um homem apaixonado por uma mulher, a qual não lhe dá a mínima
atenção. Aliás, o livro inicia com Yhaveh ordenando ao profeta Oséias que
tomasse por esposa uma prostituta do templo de Baal e tivesse com ela filhos. A
intenção do Senhor era que Oséias vivenciasse os sentimentos que Deus estava
sentido com relação ao povo de Israel. A comparação do Marido, Oséias e a
Esposa, Gômer com Deus e o povo de Israel é inevitável e primordial. Somente
assim conseguimos entender os sentimentos do Senhor Jesus ao entregar-se na cruz
pelos pecadores. Oseias se dispõe a cuidar da esposa fielmente e amá-la, mesmo
sabendo que havia sido tirada da prostituição.
A gratidão deveria permear os sentimentos da ex-prostituta traduzindo-se
em fidelidade. No entanto, Gômer
obstinada e rebelde voltou a procurar
seus antigos senhores, os sacerdotes do templo de Baal, entregando-se a prostituição, iludida com os
presentes, falsos benefícios e promessas. O deus cananeu “Baal”, cujo nome significa
“marido, dono e proprietário” era o consorte a deusa dos Sidônios Asserá, os quais estavam
em concorrência direta com Yhaweh pela adoração dos israelitas. No início o
Senhor se apresenta como fiel “marido”, verdadeiro “dono”, o real
“proprietário” da nação de Israel.
“Marido”, porque Yhaweh tinha
contratado uma “aliança” com Israel quando estes saíram do Egito e estava no
deserto do Sinai. Ali Yhaweh estabeleceu com eles uma aliança de fidelidade quando eles seriam o povo de Deus e Yhaweh seria o Deus deles.
Quando os israelitas foram libertados do Egito pela mão forte do Senhor Deus comprou-os e assim
passou a ser “dono” deles. Em
Gilgal os Israelitas foram circuncidados
(corte do prepúcio); desde as crianças
até os adultos, porque desde a saída do Egito tal cerimonia não havia acontecido.
Este cumprimento da Lei Abraâmica os tornava posse ABSOLUTA de Yhaweh.
Não somente a ideia de
matrimonio está em vista em Oseias, mas a ideia de filiação e propriedade.
Yhaweh se apesenta como “pai, Senhor e Deus”
de Israel.
1.
ESTUDO CONTEXTUAL.
Figuras de linguagem (“meu filho”) são
empregadas como ocorreram em Os. 9:10, 10:1 e 10:11; quando Israel é chamado de
“uvas”, “vide” e “bezerra” respectivamente. Aqui Deus não só se identifica como
aquele provedor e cuidador que retirou Israel do Egito, mas como “pai”
entristecido por causa de seu filho rebelde. Há uma natureza de retrospectiva
histórica de Israel quando este estava no Egito e como estavam agora no
território de Israel.
A liberação da escravidão do Egito
(“jugo”) através de sinais sobrenaturais é uma clara demonstração de “laços de amor” e
“cordas humanas”, pois só faz coisas extraordinária para alguém aquele que
muito ama. Assim Yhaweh aqui se apresenta como um Pai e Israel o filho rebelde.
A adoração a Baal, por conseguinte, o culto a ídolos se tornava uma grande
traição a este amor outrora demonstrado por Yhaweh. A graça de Deus externada na expressão, “quanto
mais eu chamava”, e pronunciada sempre através dos apelos dos profetas, estava
presente mesmo durante toda a apostasia de Israel. Yhaweh é o verdadeiro “genitor” da nação de
Israel; um “garoto pequeno” que não tem como se suprir. Deus recorda Israel
dessa condição e como supriu suas necessidade “dando-lhe de comer”. Por isso,
levará adiante o compromisso de pai responsável em fidelidade a Aliança.
A situação como o “menino” rebelde tem
como pano de fundo a Lei em Deut. 21:18-25 e Deut. 22:22-24 que determinava que
“o filho contumaz e rebelde” fosse julgado pelos anciãos se condenado a pena
era morte por apedrejamento. Neste caso, YHAWEH, o “Pai” amoroso, preferes o amor à Aliança do que cumprir a Lei
da Aliança; assim, a reconciliação mediante castigo demonstra misericórdia após
o Juízo. Os termos “amei” e “chamei” reflete
a graça de Deus mediante convocação no compromisso do amor e fidelidade.
1.1 Contexto histórico
A narrativa de Oséias 11:1-4 acontece entre meio a uma série de outras narrativas
de acusações que Deus faz sobre os pecados de Israel. No capítulo 1
temos a narrativa do casamento de Oséias quando é orientado por Deus a se casar com a
prostitua e idólatra Gômer. Assim as
experiências de Oséias lhe servirão para o profeta transmitir sua mensagem com maior realidade.
Deus havia firmado uma “Aliança” com Israel, semelhante a uma aliança de
casamento. E Israel, a esposa, havia adulterado, isto é preferido o ídolo Baal do
quê o verdadeiro Deus, Yhaweh.
Três filhos nascem desse relacionamento
conturbado de Oséias com Gômer. A
vontade de Deus são visto nos significados dos nome.
No capitulo 2 Yhaweh apresenta Israel
como a “esposa” infiel (2:2-23).
Promete castigar Israel e restaurar.
No cap. 3 Deus se apresenta como “marido” fiel. E, dos cap. 4 até o 10 os
oráculos são de acusação aos pecados que Israel estava praticando, avisos de
castigos e promessas de restauração.
Oseias 11:1-4 fica no final de uma seção que começa em 9:10 no qual os termos usados se refere à
remissão de Israel em que Deus é o orador:
“Achei a Israel”. São vistos vários discurso de Yhaweh (9:10-13, 15,16; 10:10,11; 11:1-9,11).
O fim desta seção é marcado como a
queixa divina que crescendo vai até
chegar ao clímax, quando Deus decide não fazer mais juízo da experiência
derradeira de Israel (11:9), mas lançar um convite ao retorno e à
reconciliação: “e os farei habitar em suas próprias casas” (11:11).
No cap. 9:10-17 por exemplo, Israel é
chamado pela símile “uvas do deserto”. Uma alusão à capacidade frutífera de
Israel; seguida de acusação pela desobediência (10), anúncios de juízo (10,11);
anuncio de juízo e extinção de Efraim (11-12); desenvolvimento do juízo seguido
de oração (13-14); juízo em alusão a Gilgal, local onde Saul foi coroado rei (15);
e juízo duplo: a esterilidade e exílio a Effraim (16). Os termos, em sequências,
estacam a capacidade de Israel, oráculos de anuncio de juízo, oração, promessa
e juízo são o que caracteriza a seção.
Voltemos ao cap.11 no qual Deus se apesenta como o “Pai” e
o “amor” fiel de Deus para com o “filho”
seu. A família é o cenário estabelecido
para reforçar como havia um profundo relacionamento e comunhão com o “meu filho”” que foi chamado
do Egito. Deus traz a luz como Deus cuidou de Israel quando ele era um
“menino”, ou seja, quanto ainda estava em formação. Como tirou eles do Egito
liberando-os da escravidão e posteriormente cuidando deles no deserto, inclusive com
alimentos.
1.2.1. Contexto
literário
Oséias 11:1-4 faz parte daqueles oráculos
de amor e misericórdia que não finaliza com juízo de destruição, mas que se
encerra com uma promessa de retorno do exílio.
Como acontece em quase todo os cap. 4 ao
11 Deus é o principal orador. Neste texto somente no v. 8 e 9 que se dirige a Efraim; no restante do texto analisado trata Israel na terceira pessoa do singular.
Depois de uma “série de imagens por meio
das quais Deus reflete sobre suas expectativas e sobre o fracasso de Israel
agora chega ao seu clímax”.
A figura de linguagem usada “torna-se pessoal”. Javé não é mais o lavrador, o cuidador de Israel como se fosse uvas (9:10), como se fosse vide (10.1) ou bezerra (10:11), mas agora Javé assume a figura de “o pai” (v.01). Entristecido por causa de seu filho, Israel, rebelde (v.2) que não atendia aos seus apelos e clamores o que amplia o quadro de graça (v.01, 3-4).
A figura de linguagem usada “torna-se pessoal”. Javé não é mais o lavrador, o cuidador de Israel como se fosse uvas (9:10), como se fosse vide (10.1) ou bezerra (10:11), mas agora Javé assume a figura de “o pai” (v.01). Entristecido por causa de seu filho, Israel, rebelde (v.2) que não atendia aos seus apelos e clamores o que amplia o quadro de graça (v.01, 3-4).
Quanto às queixas com argumentações auto
direcionadas “expõe a intensidade do amor da aliança em termos insuperáveis em
todo o Antigo Testamento (v. 8),
“A retrospectiva histórica do que Deus fez por Israel é para afirmar que “existe esperança por traz do juízo (esperança que não se vê por traz das metáforas precedentes)- esperança baseada na natureza singular de Deus, o santo (v. 9)”.
“A retrospectiva histórica do que Deus fez por Israel é para afirmar que “existe esperança por traz do juízo (esperança que não se vê por traz das metáforas precedentes)- esperança baseada na natureza singular de Deus, o santo (v. 9)”.
Esperança
que é retratada pela símile leonino, quando Israel é chamado do exílio com um
“rugido” Deus chamara seu povo como leõezinhos ariscos (10-11) (Hurbbard, p.
197). As perguntas e expressões (8,9):
“Como te deixarias?” “Comovido em mim o meu coração” “Deus não é homem”, mas
“santo no meio de ti” assim, seria mais bem classificado no seu sentido
linguístico como um texto expositivo argumentativo na primeira pessoa do singular. Onde quem fala
é Deus.
1.2.2. Contexto
remoto
A ênfase do autor do livro de Oséias não
está baseada em uma visão, mas “totalmente na Palavra do Senhor que é o
verdadeiro rótulo do livro”. O significado do nome do autor – “Salvação” “era tão adequada a sua vida e mensagem e tão
inadequado para o fraco e mal sucedido
rei de Israel, cujos planos malfadados contribuíram para a ruína de Israel
em 722 a. C.” (Hurbbard, p. 64). E a historicidade de Israel está totalmente
voltada para sua história de salvação.
O principal tema do livro é a apostasia
de Israel e o esforço de seu salvador em convencê-los de sua bondade. “As promessas de restauração são expressas
numa linguagem que faz lembrar as alianças do passado de Israel” (p. 72). Logo a
menção da aliança está distribuída por
todo o livro, inclusive aqui em 11:1-4 de maneira direta ou indireta: “Quando
Israel era menino”. A linguagem amorosa “falando ao coração” com a finalidade
de tocar a emoção onde “o deserto foi à côrte de Javé” local que Efraim aprendeu a andar. O Egito é lembrado,
porque dali Israel foi libertado da escravidão “com laços de amor” (p.92).
Portanto, é natural num relacionamento amoroso que a parte ofendida tenha
“queixas”.
Hurbbard traz uma relação de temas principais que fazem
menção dessas queixas de Javé.
"1) o apelo à história do pecado de Israel para explicar sua conduta e argumentar em favor de seu julgamento — Baal-Peor (9.10; cf. Nm 25.1-9), Gilgal (9.15; cf. 1 Sm 11.14-15), Betei (denominada Áven em 10.8; cf. comentário sobre 4.15), Gibeá (10.9; cf. comentário sobre 9.8), AdmáeZeboim (11.8; cf. Gnl0.19; 14.1-17; Dt 29.23); (2) o tema da multiplicação, em que a abundância material e os excessos religiosos de Israel levam a inúmeras transgressões (10.1, 13; cf. 4.7; 8.11, 12, 14); (3) a aliança violada (10.4; cf. 6.7; 8.1); (4) a idolatria perniciosa (10.5-6; cf. 8.4-6); (5) a futilidade do poderio militar (10.13-14; 11.6; cf. 7.16; 8.14); (6) o fim da monarquia (10.15; cf. 3.4; 7.7, 16); (7) a adoração de Baal como outorgante da fertilidade (11.1; cf. 2.13); e (8) o exílio como forma predominante de juízo (10.6; 11.5; cf. 9.3,6).(p.174).
"1) o apelo à história do pecado de Israel para explicar sua conduta e argumentar em favor de seu julgamento — Baal-Peor (9.10; cf. Nm 25.1-9), Gilgal (9.15; cf. 1 Sm 11.14-15), Betei (denominada Áven em 10.8; cf. comentário sobre 4.15), Gibeá (10.9; cf. comentário sobre 9.8), AdmáeZeboim (11.8; cf. Gnl0.19; 14.1-17; Dt 29.23); (2) o tema da multiplicação, em que a abundância material e os excessos religiosos de Israel levam a inúmeras transgressões (10.1, 13; cf. 4.7; 8.11, 12, 14); (3) a aliança violada (10.4; cf. 6.7; 8.1); (4) a idolatria perniciosa (10.5-6; cf. 8.4-6); (5) a futilidade do poderio militar (10.13-14; 11.6; cf. 7.16; 8.14); (6) o fim da monarquia (10.15; cf. 3.4; 7.7, 16); (7) a adoração de Baal como outorgante da fertilidade (11.1; cf. 2.13); e (8) o exílio como forma predominante de juízo (10.6; 11.5; cf. 9.3,6).(p.174).
A sessão que começa no cap. 9: e termina
no capitulo 11 onde tem seu fim marcado por mais queixas divinas que vai
alcançando seu clímax até que quando Deus decide não fazer do juízo a experiência derradeira (11.9)
(p.174). Mas promete restaurar
Israel trazendo de volta para casa. As expressões “filho”, “menino” podem, além de expressão de
intimidade e amor familiar expressar a dificuldade de punir sem haver um
promessa de restauração.
1.2.3. Contexto
próximo
HURBBARD (p.173) afirma em seu
comentário que “As primeiras sessões estão marcadas por figuras agrícolas; ‘Uva
no deserto’, 9:10-17; ‘uma vide luxuriante’, 10:1-10; ‘uma bezerra domada’,
10:11-15”. Onde todas estas expressões
de linguagem estão ressaltadas “o valor
inestimável de Israel para Yhaweh”, mas devido ao “comportamento lamentável de
Israel” o destaque ficou para o lado ruim de Israel. Assim,
a expressão ‘o filho amado’ é a última figura empregada, 11:1-11; quando, então, o rebelde filho de Deus, Efraím recebe o convite para voltar para casa: “e os
farei habitar em suas próprias casas” (11.11) (p.175). As figuras terra em submissão ao poder Deus agora
é substituído por “me filho” aludindo
uma relação mais pessoal e racional. Uma relação de família, “laços de
afeto”. O filho rebelde que é convidado
a voltar para casa e a deixar o culto a Baal. A felicidade de Deus ao “achar Israel” na abertura da sessão (9:10) vão se
apagando devidos às queixas divinas e
aumenta até chegar na terrível decisão de punir Isael com o Juízo, mas está não
seria a ultima experiência de Israel, pois no final lança um convite ao retorno
e a restauração (11:9). A
justificativa é “Não executarei a minha ira impetuosa, não
tornarei a destruir Efraim”. Pois sou Deus, e não homem, o Santo no meio de
vocês. Não virei com ira (NVI 11:9).
As promessas de salvação finalizam
com um “assim diz o Senhor”
(11:11) e o que vem a seguir são as preparações para o juízo e as propostas de esperança. Pois o argumento final de Deus é: “volta
Israel”.
1.2.3 Contexto
canônico
A autoridade canônica de Oséias foi reconhecida
desde o inicio conforme afirma David Burbbard (p. 26), “tal a clareza com o
vemos sendo empregados pelos profetas subsequentes”. Logo o texto de Os. 11:1-4 está totalmente integrado ao
contexto do livro formando um todo em unidade textual.
1.3.1 Antigo
Testamento
A
relação do texto 11:1-4 com o contexto do Antigo Testamento está totalmente
integrado com a historicidade de Israel, com a revelação pessoal de Yhaweh á nação, as historias das tradições de Israel e
até e com a cultura da região. No tempo
dos reis e dos profetas quanto Israel não tinha uma vida céltica de adoração no
Templo havia se apostatado da fé em Yhaveh para adorar ao deus sidônio, Baal. Essa
relação cúltica com um Deus pagão somado ao comportamento moral, político, social
e religioso foi a causa de ter
levados ao cativeiro. A primeira Aliança no deserto foi uma aliança de amor
eterno.
Essa
relação de amor entre Deus e “o menino” que leva o profeta a ser usados em
recursos emocionais, persuasivos e ameaçadores e por um lado, mas por outros
singelos, afáveis e sensíveis da parte de Deus que ama.
As possíveis
interpretações para “do Egito Chamei meu filho” remetem a salvação de Israel e
a Cristo. Em Os. 11:1. Primeiro tem a ver com a saída de
Israel do Egito a 1500 anos a. C. quando
sob a liderança de Moises. O povo que estava escravo no Egito foram libertado
pela mão forte do Senhor conforme narram o Livro de êxodo. Depois de confrontar Faraó pelo pode do Senhor, Moisés conduz este povo pelo deserto por um período
de 40 anos até chegarem à Terra
Prometida. Além de Êxodo, Números e Deuteronômio, os livros históricos de
Josué, Juízes; Samuel; Reis e
Crônicas se encubem da narrativa
da historia desse período. O profeta
Oséias é o único profeta do norte que deixou literatura totalmente voltada para o
seu chamado e função profética. Amós
declarou “Assim diz o Senhor: Israel
certamente será levado cativo (Am.7:17).
O
“filho amado”, sem duvida, se desviou e Deus
procura trazem-lo para o caminho. A
libertação da escravidão do Egito, a Aliança firmada no Sinai, as provisões no
deserto e as punições não estão explicitas no texto, mas sem duvida tem a
ver com a expressão “mas fui eu quem ensinou Efraim a andar”; porque todas
essas ações libertadoras de Yhaweh pôs Efraim
a andar no caminho do Senhor até chegar aquele presente momento.
O
assunto messiânico não está descartado, visto que encontramos neste texto
muitos fatos relacionados com a infância de Jesus citado por Mateus (2:15).
1.3.2 Novo Testamento
“Do Egito chamei meu filho”. Pode ser interpretado como sendo a profecia
relativa a Jesus Cristo quando este veio do Egito na sua infância para terra
natal de seus pais, Nazaré; o qual ficou popularmente conhecido como “O
nazareno”. “E, levantando-se ele,
tomou o menino e sua mãe, de noite, e foi para o Egito E esteve lá, até à morte
de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo
profeta, que diz: Do Egito chamei o meu Filho”.
(Mt. 2:14, 15). Hubbard (p. 202) afirma que Mateus faz menção a essa passagem de Oséias por que vê no “ texto muitos fatores que reforçam seu entendimento da função messiânica”. Fazendo reportar a atualidade dos acontecimentos, Mateus vê àquelas condições semelhante de escravidão em que Moisés esteve envolvido e com isso Cristo é o profeta-maior, o Moisés Maior, o Messias.
(Mt. 2:14, 15). Hubbard (p. 202) afirma que Mateus faz menção a essa passagem de Oséias por que vê no “ texto muitos fatores que reforçam seu entendimento da função messiânica”. Fazendo reportar a atualidade dos acontecimentos, Mateus vê àquelas condições semelhante de escravidão em que Moisés esteve envolvido e com isso Cristo é o profeta-maior, o Moisés Maior, o Messias.
Segundo Burbbard (p. 201,202) “tomam os
seus temas da graça e das promessas divinas e
passam adiante, como se passassem um bastão que os sucedem; os
escritores do Novo Testamento, como Mateus,
estendem a mão para traz o tomam aqueles temas que atendem aos seus
propósitos, correndo com firmeza a fim de fortalecer toda a Igreja”.
Esta símile coloca Jesus como o “profeta” messiânico enviado por Deus em condições
especiais para libertar o povo do seu pecado e
os conduzir sob Nova Aliança.
CAPITULO 02
1- ESTUDO
DO TEXTO
O texto, como se apresenta, é expositivo e argumentativo na primeira
pessoa onde é Deus quem está falando.
1. “Israel era ainda criança, e já eu o
amava, e do Egito chamei meu filho”.
‘Israel e Efraím’ são os nomes que se
alternam em Oseias para designar as dez tribos do Norte que se desviou da
Aliança, preferindo a Baal, que ao Senhor.
Efraím era um dos filhos de José
(Manassés e Efraím) que recebeu benção maior
da parte do pai Jacó (Gn. 48:14-20). E se tornaram como filho de Jacó
(Israel) tomando parte da herança e na promessa de Abraão.
“Criança” e “meu filho” - são figuras de
linguagens que se tornam pessoal; Javé não se identifica como aquele que cuida
de uvas e vinhas (9:10; 10:1) e bezerra (10:11), mais como um pai entristecido com o filho
rebelde. Além de ser um marido fiel, ele também é um pai autoritário, mas
também compassivo e paciente. O ambiente familiar está em questão. Israel
sai da casa do Pai e precisa retornar. “menino” (heb. Na’ar – menino pequeno,
garoto) “sugere uma imaturidade à impotência, à incapacidade de arcar com a
responsabilidade da vida adulta” (Bubburd, p. 199).
Contrastas com “meu filho” que escreve um relacionamento intimo com Deus
num proposito que o substantivo “filho”
propõe a Israel.
“Do Egito” (a ênfase está no ato de resgatar, conf. Bulbbard) “o chamei pelo nome de meu
filho ”.
“Depois diga ao faraó que
assim diz o Senhor: Israel é o meu primeiro filho,
E eu
já lhe disse que deixe o meu filho ir para prestar-me culto. Mas você não quis
deixá-lo ir; por isso matarei o seu primeiro filho! " Êxodo 4:22,23
“Não
é Efraim o meu filho querido? O filho em quem tenho prazer? Cada vez que eu
falo sobre ele, mais intensamente me lembro dele. Por isso o meu coração por
ele anseia; tenho por ele grande compaixão", declara o Senhor!”. Jer.
31:20
Tudo atesta um relacionamento
especial dentro da aliança como uma
adoção (p. ) que foi selado no Exodo e no Sinai (cf. 12:9;
13:4)
2.
“Quanto
mais eu os chamava, tanto mais se afastavam de mim; sacrificavam aos baalins, e
queimavam incenso às imagens esculpidas”.
Eles: “Eu
os chamava (...) mais eles se afastavam”; a sedução (9:10) tem consequência à consagração no passado. Isto conforme Burbbard (p. 200)
explica: que a tradição do Pentateuco
(Nm 25) em comparação a outras passagens que se contrapõe a paráfrase do
versículo seria: “Elas os chamavam e se iam da minha presença”. “O que Deus quer mostrar é que o chamado
pagão se revelou mais forte do que o
chamado de Deus.
“Eu”
e “Eles” deixamos claro aquilo que se vê por quase toda a Escritura dentro do plano de salvação: de um lado o
Salvador que ama e busca o perdido e de
outro lado o pecador rebelde ignorando a necessidade de salvação.
“Sacrifica” e “queimava incenso”: a
inexperiência do “menino” não resistia a sedução da religião pagã, culto a
Baal. Conforme Bubbord (p. 200) “O tempo imperfeito dos dois verbos no
versículo 2b talvez esteja apontando para o início de uma prática que, em
diferentes graus de intensidade, havia persistido até a época de Oséias: ‘ aos
baalains começaram a oferece sacrifícios,
e as imagens esculpidas, a queimar incenso”.
3.
“Todavia, eu ensinei aos de Efraim a andar;
tomei-os nos meus braços; mas não entendiam que eu os curava”.
“Eu:
“ Eu a ensinei a andar” (ARA, ARC, IBB, KJ, etc), mas também pode ser “ Eu
andei à frente de” de modo a guiar e a proteger. “Nos braços” (heb. Ns´’) Erguer do chão, carregar nos
braços) ou recolher do chão (hb. qbs) ambas
empregadas em Isaias 40:11.
“Tomar (a forma é incomum, talvez um
infinitivo absoluto, qh), forma abreviada de iqh, “tomar”, “apanhar”,
“agarrar”, provavelmente explica a maneira como Deus guiou Efraim —
“segurando-o pelos braços”, isto é, pelos braços de Efraim, para apoiá-los ou
protegê-los enquanto andavam” (Bubburd, 201).
“Amar e curar”: (‘curava’, heb. rp’) tratar de maneira carinhosa; curar suas
feridas e assim demonstrar seu amor.
Relação entre amor e cura entre Deus e
Israel remonta antes sua formação. Mesmo ante de Israel não existir. Abraão,
Isaque e Jacó viveram essa relação de amor e cura entre eles de Deus. “Eu sou
do Deus de teu pai, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó” (Ex. 3:6). Ora Deus não
iria se identificar como sendo Deus de Abraão, Isaque e Jacó se não tivesse
prazer e motivação para isso.
4.
“Atraí-os
com cordas humanas, com laços de amor; e fui para eles como os que tiram o jugo
de sobre as suas queixadas, e me inclinei para lhes dar de comer”.
‘Cordas humanas’ e ‘laços de amor’ o que
esta em vista são os cuidados de uma mãe com seu filho para ensiná-lo a andar e
a se livrar dos perigos da sua infância.
Citando
Burbbard uma possível versão
atualizada deste verso ficaria assim:
“E eu me tornei para eles como pessoas
que levantam até o rosto uma criança que está aprendendo a andar. E eu lhe
estendi a mão e [lhe] dei [alimento] para comer” (BJ; PIB; BLH ).
O cuidado de Deus para com Israel começou na sua infância, desde antes de seu
um povo, e continuou por todo o tempo até aquele presente momento. Yhaveh nunca
se afastou de Efraím, mesmo este preferindo outros deuses.
2- DEFESA
DE PERÍCOPE
Embora a perícope não tenha seu fim no vs. 4, mas
sim no vs. 11 quando se encerra com um “Assim diz o Senhor”.
O texto está cercado de figura de
linguagens, de paráfrases, símile, de
historicidade e de palavras poéticas de sentido duplo que são necessários para expressar aquilo que
o profeta-poeta quer dizer. Dizer que o amor de Deus era tão grande por Efraím
se usa palavras como “laços de amor”,
“cordas humanas” para diferenciar do “jugo” e da corrente de escravos.
Conhecer a historicidade de salvação que envolve Israel desde antes usa
formação no tempo dos Patriarcas até aquele momento. No contexto de Oséias o envolvimento do
profeta na causa para salvar Israel da punição que estava para acontecer. Na sua dedicação para fazer Israel “voltar
para o Senhor” faz uso de todo tipo de recurso linguístico e literário. De palavra e comparações a fim de emocionar
seu ouvinte. Desta forma o resultado é
um texto repleto de palavras com sentidos poéticos, metáforas, símile e
linguagens figuradas.
3- COMENTÁRIO
O texto de Os. 11:1-4 não encerra todo o
acontecimento da perícope, mas descreve como o Senhor se envolveu na salvação
de Israel. Sua ternura, seu amor pelo “menino” a quem criou e cuidou, mas que
se rebelou contra seu Pai. O texto
revela o processo de Javé com Israel. O restante do texto (5-7) expõe a sentença do exilio (v.5), invasão (v.6) e
cativeiro penoso (v.7) . A mensagem é um apelo para que Israel ‘volte para o Senhor’ sob um apelo emocional que ressalta o grande
amor e cuidado de Deus que dispensou no passado para com aquela nação que se
mostrava rebelde. Embora o Senhor apele
para o seu coração e sua divindade, o cativeiro parece ser inevitável.
No entanto, o furor de Deus será abrandado,
diminuído e apaziguado quando anuncia
que “não é homem, mas Deus” (v.9) e após o cativeiro serão restaurados
(v.11). Não diz por quanto tempo
ficariam no exilio e se seriam restaurados como nação. Ao que parece os que voltaram do exilia ou de lá retornaram
foram encorpados à Tribo de Judá. Visto que Samaria permaneceu sob dominação da Assíria
e para lá outros povos foram levados. É difícil saber o que aconteceu com Israel nesse
período de cativeiro.
O
fato é que a apostasia de Israel foi intolerável, principalmente nos últimos
anos quando a disputa pelo poder politico se tornou acirrada. Havia muita
imoralidade e insegurança em Israel. Assim o
cenário do livro esá em 2 Reis 15 (2 Rs 15; Os 7.7; 8.4; 10.3; 13.9-11) ou talvez pouco antes.
Burbbard
(p. 29) sugere como período do livro
O ressurgimento do poder assírio sob
Tiglate-Pileser III (chamado Puí; 745-727 a. C.) e Salmaneser V, que retomaram
os ataques contra o oeste feitos por seus predecessores, reduzindo boa parte da
Siro-Palestina à vassalagem (2 Rs 15.19-20, 29; 16.7-20; 17.1-6); um
desentendimento entre Judá e Israel, o qual, em aliança com Damasco sob o rei
Rezim, tentou coagir Acaz de Judá a conspirar com eles contra Tiglate-Pileser
(734-733 a. C.; 2 Rs 16.5-9; cf. Is 7-10; Os 5.8-13;
4- MENSAGEM
PARA ÉPOCA
Os israelitas do reino do norte,
especialmente os moradores da cidade de Samaria deveria ser alcançado pela
mensagem de Oséias. Se havia intenção do
profeta em tocar emocionalmente os Israelitas apostatas declarando como Deus
foi misericordioso com eles na fica claro, mas os apelos a exemplos figurados
são fortes. O uso de linguagens símbolos figurado estão distribuídos por toda a
extensão do livro e agora no texto Os. 11:1-4 Javé chama Israel de ‘meu
filho”. Isto é o tratamento agora é de
um pai que pretende salvar seu filho dos braços dos baalins que significa
“dono”, “senhor”. a sedução aos ídolos é
para o ‘filho’ muito forte e quase sempre não consegue resistir. No final o apelo do pai que ama e se dou para
a criação do filho pode ser resumida assim:
“Meu filho, volte para casa do seu pai;
Por muito tempo cuidei de
você,
Mesmo quando você me
desprezava”
CAPITULO 03
1- ESTUDO
DE TEOLOGIA
Qual teologia será possível verificar no
texto de Os. 11:1-4 que forneça liga entre as expressões. A resposta pode estar
nas palavras importantes que ligam uma oração a outra; ou que dão sentido ao
texto e faz do texto uma oração coesa e com sentido ligando um assunto ao
outro. Nesse sentido os temas de cada oração são sincrônicos e liga uma oração
a outra. A teologia que está como que encoberto no texto pelas expressões e
formas linguísticas. A base teológica é do Antigo Testamento que oferece como
uma semente que floresce para uma teologia do Novo Testamento. Oseias faz uso de
palavras que se contrastam entre sim. As
formas linguísticas das palavras às vezes são diacrônicas e antagônicas. Palavras que vão aparecer no Novo Testamento
com o mesmo sentido.
2- A
TEOLOGIA DO TEXTO
1-
Teologia da filiação: ‘Criança’ - ‘filho’ – ‘Egito’: Isaac era o filho da promessa para Abraão e Sara. Um
‘tipo’ da pessoa de Cristo, o filho de
Deus que floresceria no N.T. A figura da
criança é formada bem sedo na historicidade de Israel, para encucar uma verdade que haveria de surgir. Não podemos deixar de mencionar Mateus 2:14-15 quanto Jesus é lembrado pelo
evangelista como aquele que veio do Egito. Embora o que o texto literalmente fala é que
Israel, um criança inexperiente, desprovida de qualquer recurso para sobreviver
só, é o filho amado por Deus. Israel é filho que foi tirado do Egito, isto é da
escravidão. O paralelo teológico entre o A.T. e o N.T. é que em Cristo, o nosso
Moisés, nós fomos libertados da escravidão do pecado (Egito) e conduzidos à
posição de filho amado.
2-
Teologia da Aliança, da salvação, da
justificação, tradições de Aliança: ‘sacrifício’ e ‘incenso’: No Egito, pela Pascoa (Ex.12), tem inicio à Aliança que será firmada no Sinai
com a entrega do Decálogo no Sinai. Nesse momento Israel se torna “o povo de
Deus” e Yhaweh o seu Deus. No entanto o
pecado era uma questão a ser resolvida. Deus então ‘dá o sangue’, isto é um
subsidio para o pecador, alguém deveria morrer no seu lugar: um sacrifício, uma
oferta de sangue. Esta aliança firmada trouxe adiamento até que viesse ‘o
sacrifício perfeito’ para a total libertação, salvação do pecado pelo Filho de
Deus, a criança que nasceu de Maria, e foi o salvador do mundo nos libertando
do Egito, a escravidão do pecado.
Teologia da comissão, da escolha, da
predestinação: Chamar e afastar -
sacrifício e incenso Baal e
ídolos. Nas Escrituras Deus está sempre chamando o homem. Abraão é
chamado em Gn. 12 para ir a uma terra desconhecida. Isaque e Jacó são chamados
a servir o Deus de Abrão. Moisés é chamado a libertar da escravidão os hebreus
do Egito. No Novo Testamento Jesus Cristo chama os pescadores para serem seus
discípulos. Paulo é chamado para o
apostolado. A teologia da salvação e
adoração está presente no texto. A salvação envolve entrega ao salvador e uma
vida de intimidade. Uma vida de serviço e ministração na sua casa (igreja)
totalmente dedicada a Deus. Em particular Israel não estava cumprindo a aliança
firmada que o levaria a salvação. Constantemente estava se desviando dos
caminhos do Senhor e ministrava sacrifício e oferecia incenso no altar de Baal
e ídolos em geral. Jesus afirmou: “Ninguém vem ao Pai a não ser por mim” (Jo.
14:6b) A garantia da salvação requer arrependimento e dedicação a um único Deus
era isso que Javé desejava que Israel fizesse. Ao oferecer sacrifício a Baal quebraram o acordo firmado com Javé.
Assim, somente é possível chegarmos ao
Pai somente através de Cristo, qualquer outro é Baal.
3-
A Economia de Deus: ‘Eu’ - ‘eles’
- ‘ensinar – ‘não compreender’: O homem pode optar em fazer a vontade de Deus
(Eu) ou fazer a sua vontade (‘Eles’). Na
economia de Deus não somente fomos chamados a salvação e adoração, mas também o
homem foi chamado ao aprendizado pelo discipulado. Deus é
soberano, mas a sua natureza de ‘pai’ é ensinar o filho. Israel foi
pessoalmente (‘eu’) ensinado por Deus, mas ‘eles’ por livre arbítrio se
desviavam. Quando eram ensinados não
compreendiam o ensinamento para que pudesse ter vida e continuar na presença.
Assim
todos são chamados à adoração e ao discipulado. Muitos porem, não conseguem entender a mensagem da cruz e
tão pouco o ensinamento de Jesus para aplicar na sua vida e continuar vivendo
para Deus. Israel não entendeu o chamado a adoração e tão pouco que as leis
serviam para que pudessem mantê-los puro na presença de Javé.
“Eu, entretanto, ensinava Efraim a
andar, tomava-o nos meus braços, mas não compreenderam que eu cuidava deles”
(V.3).
4-
Teologia da providência: ‘Segurar’, ‘aliviar’,
‘alimentar’. Compreender que há segurança em andar na presença de Javé é um
processo que precisa ser compreendido. Neste caso Efraím ‘o menino’, ignorou os estudos e aprendizado preferindo
uma vida livre e divertida com os ídolos sem o compromisso de obedecer às leis
de Deus. Essa parece ser a escolha da maioria. Obedecer às leis de Deus é muito
difícil diante das oportunidades que o mundo oferece. Efrain recebeu todo os
cuidados necessários, mas não compreendeu que estes cuidados eram para seu bem.
A salvação em Cristo é um cuidado
especial de Deus para o pecador que como Efraím não entende a bondade de Deus.
Ignora-o e se afasta dele para bem longe. Israel
recebeu a promessa de ser trazido de volta para casa após o exilio na
Assíria. O exilio é um local de
sofrimento e horror, de incertezas e muita dificuldade.
3- MENSAGEM
PARA HOJE
Israel se torna exemplo para nós
hoje do que pode acontecer com aqueles
que não querem ser submisso a Deus. Jave
resgatou do Egito um povo para ser seu filho. Deu-lhes um lugar para
morar, a terra prometida, e cuidou deles ali. Porem preferiu adorar deuses falsos existente
na terra em companhia da população de Canaã.
A longa caminhada com Javé não lhes trouxe amadurecimento, pois
constantemente estavam se desviando. Isto aconteceu porque o amadurecimento vem
de um compromisso serio de responsabilidade dever e obrigação. Javé até
procurou ensiná-los, mas seu coração não estava no compromisso com o
aprendizado.
A relação que o povo mantinha com Javé era
superficial; longe de ser algo que lhes trouxesse vida interior suficiente para
produzir mudança.
Assim também, hoje muitos mantem um
relacionamento com Deus
superficialmente, sem compromisso ou com interesse de aprofundamento na sua fé.
O resultado serão cadeias e prisões, cativeiros e exílios. A qualquer momento na vida estas pessoas
caíram no laço que lhe foram preparados.
4- IMPLICAÇÕES
PARA TEOLOGIA BIBLICA
Luiz Saião define “A proposta fundamental da Teologia Bíblica é construir
uma teologia a partir das Escrituras, de modo indutivo, sem depender das
categorias definidas pela Sistemática ou pela Dogmática”[1]. Segundo
Luiz Saião a Teologia Bíblica não tem pressuposto com base na filosofia
e na teologia sistemática, mas “organiza os dados bíblicos a partir da logica
interna do pensamento bíblico”. Segundo Saião “é essencialmente descritiva, mas
pode também tornar-se normativa quando
pergunta qual o valor do texto bíblico para o interprete de hoje”.
Considerando as definições de Luiz Saião o texto de Oséias
11:1-11 oferece recurso literário e instrumentos para abordar o plano de
salvação de forma Teológica Bíblica. Na minha analise do texto destaquei
algumas palavras chaves de interpretação do texto. Ali procurei contribuir para a Teologia Bíblica de forma descritiva, trabalhando com
elementos do texto. As palavras destacam sem forçar o traçado da teologia da salvação e é possível construir um paralelo entre a
salvação no V.T. e no N.T.
5- IMPLICAÇÃO
PARA TEOLOGIA PRATICA
Na pratica o texto compete com outro
texto do livro a favar da construção de
uma teologia pratica. O ‘não’ em
contrario com o ‘sim’, isto é aquilo que os Israelitas não fizeram em favor de
uma construção de uma vida espiritual pratica que agradasse a Deus fica
evidente. Assim Israel serve de exemplo de como não se deve fazer
para com Deus.
6- SERMÃO
TEMA: Deus
chama o homem.
TEXTO BÁSICO: Os. 11:1-4
1- O
chamado
Do
Egito chamei meu filho – ‘menino’. Mt.
2:14-15
Jesus
é o Moises de Deus.
Todos
são filhos amando de Deus
2- A-
Teologia da salvação. – sacrifício e
incenso.
‘O salario do pecado é a morte’ Rm. 3:21.
O pecado era uma questão a ser resolvida.
B-
Teologia da comissão - Chamar e
afastar - Baal e ídolos.
BAAL OU YHAWEH?
Nas
Escrituras Deus está sempre chamando o
homem.
3- A - Economia
de Deus: ‘Eu’ ou ‘eles’: uma escolha.
Uma escolha: fazer que Deus deseje ou o que você
deseja.
B-
Discipulado: ‘ensinar – ‘não compreender’: Na economia de Deus não somente fomos
chamados à salvação e adoração, mas também o homem foi chamado ao discipulado.
4- Teologia
da providência: ‘Segurar’, ‘aliviar’, ‘alimentar’. Compreender que há segurança
em andar na presença de Javé é um processo que precisa ser compreendido.
Aplicação
A salvação em Cristo é um cuidado
especial de Deus para o pecador que como Efraím não entende a bondade de Deus.
Ignora-o e se afasta para bem longe. Israel
recebeu a promessa de ser trazido de volta para casa após o exílio na
Assíria. O exílio é um local de
sofrimento e horror, de incertezas e muita dificuldade. Semelhantemente aqueles que não ouvirem o apelo da mensagem do Evangelho para se arrependerem e voltarem para o Senhor irão para o Inferno, lugar de condenação eterna. "Ali haverá pranto e ranger de dentes". (Lc. 13:28).
7- FONTES
DE PESQUISA
HURBBARD, DAVID. A. Oséias. Introdução e
comentário. Trad. Marcio L. Redondo. São Paulo: Edições Vida Nova, 1993.
8- WEBSITES
PESQUISADOS
http://bibliacatolicaonline.com/biblia-ave-maria/oseias-capitulo-11/, visto em 14/09/16 21:19 h;
http://prazerdapalavra.com.br/colunistas/luiz-sayao/3874-a-importancia-da-teologia-biblica-luiz-sayao,
visto em 25/11/26, 14:14 .
http://www.judaismo-iberico.org/interlinear/tanakh/1311PT.HTMvisto
em 14/09/16 21:00 h;
https://www.bibliaonline.com.br/nvi/os/11,
visto em 14/09/16 21:22 h.
Trabalho da matéria de Exegese realizado no curso de Teologia - Faculdade Pascoal Dantas
[1] http://prazerdapalavra.com.br/colunistas/luiz-sayao/3874-a-importancia-da-teologia-biblica-luiz-sayao
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