Por JOSÉ MARIA V. RODRIGUS
(Bacharel em Teologia)
(Bacharel em Teologia)
SÍNTESE DA ETICA NAS OBRAS CIDADE DE DEUS DE SANTO AGOSTINHO
E SUMA TEOLOCIA II DE TOMÁS DE AQUINO
INTRODUÇÃO
1) A ética na Cidade de Deus.
2) A ETICA EM TOMÁS DE AQUINO (1227-1274
d.C.)
2.1)
O pecado na obra Suma Teológica de São Tomás de Aquino
2.2) A Graça
em Tomas de Aquino em
comparação a Santo Agostinho.
2.3) A razão em busca pela perfeição e centralidade
do homem.
2.4) A
centralidade do homem.
4) Considerações finais
6) Referencias
Bibliográficas
7) WEBSITES VISITADOS
INTRODUÇÃO
O conceito de ética e
moral se desenvolveu e se evoluiu ao longo dos tempos conforme os
acontecimentos e circunstancia na
historia do homem. Logo ética e moral para Aristóteles tinha conotação bem diferente do que para Santo
Agostinho e para São Tomás de Aquino. Uma vez o pensamento dominante na
sociedade em que viviam era
diferente cujos objetivos morais
e éticos em cada ocasião eram distintos. Assim
como, como na Grécia antiga predominava a filosofia grega na medieva o
domínio da religião cristã até a Idade Moderna
quando começa o desligamento
entre fé-razão. O Renascentismo, racionalismo e o iluminismo vão ditar
os conceitos de ética e moral.
Assim escravizar ou até
matar um negro na Grécia Antiga tinha uma conotação sociológica e histórica
muito diferente do que acontecia nos tempos da colonização católica e espanhola
no séc. XV e XVI.
Logo Agostinho e Tomaz
de Aquino tem suas diferenças e igualdades na questão de ética e moral e é isso
que pretendemos dissertar nesta
pesquisa. Observando as obras Cidade de
Deus de Santo Agostino e Suma
Teológica II de São Tomás de Aquino.
Sabendo que as obras de
Agostinho e Tomás de Aquino é muito extensa e complicada de entender, fizemos
uso de alguns tópicos considerados mais importantes que nos levaria a um
resultado final que é a aplicação para nossa atualidade.
Realizar este breve
estudo foi de grande valia, principalmente porque me levou a conhecer melhor as
teologia e filosofias patrística e escolástica.
1)
A ética
na Cidade de Deus.
Na obra
agostiniana “A Cidade de Deus” que tem como historicidade da temática a da
edificação de duas cidades: A cidade de Deus (celeste) e a cidade dos homens
(terrena). Uma espécie de alegoria dos
primeiros capítulos de Genesis quando
Caim construiu uma cidade (cidade dos homens) e Abel preferiu fundar uma
cidade celestial. A cidade dos homens edificada por Caim teve como ‘alicerces’
o “amor próprio” que levou ao desprezo de Deus. A cidade de Deus fundada no
“auto desprezo de si mesmo e no amor”;
por isso teve a aprovação de Deus. “Para Santo Agostinho, a primeira cidade
está destinada a sofrer a pena eterna com o Diabo e a segunda a reinar
eternamente com Deus”. Dois personagens
são introduzidos na historia ‘o peregrino dos céus e o cidadão do mundo’. A
natureza pervertida pelo pecado gera os cidadãos da cidade terrena, e a graça
que libertada do pecado, gera os cidadãos da cidade celeste.[1]
A ética, segundo Lucas
Fachinelli, em Agostinho depende de Deus, porém passa pelo principio
do ‘Pecado Original’ que corrompeu o
interior do homem o enfraquecendo
moralmente. O homem corrompido pode tender tanto ao mal (pecado) como ao
bem (virtude ). Agostinho não entende que o
homem é sumariamente mal, mas que se o homem não seguir uma vida virtuosa em
Deus será levado ao mal, ou aos vícios da carne e por isso o ser humano não
poderá se valer de sua própria natureza para a salvação. [2]
Segundo Nalini o amor
no pensamento agostiniano ocupa papel fundamental na geração do mau. “Antes de
tudo cabe ao homem escolher bem o objeto do seu amor, mas deve tomar tento ao
que ama. O homem será bom ou mau de acordo com o objeto bom ou mau do seu
amor”. “A sociedade humana procura a paz
e se baseiam num desejo comum: na dominação e no gozo de bens materiais. A
cidade de Deus realiza a paz mediante no amor de Deus. Diante destas divergências as duas cidades estão em lutas”.
Nalini também afirma que “há filhos da Igreja ocultos entre os ímpios e há
falsos cristãos dentro da Igreja (...).
O enquadramento, em uma ou outra cidade, depende da moral que a cada
qual (se) orienta e da pureza de
proposito que o anima”[3]. Assim,
“a corrupção das duas cidades se baseado na constatação de que, seja no
plano politico, seja no plano ético existe um confronto entre as duas dinâmicas
afetivas. Aquele que impele para a miséria e a corrupção e outra que impulsiona
para o bem e a verdade”. A conclusão que Nalini faz a respeito da
formação das duas cidades é que “dois
amores construíram as duas cidades: a cidade terrena, pelo amor de si mesmo até
ao desprezo por Deus; e a cidade celeste pelo amor de Deus até ao desprezo de
si. Uma glorifica de si próprio outra
glorifica no Senhor”[4]. A
primeira se mantem orgulhosa, soberba arrogante, se vangloria de suas vitorias;
a outra se mantém humilde, sensível à caridade.
“aquela confia nos seus príncipes, ama sua própria força; esta diz:
Amar-te-ei, Senhor, minha única fortaleza (Sal. 17:2)”.[5]
Nesta conclusão que Nalini faz é que a centralidade da moral agostiniana é o
amor. O amor como força motriz da vontade. “O problema central da moralidade é
... o da reta escolha das coisas a serem amadas”. Para Agostinho “o amor promove a igualdade,
pois amar alguém significa estimá-lo como a si mesmo. Isso só é possível no
plano da igualdade”.
2)
A ETICA EM TOMÁS
DE AQUINO (1227-1274 d.C.)
Conforme assegura SILVA-TEIXEIRA[6]:
Na Summa teologiae, parte I, Tomás introduz
a reflexão ética, desenvolvida com propriedade, na parte II da obra: a Suma
visa integrar a totalidade da ética pessoal e social dentro da construção
teológica, assegurando a consistência e autonomia humana dessa ética em uma sabedoria
de inspiração evangélica. 32 Também o pensamento ético de Tomás está expresso:
na Scriptum super Sententias (livro I, II e III), de Veritate, Summa contra
Gentes (livro III).[7]
Tomás
desenvolverá, na II parte da Summa Teologiae a estrutura conceitual da sua
ética filosófica: a) a estrutura do agir ético: teológico (bem, fim,
beatitude), antropológico (conhecimento, liberdade, consciência, paixão,
hábitos), normativo (a lei e a razão reta), e específico da ética do agir
(hábitos virtuosos); b) a estrutura da vida ética: fundamentação (virtudes
cardeais) e unidade orgânica (ordem das virtudes); c) e a realização histórica:
natureza e graça.[8]
Em Tomas de
Aquino sua ética esta fundamentalmente
calcada na metafisica, como era tradicional da tradição clássica. E, estruturada “no caráter realista por meio
de princípios e observância das normas, que é a própria ética de Aristóteles: o
encontro do senso de justiça de Aristóteles; com este suplemento de
solidariedade que vem da Bíblia”. Tomas considerava a justiça fundamental para
combater a corrupção que torna as pessoas contaminadas pela ganancia, pois a
justiça promove a igualdade a igualdade
nas relações e instituições. O que toma
a dimensão de pecado e idolatria são estes vícios promovido pela desigualdade. Tomas constrói uma ética da justiça e da
solidariedade como são vista em Aristóteles onde a justiça, entre todas as
virtude, ‘é o bem de um outro’; numa relação com o próximo “fazendo o que é
vantajoso para o outro”[9]
2.1)
O pecado na obra
Suma Teológica de São Tomás de Aquino
Segundo Nerval
Rosa (2001, p. 271) no pensamento de Tomás de Aquino o “Pecado
é uma palavra, ato ou desejo contrario à lei terrena” e o divide em
pecado contra Deus, contra si mesmo e contra o semelhante. Na opinião Tomista ‘o amor próprio exagerado
é a causa de todo o pecado’:
O amor próprio
exagerado é a causa de todo pecado, ora, o amor próprio inclui o desejo
desordenado do bem, pois o homem deseja o bem para o que ama, portanto é evidente por sim mesmo que o
desordenado desejo do bem é a causa de doto o pecado” (Art. 5º. Da questão 77)
(Rosa, p. 271).
Para Tomás de Aquino há nítida
diferença entre a natureza humana íntegra antes da Queda, e depois de
corrompida pelo pecado de nossos primeiros pais. No estado da integridade, o
homem, por seus poderes naturais, apenas ele podia amar a Deus mais do que a si
próprio e acima de todas as coisas. Podia cumprir todos os mandamentos da Lei
e, sem a graça habitual, podia evitar o pecado mortal ou pecado vênia.[10]
2.2)
A Graça em Tomas de Aquino em
comparação a Santo Agostinho.
Lucas Fachinelli
afirma que “São Tomás pergunta ‘se sem a graça pode o homem querer e
fazer o bem’”. A resposta tomista é que
“o pecado não corrompeu totalmente a natureza humana a ponto de privá-lo de
todo o homem que lhe é natural. Mas para realizar uma obra meritória de caráter
sobrenatural é necessário o auxilio da Graça”.
Enquanto que
para o Bispo de Hipona: “Sem a Graça ninguém pode absolutamente fazer o bem:
seja pensando, querendo, amando ou agindo”. Para Agostinho a Graça acrescenta
algo à alma, além de consistir na remissão dos pecados, e a paz na
reconciliação com Deus; mas no sentido que
a remissão dos pecados promoveu a paz e a reconciliação. Não que a paz e
a reconciliação não faça parte da Graça. Para Tomas de Aquino a Graça se
manifesta em diferentes graus com o objetivo do aperfeiçoamento do universo.
Na obra agostiniana ‘A Cidade de Deus’, os cidadãos da Cidade Celeste questiona se a
graça é a mesma coisa que virtude. A resposta é que “a graça que opera, é a fé
que opera pelo amor”. Logo Graça para
Agostinho não é uma virtude, pois afirma que “a Graça é anterior à caridade”.
Na teologia tomista o estado de corrupção da
natureza humana precisa da Graça curativa, a fim de poder amar a Deus acima de
todas as coisas, cumprir os mandamentos da Lei, e a fim de poder abster-se do
pecado. A força pode ocorrer somente na mente; o apetite carnal não foi curado
pela Graça. Logo o homem com seus próprios recursos, não pode fazer nada para
merecer a salvação. A força superior e a luz da Graça necessária no interior do homem só pode se mover com a
ajuda divina. “O homem não pode levantar-se do pecado sem a ajuda da graça de
Deus”. Além da Graça “o homem precisa do dom da perseverança, que lhe é dado
por Deus se somente por ele”.[11]
Para São Tomas “a luz da razão é distinta das virtudes adquiridas, a luz da
Graça é uma participação à natureza divina e é distinta das virtudes infusas
que derivam desta luz e lhe são ordenadas”[12]
A graça e
o amor é o ponto de encontro entre as duas teologias a agostiniana e a
tomista, pois na sua obra Cidade de Deus a graça é necessária ao homem caído
para chegar à posse do Bem Supremo. Numa
visão plantonista Agostinho declara que ‘o fim do Bem é viver de acordo com a virtude’, o que
pode conseguir apenas quem conhece e imita a Deus, e que esse é a única fonte
de felicidade. Para Santo Agostinho o
mediador imortal capaz de elevar o homem mortal corruptível à imortal
incorruptível. E fazê-lo subir o degrau para a completa felicidade com Deus na
eternidade é Jesus Cristo (9º. Livro. Cap.XIV). [13] .
A virtude em Tomás de Aquino não é coerente entre
as outras virtudes. Isto é: Aquino pensava que a “virtude tem uma existência
própria e podem se manifestar entre os pagãos, mas são virtudes imperfeitas no
sentido em que elas não são suficientes para uma vida moral”. Por isso para Aquino “só a fé pode tornar a
virtude perfeita e procurar uma vida moral correta”. Aquino definia virtude
como ‘Ato Operativo Bem’, isto “é um tipo de virtude, é um tipo de qualidades
estáveis e por isso são hábitos e não
meras disposições ou qualidade
transeuntes”. Os ‘Hábitos Entitativos’ são aqueles inerentes na natureza de uma
coisa: a saúde é um habito entitativo do corpo[14].
2.3)
A razão em busca pela perfeição e
centralidade do homem.
Nalini informa que o pensamento aristotélico estava
presente na teologia de Tomás de Aquino imprimindo terminologias e
interpretações próprias se limitando orientá-las na direção cristã que lhe
parecia necessária.[15]
Para Santo Tomás de Aquino “a moral é dinâmica, baseada na liberdade interior. Não está centrada na Lei, nem no dever em si
mesmo, mas na razão pessoal”.
O
objetivo de uma vida moral é alcançar a perfeição. A vida virtuosa é o ideal da ordem ética
natural e aproxima a humanidade de seu objetivo ultimo: a posse eterna de Deus
(...). A consciência moral é um ato de inteligência em virtude do qual nos
sentimos responsável pelas nossas ações diante de nos mesmo e diante de Deus (...).
A paixão pode ser boa ou má, de acordo com a regência da razão.[16]
2.4)
A centralidade do homem.
O homem para Tomás de Aquino ocupa um lugar
determinado com propriedades e funções específicas dentro da Ordem do Universo.
Aquino acreditava que o homem tende espontaneamente ao bem, como era
tradicional da sabedoria grega. A
liberdade é uma questão a ser resolvida, pois o
homem tem pleno arbítrio para
escolher os meios necessários para alcançar esse fim (o bem universal).
Para Aquino a verdadeira moral elimina a
pluralidade de regras. Todas as concepções não cristãs são repudiadas, pois a
noção de bem e de verdade se assimilam.
Aquino identifica a verdade, dada a conhecer por Deus ao homem, com essa
espécie de luz natural que lhes permite conhecer os princípios fundamentais das
ações que ele chama de Syndêrese. A razão humana, que é nossa participação na razão eterna, nos fornece os princípios
fundamentais tanto no domínio teórico
como no domínio da ação. “Pela
razão sabemos que devemos procurar o bem e evitar o mal, que temos obrigações
naturais para com os membros de nossa família, etc.” Para Aquino “A operação
própria do homem só pode ocorrer na operação segundo a razão, que consiste no
racional próprio da vida contemplativa”.[17]
03)
ANALISE CONCLUSIVA
A ÉTICA E MORAL
nas teologias agostiniana e tomista estão interligadas no que cada um entente como
papel do homem neste mundo, sua finalidade e destino. As diferenças básicas
estão no quesito corrupção do homem pelo pecado e suas consequências e a
importância da graça na regeneração do homem. No resultado das escolha seja
determinado pelo AMOR ou determinado pela RAZÃO.
O PONTO DE DESENCONTRO entre ambos está no quesito
LIVRE-ARBÍTRIO. Se para Agostinho o homem caído era totalmente dependente da
Graça de Deus para realizar o que é bom, isto é sua condição corrupta não lhe
permitia qualquer manifestação de bondade. Isto significava dizer que
racionalmente o homem é incapaz de boas escolhas, pois até seu livre-arbítrio
havia sido afetado com a queda. Assim qualquer escolha pela livre vontade
estava comprometida segundo o pensamento agostiniano. Logo para Agostinho, a
vida espiritual com Deus se torna fundamental para ativar o AMOR que leva a uma
escolha em beneficio do bem. Assim a
atividade moral do homem dependia totalmente da ação de Deus nele. Todavia, ainda
assim, considerava a fé necessária para conhecer a verdade; a razão verdadeira
seria aquela que provem da fé e o amor que deveriam impulsioná-lo em direção a
Deus. “A fé uma preparação para a
inteligência daquilo que se acredita (...) a fé desempenha um papel
propedêutico e indireto já que não é chamada a provar diretamente qualquer verdade
natural”; ou seja, ‘crede ut intelligas’
creia para que possa entender[18]. Razão
é fé para Agostinho são atos complementares, como afirma Savio L.B. Campos falando de fé e razão em
Agostinho: “o
próprio ato de fé não é senão um ato da inteligência que assente”. Assim, fé e razão contribui para o conhecimento de
Deus.
Razão que está presente no pensamento de
Tomas de Aquino no que diz respeito a
leva-lo a fazer o que é bom e alcançar o bem maior. Assim para Agostinho o homem é movido por aquilo
que AMA. O objeto de seu amor determina a sua moral, seu comportamento diante
dos homens e diante de Deus. O amor ás coisas controla sua paxis religiosa e
moral.
No pensamento Tomista, como vimos
anteriormente, o homem pelo
livre-arbítrio e com o uso da razão pode produzir algo de bom, pois não esta
‘totalmente corrompido’. A RAZÃO que o
leva à pratica do que é bom e virtuosa. O homem escolhe racionalmente aquilo
que deseja fazer e determina sua práxis moral e ética.
Na Teoria do Dever agostiniana “A ética deontológica em Santo Agostinho
situa Deus como a fonte, a origem dos mandamentos éticos universais que devem
nortear a vida do homem na Cidade Terrenal”. Lugar físico onde vivemos como
cristãos mortais e pecadores que devemos seguir a lei do decálogo para
alcançar a virtude exigida pelo
Criador. “Nesse sentido afirma Santo
Agostinho que “a moralidade de um ato não depende de suas consequências nem das
suas causas, nem da sua natureza, mas somente de que esteja de acordo com a
vontade de Deus."[19]
Na ética tomista, segundo Silva-Teixeira
está composta sob duas vertentes: uma a
teologia e outra a filosofia. Na
teologia traz os princípios dos primeiros teólogos como Agostinho, “no entanto,
Tomás distingue-se de Agostinho: este fundamenta a moral no voluntarismo, na
vontade, como condição e fim do conhecimento; aquele, no intelecto, agregada à
natureza humana sob a impressão da essência divina”. A “filosófica, que orienta
a sua ética especulativa, fundamentada em Aristóteles e em toda tradição
filosófica do pensamento ontológico”.
4 04)
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
A
ética está relacionada à cultura, logo é finita e vinculada ao desdobramento
cultural da sociedade. Assim, a ética em Agostinho tem raízes em seu tempo,
época de busca pela espiritualidade e separação do mal; assim como em Tomás de Aquino que considerava que
está profundamente envolvido com o ‘ethos’ de sua época. A teologia
agostiniana, a escolástica e o sistema politico (feudal) e religioso ancorado na filosofia aristotélica tem lugar
na formação da ética tomista.
Estes modos de ver a ética (agostiniana
e tomista) expressava o pensamento ocidental e projetou comportamentos futuros
na arte, na poesia, religião, etc.
Para nós hoje estes modos de ver a ética
tem seu valor no sentido que vivemos um tempo de pos-modernidade onde tudo se
expressa no relativismo. A ética e moral são apenas um tema de pesquisa e não
de convivência social. A busca pelo ‘bem
comum’ tão presente na ética aristotélica fica bem distante do pensamento de
‘levar vantagem em tudo’. Nada do que é novo é totalmente aceito ou
aprovado no pensamento pós-moderno, assim a passagem para melhoria é muito estreita. Se a ética formulada por
estes pensadores estava vinculada à personalidades do passado ao qual
admiravam. Poderá a ética atua estar vinculada a movimentos e atitudes de
personalidades que ditam o comportamento, a moda e os costumes. Desta forma, a
leitura deste contemporâneo se torna fundamental para a aplicação de uma ética
atualizada que poderá levar à melhoria desta sociedade hordienda.
5)-
REFERÊNCIAS.
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CAMPOS, Sávio Laet de Barros. Agostinho: Intellige ut credas, crede ut intelligas. Disponivel no site: http://filosofante.org/filosofante/not_arquivos/pdf/
Agostinhointellige_ ut_credas crede_ut intelligas.pdf, visto em 05/06/17
CAPITANIO, Caryne Abba de; ALVIN, Rafael da Silva; HOGEMANN, Edna Raquel. ÉTICA E
MORAL EM SANTO AGOSTINHO: UMA ANÁLISE DA
DEONTOLOGIA AGOSTINIANA COM FULCRO EM TRÊS CÉLEBRES
OBRAS DO AUTOR - CONFISSÕES, LIVRE-ARBÍTRIO E CIDADE DE DEUS. Revista Quaestio Iuris, vol.05, nº01. ISSN 1516-0351 p.124-143
COSTA, Ricardo da
(coord.). Mirabilia 11. Tempo e
Eternidade na Idade Média. Jun- Dez
2010/ ISSN 1676-5818
Manual
para citações bibliográficas, Elaborado por Maria Regina
Trevizan Baccarelli Bibliotecária
CRB-8/7149. Jaguariuna, 2009. Disponível no site: http://www.seufuturonapratica.com.br/portal/fileadmin/user_upload/MANUAL_ PARA_CITACOES_BIBLIOGRAFICAS.pdf
NALINI, José Renato. Ética Geral e Profissional. Revista,
ampliada e atualizada. 10ª. Ed. São Paulo:
Editora Revistas dos Tribunais, 2013.
OLSEN, Roger. Historia da Teologia: 2000 anos de
Tradição e Reforma. São Paulo, SP: Editora Vida,
2001.
ROSA, Merval. Antropologia
Filosófica: Uma Perspectiva Cristã. Rio de Janeiro: Editora Jurep, 2004.
Teixeira, Rogéiro Lima. Santo
Agostinho e o pecado original como conseguencias do distanciamento do Sumo Bem para o Próprio Bem. Revista
Eletrônica do Curso de Teologia:
Faculdade Cristã de Curitiba. Teologia e Espiritualidade. ISSN 2316-1639, No. 06 Maio /2016. Disponível no
site: http://www.fatadc.com.br/site/revista/6_edicao/8%20-%20SANTO%20AGOSTINHO%20E%20O%20PECADO%20ORIGINAL.pdf
[2] Lucas Fachinelli
disponível no site: https://sentadonalua.wordpress.com/2012/07/12/a-etica-de-santo-agostinho-frente-a-etica-aristotelica/, visto em
27/05/17
[3] Nalini, p. 142 ipud Agostinho, A cidade de Deus tradução e prefacio de J.
Dias Pereira, Lisboa, Fundação
Calouste Gulbenkian, 1996.
Livro XIV. p.28.
[4] Idem
[5] Idem
[6] Antonio Wardison
C. Silva Mestrando em Filosofia pela PUCS.
Professor Dr. Cézar Teixeira Doutor em Teologia Bíblica pelo
Angelicum-Roma Diretor adjunto da Faculdade de Teologia da PUCSP
[7] Silva – Teixera,
p.37.
[10] ROSA ( 2001, p.272).
[11]
Rosa (2001, p.272).
[12]
Idem
[13]
Lucas Fachinelli.
[14]
Nalini, p.145.
[15]
Idem
[16]
Nelini, p. 145,146.
[17]
Silva-Teixrira, p. 40 upud SILVA, Antonio Wardison C. Fundamentos
filosóficos da ética em Tomás de Aquino, 58.
[18]
Razão e fé no pensamento
de Santo Agostinho: um texto do P. Manuel da Costa Freitas, disponível no site:
http://www.snpcultura.org/id_razao_e_fe_pensamento_santo_agostinho_manuel_
costa_freitas.html