1) Origem do batismo.
“O batismo cristão mantém certa relação com (1) as cerimônias de purificação dos judeus, (2) com as cerimônias de iniciação dos convertidos gentios ao judaísmo (mas jamais se confunde com elas) e (3) com o batismo de João. Aquelas cerimônias de purificação estavam associadas á purificação cerimonial (certa qualificação para ser relacionarem com o provo e para participarem do culto no templo) e também ao arrependimento de pecados. Semelhante ao batismo de João, embora este apontasse para alguém que “viria após ele” e que “estavam prestes a receberem o Reino de Deus”. Na cerimônia do prosélito convertido ao judaísmo, no inicio da era cristã - eles deveriam submeter-se à circuncisão, a um banho ritual e oferecer sacrifício. Sobre Cerimônia de purificação ver: Lv. 12.7; 14.8; 15.5,8, 10,13.
Maria submeteu-se a cerimônia de purificação após o parto conforme ordenava a Lei (Lc. 2.22-24). Jesus pediu ao leproso curado para cumprir a lei sobre cerimônia de purificação (Mat. 8.1-4).
O modo usual de purificação consistia em banhar o corpo e lavar as roupas: “... lavará suas roupas e se banhará em águas correntes e ficará puro” (Lv. 15.13). Em seguida oferecia duas ofertas de sacrifício (uma em holocausto, outra em oferta pelo pecado, tudo falavam de arrependimento e comunhão com Deus). Israel foi chamada para ser santa (Lv. 11.44,45) e separada de toda impureza. A impureza cerimonial falava de pecado. A higiene corporal era exigida em sua sociedade. As leis do asseio eram seguidas pelos observantes ao se aproximarem de Deus. A pessoa “limpa” era aquela que podia aproximar-se de Deus para adorá-lo (Ex.19.10; 30.18-21. Js 3,5). “Limpo” era aquele que não contaminava cerimonial mente. O termo “limpo” era empregado para animais (Gn. 7.2), lugares (Lv. 4.12), objetos (Is. 66.20) ou pessoas que não estivessem cerimonialmente contaminadas (1 Sm 20.26).
Pelo visto, o batismo cristão mantém uma relação, embora remota, com a cerimônia de purificação, com o batismo dos prosélitos e com o batismo de João. Não pense que isso é tudo tem outros aspectos que serão vistos mais adiante. Vimos também que as pessoas obedeciam às ordenanças e faziam isso voluntariamente.
a) O batismo de João.
O batismo de João pressupunha o arrependimento. O arrependimento era a condição imposta por João para ser batizado (Mt. 3.11). Era ministrado por João, por isso “batismo de João”; que não queira fazê-lo aos fariseus e saduceus por não darem nenhuma demonstração de arrependimento (7,8). O batismo de João era a mesma cerimônia de iniciação ao judaísmo aplicada aos prosélitos.
João Batista inaugurou um novo capítulo na História da Salvação, estava “preparando o caminho para o Salvador-Messias prometido (Mc. 1.2-5; Jo 1.30, 31; At.1.22, 10.37; 13.24). As pessoas eram imersa (batizada) na água barrenta do Jordão, ato que falava da cruz, morte e ressurreição de Cristo. João pregava sobre “aquele que haveria de vir”. O batismo de João olhava em direção daquele que haveria de vir. Jesus vem e pede o batismo das mãos de João, validando o ministério de João e profetizando sua morte e ressurreição para purificação daqueles que cressem. Jesus não tinha pecado para se arrepender, mas “se fez pecador”, igualando-se aos homens.
b) O batizado de Jesus – Mt. 3.13-17
Jesus Cristo, feito homem e membro da família humana, procurou agir como deveriam agir os pecadores, embora não tivesse pecado algum, mesmo assim Jesus compareceu voluntariamente ao Jordão. Procurou o batismo de João Batista explicando a ele que seu agir tinha como propósito “cumprir toda a justiça”:
1) Ele precisava identificar-se com a humanidade pecaminosa, que viera salvar; e (2) Seu sepultamento batismal na água, e Sua saída da mesma, haveriam de dramatizar Sua vindoura morte, sepultamento e ressurreição. Ler Marcos 1:9-11; Mateus 3:13-17 e Lucas 3.21-23 (§ 24). Apesar Dele não ter pecado nenhum a confessar não foi desobrigado de deixar de cumpri aquele ato justo de obediência. Jesus estava sancionando o batismo de João e acrescentando mais sentido ao simbolismo do batismo, p.e., o da consagração a Deus. Jesus deixou exemplo aos seus seguidores. Se o Mestre e Senhor se submeteu ao batismo, porque que seus seguidores não haveriam de fazer o mesmo?
Vemos todos os três membros da Triunidade participaram da cena batismal de Jesus: o filho submeteu-se ao batismo; o Pai O identificou; e o Espírito O ungiu para Sua tarefa oficial. As palavras ditas pelo Pai procedem do A. T., identificando a Jesus tanto como o Messias davídico ("Tu és o meu Filho amado", declaração extraída de Salmos 2:7, um salmo real) quanto como o Servo do Senhor ("em ti me comprazo", declaração extraída de Isaías 42:1, um dos "cânticos do Servo", na última porção do livro de Isaías).
Por algum tempo, Jesus levou a efeito um ministério de batismo, através de Seus discípulos. Ele não administrava pessoalmente o rito. E quando João Batista ouviu a noticia sobre essa atividade aparentemente rival, proferiu um retumbante elogio a Jesus, no qual comparou Jesus a um noivo, ao passo que ele mesmo seria apenas o padrinho ("o amigo do noivo"). Segundo os costumes judaicos, o padrinho se encarregava dos preparativos para as bodas, da parte do noivo. João também contrastou a sua própria origem terrena com a origem celestial de Jesus. Ler João 3:22 - 4.4; Lucas 3:19, 20; Marcos 1:14; Mateus 4:12 e Lucas 4:14 (vs 33 e 34).
c) O Novo nascimento – Jo 3.
A declaração que ele proferiu, no sentido de ser Jesus um "Mestre vindo da parte de Deus" (3:2), estabelece o contraste de Jesus como operador de milagres com os teólogos puramente acadêmicos, que saiam das escolas rabínicas. E a réplica dada por Jesus, de que a pessoa deve "nascer de novo", deu a entender a insuficiência da fé somente em milagres. A fé salvatícia deve forçosamente envolver a entrega moral e espiritual mais profunda, que efetue uma renovação comparável a um novo começo de vida, com uma nova natureza, outorgada desde os céus, lá no alto. Somente então é que um indivíduo pode ver e entrar no reino de Deus. De modo preliminar, entretanto, agora mesmo o crente começa a desfrutar da vida eterna que faz parte do governo divino.
Por si mesma, a fé não produz renovação espiritual. Antes, no momento da fé genuína em Jesus Cristo, o Espírito Santo purifica o coração ("Nascer da água e do Espírito" simplesmente alude à operação purificadora do Espírito, na regeneração. Comparar com Tito 3:5 e Ezequiel 36:25-27. Era com base naquele trecho de Ezequiel, e na comparação rabínica entre um prosélito e uma criança recém-nascida que Jesus esperava que Nicodemos compreendesse as Suas palavras. Existem outras comparações, das quais equiparam a água com o batismo, com o nascimento natural, com o próprio Espírito e com a Palavra. Jesus compara as operações invisíveis do Espírito com o vento. O vento mesmo não pode ser visto, mas seus efeitos são perfeitamente evidentes. Ao estabelecer a comparação, Jesus estava criando um jogo de palavras, ante o duplo sentido do termo usado, o qual significava tanto "vento" quanto "espírito". A obra renovadora do Espírito se fundamenta sobre a descida de Jesus, desde os céus, e sobre Sua ascensão de volta aos céus, por meio da cruz. Nesta altura, Jesus compara Sua vindoura crucificação com a ocasião em que Moisés levantou a serpente no deserto (3:13, 14; vide Números 21:8, 9). Ser batizado é antes ser batizado em Cristo (Tt. 3.5)
d) Batismo nas águas no livro de Atos.
Quando ouviram isso, os seus corações ficaram aflitos, e eles perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: "Irmãos, que faremos? “Pedro respondeu: "Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo. Pois a promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe, para todos quantos o Senhor, o nosso Deus chamar". Com muitas outras palavras os advertia e insistia com eles: "Salvem-se desta geração corrompida! “Os que aceitaram a mensagem foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas” (Atos 2.37-41 NVI-Grifo meu). Ver Atos 8.30-39.
O fraseado de Atos 2:38 - "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados" - parece dar a entender que o batismo em água seja necessário para que se receba o perdão de pecados. Mas visto que muitas outras passagens requerem tão somente o arrependimento e a fé em Jesus Cristo, é melhor considerarmos o batismo como a maneira usual de demonstrar o arrependimento e a fé. O problema de crentes não-batizados jamais surgiu nas páginas do Novo Testamento. (Alternativamente, poderíamos traduzir: "cada um de vós seja batizado... em resultado da remissão dos vossos pecados". Comparar com Mateus 3:11; 12:41; Lucas 12:32.
Em Éfeso: discípulos de João Batista recebem o batismo cristão, evangelização bem sucedida e levante encabeçado por Demétrio e os ourives (19:141)
O desconhecimento - Apolo – At. 18.24-28. Com o fim de preparar os leitores para o relato do ministério de Paulo em Éfeso, Lucas insere um parágrafo a respeito da pregação de Apolo em Éfeso. Esse eloqüente judeu alexandrino pregava a Jesus, mas conhecia apenas o batismo de João Batista, o batismo condicionado ao Arrependimento. Noutras palavras, Apolo não batizava os seus em nome de Jesus. E depois que Priscila e Áquila informaram-no melhor sobre a doutrina e a prática cristã, Apolo se dirigiu para Acaia (Grécia).
e) Batismo nas epístolas de Pedro
– 1 Pe 3.18-21. Ao comparar o batismo com o dilúvio, Pedro indica cuidadosamente que o contato do batizando com a água não remove o pecado ("não sendo a remoção da imundícia da carne"); antes, a atitude interna de arrependimento e fé, que se exibe mediante a submissão ao rito batismal ("a indagação de uma boa consciência para com Deus”, (v-21), é que conduz à remissão de pecados. Ao se conduzir ao batismo a pessoa já demonstra certa submissão a Deus.
f) O batismo em Romanos –
Rm. 6:1-14. Apresenta o batismo como símbolo da união do crente com Cristo, em Sua morte, no tocante ao pecado, e a sua nova vida, no tocante à justiça.
Paulo repudia horrorizado tal raciocínio, estribado na doutrina da união do crente com Cristo, o que se vê dramatizado no batismo cristão. No batismo, a crente confessa a sua morte para o pecado através da identificação com Jesus Cristo. Confessa que reviveu para a justiça, mediante a sua identificação com Cristo e a Sua ressurreição. Até onde Deus está envolvido, por conseguinte, o crente morreu quando Cristo morreu, e ressuscitou quando Cristo foi soerguido dentre os mortos. Esse fato coloca o crente debaixo da obrigação de viver para a retidão. Assim sendo, compete-lhe conformar sua auto-imagem de conformidade com a perspectiva divina (Ler Romanos 6 – 8).
O batismo ilustra a nossa morte para o pecado e o nosso reviver para a retidão (vide o capítulo 6).
g) As ordenanças para a Igreja.
O Senhor Jesus estabeleceu o batismo e a ceia como os dois ritos ou cerimônias a serem observadas pela sua igreja. Essas duas instituições são chamadas de ordenanças, porque foram ordenadas por Jesus (MT. 28.19 Mc. 16.16) os discípulos cumpriram a ordem de Jesus, batizando os novos crentes conforme o mandamento que haviam sido deixados (Mc. 16.20; At. 2.41; 8.12-13,36-39; 10.47).
“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt. 28.19). “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado” (Mc. 16.16). Para ser condenado basta “não crer”. Entre crer e ser salvo tem um caminho a percorrer: ser batizado. O batismo, por sim só, não salva, não lava pecados e não complementa a salvação. Esse batismo aqui não é apenas o batismo na água em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, mas um estado de constante batismo (imersão permanente em Cristo). Para alguns teólogos o Batismo é uma iniciação, porém é algo mais profundo, é um testemunho público da nova vida em Cristo assumida pelo batizando, que agora vive em Cristo e para Cristo, portanto a forma e as condições são importantes.
A Forma.
1) -Por imersão: A palavra grega βαπτιζω (baptizo) significa “mergulhar repentinamente, imergir, submergir (de embarcações afundadas)”. A palavra batizar significa é imergir, sendo este seu fundamental, constante e único sentido. Representando nossa imersão em Cristo e tudo que ele representa e fez por nós, bem como aquilo que ocorreu nosso interior e que determinamos fazer daqui por diante.
2) -Com água, pois fala de lavar, limpar, purificar. Refresca e saciar a sede. Que também simboliza o Espírito Santo, no qual fomos batizados no corpo de Cristo: “Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito” (1 Co. 12.13).
3) -Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo: a triunidade está envolvida no batismo nas águas. Fazer “em nome de”, significa representar, com a mesma autoridade, aquele que ordenou ou mandou, por não poder fazê-lo pessoalmente. O mesmo que fazer por procuração. É como se Deus tivesse batizando o crente (Mt. 28.18-20).
Condição.
Uma vez que o batismo, como já foi salientado, é um símbolo exterior do relacionamento entre o crente, Cristo e sua Igreja; geralmente concorda-se que apenas é o crente que é capaz de tomar uma decisão voluntária e racional pela fé é uma condição adequada para o batismo.
Significado.
O batismo bíblico, portanto, é a identificação pública e externa com Cristo e a Igreja, por aquele que já exerceu fé salvadora. “O batismo é uma expressão exterior de uma realidade interior”.
Crer implica em atender.
“Quando ouviram isso, os seus corações ficaram aflitos, e eles perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: "Irmãos, que faremos? Pedro respondeu: Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo. Pois a promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe, para todos quantos o Senhor, o nosso Deus chamar. Com muitas outras palavras os advertia e insistia com eles: Salvem-se desta geração corrompida!”Os que aceitaram a mensagem foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas” (Atos 2.37-41 NVI-Grifo meu). Ver Atos 8.30-39.
O batismo nas águas vem após crer no Evangelho. Quem diz que crê em Jesus, ou no evangelho, mas não toma a decisão pelo batismo é porque não creu de fato e não se arrependeu realmente, e assim sendo, continuará perdido.
“Eu lhes disse que vocês morrerão em seus pecados. Se vocês não crerem que Eu Sou, de fato morrerão em seus pecados”... “Aquele que pertence a Deus ouve o que Deus diz. Vocês não ouvem porque não pertencem a Deus". (Jo. 8.24,47NVI)
3) A CEIA DO SENHOR
A ceia do Senhor, assim como o batismo, forma as duas ordenanças designadas pelo Senhor Jesus à Igreja. A instituição da Ceia do Senhor está relatada nos Evangelhos Sinóticos (cf. Mt. 26.26-29; Mc. 14.22-26; Lc. 22.14-20) assim como por Paulo, em 1Co. 11.23-34. É no relato de Lucas e de Paulo que o Mandamento explícito do Senhor é dado pra que se pratique esse ato “em memória de mim”.
Os elementos da Ceia.
Todos os relatos bíblicos enfatizam (1) o dar graças, (2) partir do pão (representando o corpo de Cristo) e (3) o cálice de vinho (representado o sangue de Cristo derramado na cruz). Assim sendo, o pão e o vinho são os dois elementos, e devem ser tomados com atitudes de ações de graças.
Significado e propósitos.
Existem 05 pontos de vistas que tem sido adotado através da historia da Igreja, quanto ao sentido da ceia do Senhor e como Cristo está presente nele.
“em memória de mim” – O Senhor Jesus tencionou que a Ceia do Senhor fosse primordialmente uma observância memorial Dele.
Dois pensamentos principais estão contidos nessa declaração, que são (1) em memória de Cristo e (2) comunhão dos membros do Seu Corpo (i.e. os Salvos) uns com os outros e com o próprio Cristo (p.e. Jo 13-17).
Em memória significa: 1) relembrar o passado de Cristo, que jamais será repetido, isto é Sua morte substitutiva, expiatória e redentora por todos os homens, (2) a presença salvítica de Cristo e (3) a volta futura de Cristo.
Comunhão.
A Ceia do Senhor deve lembrar a nossa comunhão com Cristo e com os outros irmãos, à medida que temos comunhão ao redor da mesa. Na comunhão o crente partilha intimamente da parceria com Cristo e experimenta a união e a unidade com os outros irmãos.
4) Dízimos e ofertas
Principio da mordomia Cristã.
“Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem (Sal. 24.1 NVI).
“Pois o que está debaixo de todos os céus é meu” (Jó 41.11).
Deus é Criador de todas as coisas. Logo, somente Ele tem direito absoluto de propriedade sobre qualquer coisa. A relação do homem com as coisas criadas é apenas de mordomia, isto é de administração (Gn. 1.26-29). Mordomia é a tradução do grego “ecônomo”, que significa, literalmente, aquele que é responsável pela direção ou administração da casa (Gn. 24.2; 39.4; 1 Co. 4.1) É aquela pessoa a quem é entregue tudo quanto o senhor possui para ser cuidado e desenvolvido.
Um texto na bíblia que expressa essa relação DEUS – DINHEIRO – MORDOMIA é 1 Crônicas 29.10-20.
O ato de ofertar a Deus é um privilégio imerecido concedido por Deus a nós. Em 1 Co. 8.1-4 Paulo descreve a participação dos crentes da macedônia na oferta para os pobres da Judéia como uma graça concedida por Deus. Davi também entendia assim e por causa disso ele pede a Deus: “conserva para sempre no coração do teu povo estas disposições e pensamentos, inclina-lhe o coração para contigo” (v.18)
Ofertar é uma disposição interna produzida por Deus no coração e na mente do cristão. Conseqüentemente, a oferta é voluntária (v14), abundante (v16), sincera e dada com alegria (v17).
Historia – origem.
5) OFERTAS
A história da oferta na Bíblia é tão antiga quanto à existência do homem. Adão e Eva tinham que serem obediente a Deus quanto á ordem de não comerem na árvore do conhecimento do bem e do mal. Abel e Caim foram os primeiros a oferecerem, a Deus oferta (minhãh) produtos da terra, animais e vegetais (Gn. 4.2b-13). A palavra usada (oferta - minhãh) significa presente, dádiva, e é o termo geralmente usado para o tributo entregue a um governante.
Temos nesta parte da Escritura alguns princípios de como as da ofertas devem ser:
1- Voluntária (v3, “Caim trouxe”…);
2- Consciente (v4“Abel, trouxe”… tanto um como outro tinham consciência de que deviam trazer oferta ao Senhor);
3- Selecionada e generosa daquilo que tinham, do primeiro fruto (“Caim… depois de algum tempo…”. “Abel… das partes gordas, das primeiras crias”…) [1].
4- Reconhecer o Senhorio (de Deus (v.6, 7,13));
5)- Gratidão ao Senhor (v6);
6)- Adoração (v4. “o Senhor aceitou com agrado Abel e sua oferta”) e
7) Pela fé (Hb. 11.4) – Caim ofereceu por mera formalidade.
Os primeiros a adorarem a Deus foram: Noé, como primeiro que edificou um altar e ofereceu holocausto (Gn. 8.20); Abraão, Gn. 12.7- que edificou um altar, mas não menciona oferta; somente em Gn. 15.19.10 - o Senhor pede um altar com ofertas para selar uma Aliança com Abraão.
Em Êxodo (25.1-8) Deus pede aos israelitas que sairam do Egito, ofertas para a construção do Tabernáculo. Estes bens tinham sido dados eles pelos egípcios aos israelitas com a ajuda do Senhor (Ex.12, 35,36). Todo adorador que comparecesse no Tabernáculo, e posteriormente no templo, deveria ter uma oferta à mão.
No evangelho Jesus viu como a viúva pobre depositou sua oferta na arca do tesouro, templo de Herodes (Mc. 12.41-44). Note que Jesus “estava assentado”. Não foi de relance, mas ele “observa a maneira como” as pessoas depositavam suas ofertas. Depois de observar, chama os seus discípulos para lhes ensinar qual o princípio rege a avaliação da oferta. As moedas não valiam nada, mas o pão que ela deixou de comer valiam muito. Quanto maior falta nos fazer aquilo que dedicamos ao Senhor, tanto mais valiosa será para Ele. A compensação da falta para mim, mas valiosa para o Senhor que levou Davi a exclamar: “eu não oferecerei ao Senhor meu Deus holocausto que não me custem nada” (1 Sm 24.24),
Na Epístola aos Coríntios, Paulo orienta os cristãos para o levantamento de uma coleta de “assistência aos santos” que deveriam ser dados com “generosidade e não algo dado com avareza” (2 Co 9.1-15).
A proposta de Paulo é que cada um doe conforme “determinou no seu coração, não com pesar ou por obrigação”, mas faça com “alegria”. Ele acrescenta que Deus pode capacitar todo cristão a executar muitíssimos atos de generosidade (v8, 11).
Outro exemplo de oferta com generosidade está nas epistolas de Paulo está em Pilipenses. A Igreja de Felipo era muito pobre, mas deram expressivo apoio ativo ao ministério de Paulo (1.5). “Na carta contém agradecimento, prestação de contas por parte do Apóstolo e destaca a “amabilidade” deles (4.5) e recomenda:” não andeis ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e suplica, e com ação de graça, apresentem seus pedidos a Deus” (4.6).
Conclusão.
Podemos tirar algumas conclusões a respeito de oferta e o que representa:
É um ato de fé (Hb. 11.4);
É um ato de amor (Fil. 4.5);
Expressa a transformação ocorrida no interior do ofertante (Gn. 4.4,5. Hb. 114; Ef. 1.6);
Expressa maturidade espiritual;
Expressa agradecimento ao Senhor (Sal 116.12);
Faz crescer, ou colheremos “os frutos de justiça” (2Co. 9.10,11). Semeamos oferta e colheremos frutos de justiça.
“…E de tudo lhe deu Abrão o dízimo” Gn.14.20b).
A primeira referencia a dizimo
(מעשר ma ̀aser – décima parte) nas Escrituras está em Gênesis quando Abrão entregou o dizimo dos despojos à Melquizedeque, Rei de Salém, sacerdote do Deus altíssimo (Gn.14.18-20). Abrão após banquetear com o legitimo Sacerdote deu-lhe o dizimo. Portanto, o dizimo é anterior a Lei de Moisés, quando os israelitas receberam orientação para levarem os dízimos aos levitas no templo (Lv. 27.30-34). O dizimo não é apenas um detalhe do sistema religioso expresso na Lei; é parte da relação normal entre o fiel e Deus. Abraão, ao entregar o dizimo, valorizou o sacerdócio de Melquizedeque (Hb. 7.4-6), reconhecendo-o como sacerdote e a ordem do qual pertencia seu sacerdócio. Melquizedeque abençoa Abraão.
O dizimo de Abraão e Cristo.
No livro de Gênesis aparece a figura de um homem: Melquizedeque era um tipo de Cristo, seu sacerdócio era da ordem do sacerdócio de Cristo, o qual o tornava superior, portanto, que estava sendo honrado naquele dia foi o sacerdote eterno da ordem: Cristo. Abraão não estava honrando a pessoa de Melquizedeque (no caso da Lei, se honravam os levitas), mas a ordem sacerdotal do qual ele representava (onde Cristo é a consumação dessa ordem). Concluímos que permanece o dízimo como parte de nossas relações com Ele ao cumprir esse ato honramos àquele que o Sacerdote de nossa alma|: Cristo.
No Evangelho Jesus valida a importância do dizimo ao orientar os Escribas e fariseus de qual deveria ser à base das relações deles com Deus (Lc. 11.42). Não censura por darem o dízimo, mas por julgarem que o dízimo substitui a base real das relações com Deus. A regeneração interior deveria ser a base e não dizimar até mesmo as hortaliças. O Reino de Deus não se edifica com dinheiro, mas com pessoas e depois do novo nascimento devemos continuar dando o dizimo.
Dizimar é um ato de fé (Mc. 3.10)
O contexto dessa passagem de Malaquias (430 a C) foi que o povo que retornou do cativeiro babilônico estavam desanimados e com grandes dificuldades financeiras. Continuavam sendo província da babilônia, não tinham recuperado a gloria do passado e o prometido messias não vinha para restaurar Israel. Desta forma se desinteressaram pela Lei e pelas promessas e duvidaram do amor de Deus por eles. A terra não produzia o suficiente e tudo que tinham não dava para se sustentar até a próxima colheita.
O povo se afastou do templo e da Lei, conseqüentemente o templo não tinha provisões para os sacerdotes e levitas. O apelo do profeta é para que os sacerdotes e o povo continuassem fiéis a Lei e confiante em suas promessas. Onde a solução para o sustento deles estava na fidelidade no dizimo; “fazei prova de mim”, significava cumprir a ordem de levar o dizimo e aguardar no Senhor por que todas as suas promessas foram cumpridas. Termina (cap. 4) falando do terrível e grande dia do Senhor onde todas as pessoas infiéis seriam julgadas.
Conclusão.
O dizimo é de fato um método divino de contribuição. Historicamente existiu antes da lei, no sacerdócio de Melquizedeque (Gn. 14.20); durante a lei, no sacerdócio levítico (Lv. 2 7.32); e após a lei, no sacerdócio de Jesus Cristo (Hb. 7.27). Entregar o dízimo é reconhecer o senhorio de Cristo sobre tudo o que existe e principalmente sobre os bens que Ele nos entrega para administrar.
Ofertas especiais.
Tanto para os que se orgulha no “dizimar meticulosamente” achando que é justo, como aquele, que relaxa no cumprir, a orientação de Jesus é a mesma:
“O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; 12 jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. 13 O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! 14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado” (lc.18,11-14-grifo meu).
Será qaue esse fariseu da parabola de Jesus era realmente fiel quanto à relação Deus e dinheiro? E o publicano ? O publicano era um funcionário público do governo romano que geralmente tinham bons salários. O publicano tinha absoluta consciencia que não era fiel.
Entretanto, não podemos limitar as nossas contribuições a Deus e à sua causa apenas ao dízimo. O dizimo é apenas o minimo (Mt. 23.23). A graça de Deus aumentou nossa responsabilidade: “Roubará o homem a Deus? Todavia vos me roubais, e dizeis: em que te roubamos: nos dìzimos e nas ofertas” (Ml.3.8-grifo meu).
Em Atos dos Apostolos vemos que o Espirito Santo toma posse da vida e dos bens do cristão levando-o colocar à disposiçao do Senhor todos os seus bens (At. 2.44,45;4.34). infelismente hoje em dia devemos tomar cuidado com os extremos. Nao podemos transformar a Igreja numa casa comercial (Jo. 2.18). O apostolo Pedro nos adverte a tomarmos cuidaado com “os falsos profeteas” que “movidos por avareza, farãoo comércio de vós, com palavras ficticias;” (2 Pe.2.3).
Em 1 Co 16.1-4, Paulo nos fala mais acerca de coleta para os pobres e nos ensina vários princípios sobre oferta. Coleta – significava uma contribuição extra com um fim específico e pré-determinado. Não se trata de algo imposto, mas uma maneira de ofertar extraordinariamente (Mt. 15.5).
Administração dos dízimos e das ofertas.
Abraão foi o primeiro a entregar o dizimo (Gn 14) e fez ao sacerdote Melquizedeque. Moisés regulamentou pela Lei que os dízimos e ofertas deveriam ser levando aos sacerdotes da casa do Senhor. Nos dias de Jesus as ofertas eram depositadas no Templo. Todo o dizimo e oferta deve ser levada a Casa de Deus onde somos ministrados e cuidados por um pastor. A IGREJA onde nos reunimos par louvar ao do Senhor é local em que deveremos adorá-lo também com nossas primícias, porque o louvor deve ser integral. O local onde somos alimentados pela Palavra da pregação, onde somos discipulados e somos assistidos quanto precisamos é o lugar onde devemos levar nossos dízimos e ofertas. Nós não devemos administrar o dizimo, porque ele eve ser entregue na sua igreja; no entanto a oferta você pode, vez ou outra ofertar em outra, fazer em outro ministério: se assim o Senhor lhe tocar, ou até mesmo para uma pessoa. Jesus disse se "dermos um copo de água fresca a um desses pequeninos a mim me fizeste", isso também é ofertar (oferecer).
O dizimo e a oferta é ato de fé e parte do culto a Deus.
Aquele que salta de para-queda não pode saltar com ele aberto. Primeiro salta e depois ele abre. O seja, o pára-quedista confia que no meio do caminho o para-queda se abrirá. Se não confia nele tem que mudar de profissão. Se você pretende ter relações com Deus, terá de confiar nele e em Sua Palavra. O nosso Deus exige fé da parte daquele que o buscam.
O senhor deseja que você pertença a um lugar, a igreja. Onde pessoas, como você, adora a Deus, servem a Deus e ao próximo e aonde você irá se fortalecer (Ef. 2:10, 13, 16, 18, 19; Col. 3; 12).
No primeiro capitulo de Gênesis vemos a historia da criação do mundo e do homem. Vemos que Deus não deixou o homem sozinho, mas fez para ele uma companheira: Eva. Fez também, um lindo jardim: o Jardim do Éden (EDEM, significa: lugar de prazer e alegria) para o homem habitar nele (Gn 2:7-9,15). Desta maneira, hoje a igreja é o Éden onde o Senhor Jesus colocou aqueles que O receberam como Senhor e Salvador de suas vidas.
O povo de Deus é também a Igreja do Senhor. Igreja no N. T. significa a comunidade daqueles que foram chamados e reunidos em Cristo e por Cristo (Jo. 17.14-23). Nesta oração, Jesus expressa que foi a “verdade”, a “mensagem” que nos levou a Deus e não somos do mundo; estamos protegidos contra o inimigo (diabo) e estamos unidos com Jesus para testemunhar ao mundo do amor de Deus por aqueles que seguem Jesus. Jesus é a pedra (alicerce) sobre a qual a Igreja é edificada (Mt. 16.18). Portanto, a Igreja são os crentes em Cristo que tiveram seus pecados perdoados, que se arrependeram da vida inútil e sem propósito para Deu que levavam. Aqueles que ouviram o chamado pela mensagem e se uniram a Cristo. Isto traduz o significado da palavra, igreja: “Ekklesia” – “chamados para fora”. São os que foram chamados e atenderam. Igreja não é um edifício e nem uma organização, mas pessoas reunidas por Cristo através do Evangelho.
Definindo o significado de ser membro.
Como Igreja, no sentido bíblico, não é um edifício e nem uma organização, mas um organismo composto por diversos membros, ou seja, um corpo. O membro é parte desse corpo e que se tornou novo homem em Cristo pelo:
a) O Novo Homem (Col. 2:12, 13,20; 3:1-17) são aqueles que morreram com Cristo e ressuscitaram com Ele e vive uma vida nova (novidade de vida). Este novo homem é o Corpo de Cristo, isto é a Igreja (I Co. 10:17). Na prática, esta realidade é expressa pelo batismo nas águas. O batismo nas águas representa a crucificação e o sepultamento do velho homem, e a ressurreição do novo homem (Co. 2.12).
b) Individualmente, cada novo homem, é um membro desse Corpo (Rm 12:5; 1 Co. 12:27). Assim entendemos o que Jesus disse para Nicodemos: “É necessário que vocês nasçam de novo.” (Jo 3. 1-7)
Conforme Col 1:24-29 é preencher as necessidades do corpo, a Igreja.
Apresentar plenamente a Palavra de Deus (v25); Advertir e ensinar com sabedoria (v28); Fazer o trabalho com esforço e luta (v29), a fim de apresentar a Deus uma igreja perfeita em Cristo (v27).
Conclusão.
Igreja estava nos planos de Deus era um Mistério oculto (Ef. 3:4-6 Rom. 16:25, 26) que não foi revelado em outras gerações. O mistério oculto era que “gentios (não-judeus, nós) participam com os judeus das bênçãos divinas e tornaram-se um novo homem em Cristo. E, são salvos.
8) Viver com Cristo diariamente.
O maior desafio para todo aquele que creu, foi batizado, está integrado na Igreja é permanecer na fé.
Muitos crentes pensam que “permanecer na fé” é apenas freqüentar o culto no domingo, participar da ceia, dar o dizimo e uma ofertinha de vez e quanto, e pronto! Cumpriu sua obrigação de crente! Todas essas coisas são importantes e devem ser realizadas, mas se não tiverem uma real espiritualidade perecerão no caminho da fé.
a) O que é espiritualidade?
É se suma importância sabermos o que é ser espiritual…
Não é espiritualidade possuir dons espirituais e ser um crente “usado”, pois nem sempre o que acontece vem do Espírito Santo. Muitas vezes é a vontade da pessoa em querer ser usado todo instante.
Espiritualidade não se expressa pela a aparência de contrição, pois as Escrituras afirmam: “seja sua fé não fingida”;
Também não é quantidade de obras realizadas, posição eclesiástica, tempo de conversão, conhecimento da bíblia e eloqüência na pregação ou como dizem: “sou pentecostal”.
Espiritualidade tem a ver com: Caráter.
O caráter são as características morais do homem. São constituídas das expressões naturais e sociais da alma, qualidades boas e ruins. A psicologia, para estudar a formação do caráter, defende duas vertentes – a genética e a ambientalista – com ênfase em uma ou em outra. A verdade é que os valores, crenças e virtudes, fraquezas e distúrbios que formam o caráter são tanto herdado como aprendido.
Na bíblia tem vários exemplos de pessoas que mudaram seu caráter ao encontra-se com a Palavra de Deus, Espírito Santo e com as circunstancias da vida.
A mensagem do Evangelho é toda voltada para uma mudança de comportamento (“arrependam-se por que...”) para viver numa nova esfera de vida (“o Reino de Deus está próximo”). A meta de todo crista é chegar à maturidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef. 4.13). Isso porque o objetivo de Deus em nos criar de novo é nos fazer novas criaturas, para sermos conforme a imagem de seu Filho (Rm. 8.29). Nada menos que o modelo de Cristo agrada ao Pai. Por isso, todo cristão é fazer-se discípulo de Cristo, imitadores dele, para serem como ele é e andarem como ele andou (Cl. 2.6). Isso significa formar o caráter de Cristo na vida do discípulo, enfocar o viver antes do fazer e o ser antes de ter. O apostolo Paulo assumiu sua missão com este objetivo: “Meus filho, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós” (Gl. 4.19).
b) A concepção bíblica de caráter cristão.
Caráter cristão é uma realidade de vida cristã, e não tentativa de ser bom. A tentativa de ser bom é um estilo de vida legalista, fingido que impede a o servo de Deus de viver plenamente a vida cristã.
Caráter formado por Deus é resultado da operação do Espírito Santo no intimo, mas controlando e nos moldado e não a tentativa de autocontrole. É o Espírito Santo quem opera em nós o sobrenatural, isto é, capacidade de viver os ensinos do Mestre. Só pelo seu poder é possível a pratica da verdade que autentica a revelação divina (At. 1.8; Jo 14.26; 16.13).
Caráter formado é uma vida de profundidade – vida centrada em Deus; ele é a única razão da vida, capaz de levar o humano a um plano espiritual (1Co. 2.1-16).
O grande perigo da vida cristã é quando “assumimos a capacidade e a habilidade de realizar coisas e, portanto, colocamos toda ênfase em nós”. A consciência de nossa insuficiência e limitação deve nos tornar dependentes de Deus e desejosos de centralizá-lo em nossa vida.
Caráter cristão é a mentalidade do reino, é o que Deus quer que sejamos. É a identidade do cristão, não apenas um modelo ético e moral de vida. Atingir o padrão da sociedade não é tão difícil assim, qualquer moralista alcança; porém, viver os valores do reino de Deus é um constante desafio para cada cristão. É viver o modelo expresso por Jesus no Sermão do Monte (Mt. 5-7). (...) como disse Jesu: “Basta ao discípulo ser como seu mestre” (Mt. 10.25). (...) A formação do caráter envolve espiritualidade básica (At. 11.26, Cl. 2.6). Caráter cristão é credito da qualidade de vida e não expressa em quantidade de obras realizadas.
Caminhos para formação de nosso caráter cristão agradável a Deus.
O primeiro passo para entrarmos no processo de formação do nosso caráter cristão é afirmar, com toda certeza de fé, que Jesus era perfeitamente homem e que permaneceu justo e santo porque lutou contra o pecado em sua própria natureza humana (Hb. 4.14). Se crermos que é assim, devemos ter consciência que o propósito do Pai, de nos tornar semelhante a ele, é alcançável. Não na dimensão de sua perfeição, mas a cada dia assemelhando-nos à sua imagem moral, ás suas virtudes e valores até quanto o nosso corpo mortal se revestirá da imortalidade, para sermos semelhante a ele em sua plenitude.
c) Ser semelhante a Cristo.
Na submissão à vontade do Pai – Lc. 2.41-50; Hb. 5.8. Como homem, Jesus passou pelo processo de crescimento, aprendizado e amadurecimento espiritual, moral e social. Como homem ele tinha a vontade humana que poderia escolher o mal, mas não fez tal escolha (Lc. 22.41; Mt. 26.42).
Na relação consigo mesmo – Fil. 3. Jesus em sua encarnação, ele se auto limitou, e, por isso mesmo realizou tudo pelo poder de sua humanidade espiritualizada, mediante a virtude da presença e da capacitação dada pelo Espírito Santo. Jesus nunca hesitou em mostrar seus limites (Mt. 20.23; At. 1.7; Mt. 24.36).
Muitas pessoas caem em tentação e pecam mesmo conhecendo a verdade do evangelho e tendo consciência do que faz é errado. Como explica isso? Faltou o precioso ingrediente da vontade resoluta! Não é a oração, o jejum ou qualquer outra disciplina espiritual de decidirá a vitoria. Embora seja necessário, mas é a decisão interior, mais forte que qualquer desejo ou impulso que nos guardará o pé da queda.
Manter a vontade rendida a Deus. Jesus se esvaziou de interesses pessoais e da vontade própria. O verbo κενόω (Fl.2.7) também significa privar-se de, anular-se. Cristo pôs de lado os seus atributos e poderes divinos, para que pudesse compartilhar plenamente da condição humana em toda sua fraqueza. Abriu mão de seus atributos e poderes divinos e se esvaziou assumindo a forma de servo. É o poder do controle espiritual sobre a força da vontade natural, o fruto do Espírito – o domínio próprio (Gl. 2.22).
Quando somos desafiados por Deus a render-lhe a nossa vontade, logo desistimos e não refletimos a razão do fracasso e os benefícios que trazem o processo de esvaziamento para o nosso aperfeiçoamento moral e espiritual. Esta é a resposta para o fracasso: não exercer vontade resoluta.
9) Devocional diária.
O que é devocional? É ler, entender, acreditar e praticar diariamente a Palavra para posteriormente ensinar a outros. (Ed. 7.10).
Nosso caminhar com Cristo é diário. Devemos deixar de ser templocêntrico (templo no centro) para ser cristocêntrico (Cristo no centro). A necessidade de ir ao templo (igreja – cultos) dever partir de uma vida de devocional diária com Cristo e não o inverso. O inicio da vida cristã o culto ajudará a impulsionar o crente para a vida devocional diária, mas depois é esta que ajudará o crente a permanecer freqüentando os cultos. Não somos como bonecos de corda. Que somente o culto dará força para permanecia na fé, mas é seu relacionamento diário com Cristo que fará isso.
Ter a Palavra de Deus como alimento – ler, entender e acreditar.
“Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mt. 4.4).
A palavra é pão: “pão nosso de cada dia nos dá hoje;” (Mt 6.11). “dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano;” (Lc 11.3)
A palavra é pão: “pão nosso de cada dia nos dá hoje;” (Mt 6.11). “dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano;” (Lc 11.3)
Jesus é Pão: “Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.” (Mt. 4.4).
Jesus Cristo como nosso próprio pão. “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. Disseram-lhe, pois: Senhor, dá-nos sempre desse pão. Declarou-lhes Jesus. “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais tará sede.” (Jo 6.32-35).
Jesus Cristo como nosso próprio pão. “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. Disseram-lhe, pois: Senhor, dá-nos sempre desse pão. Declarou-lhes Jesus. “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais tará sede.” (Jo 6.32-35).
Praticar a Palavra - praticar o que entendeu e acreditou.
“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, será comparado a um homem prudente, que edificou a casa sobre a rocha.”(...). “Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia”. (Mt. 7.24,26-grifo meu). “Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais têm, pela prática, as faculdades exercitadas para discernir tanto o bem como o mal”. (Hb. 5.14). “Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que seja manifesto que as suas obras são feitas em Deus”. (Jo 3.21). “e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz”. (Fp 2.8).
Elaborado pelo Pr. José M. Vieira Rodrigues
comasuapalavra@gmail.com
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