Extraído do Livro: O Tabernáculo. Autor: José Maria. Vieira Rodrigues.
LIÇÃO 05
A PORTA DAS OVELHAS.
Texto para memorizar.
“Eu sou a porta; se
alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens”
(Jo. 10:9).
Textos Básicos.
“13 Semelhantemente,
a largura do pátio do lado oriental, para o levante, será de cinqüenta
côvados, 14 de maneira que haja quinze côvados de
cortinas de um lado; suas colunas, três, e as suas bases, três; 15 e
quinze côvados de cortinas do outro lado; as suas colunas, três, e as
suas bases, três.
16 E à porta do pátio haverá uma ‘coberta’ de vinte côvados, de ‘pano’
azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido, de obra de bordador; as suas
colunas, quatro, e as suas bases, quatro. 17 Todas as colunas
do pátio ao redor serão cingidas de faixas de prata; os seus colchetes
serão de prata, mas as suas bases, de cobre. 18 O comprimento
do pátio será de cem côvados, e a largura de cada banda, de cinqüenta, e
a altura, de cinco côvados, de linho fino torcido; mas as suas bases serão
de cobre. 19 No tocante a todos os utensílios do Tabernáculo
em todo o seu serviço, até todos os seus pregos e todos os pregos do
pátio, serão de cobre” (Ex. 27:13-19-ARC).
“E disse
Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança [...]. 27 E criou Deus o homem à sua imagem;
à imagem de Deus o criou, macho e fêmea os criou” (Gn. 1:26a, 27a).
“Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como
um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na
mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor”.
(2 Co 3:18
Comentários
Introdução.
As
figuras do Tabernáculos nos ensinam que há um caminho a percorrer até a
presença de Deus, como também revela o grande amor de Deus pelo ser humano.
Até a
vinda, crucificação, morte, ressurreição e ascensão de Cristo diz respeito da
jornada de Deus até o homem. A paixão de Cristo abriu ‘o caminho’ até o Pai,
pois o Véu da Separação se rasgou do alto a baixo (Mt. 27:51-53).
Quando o israelita comparecia diante da ampla
porta precisava atender pelo menos três condições: (1) ter em si um coração
arrependido pelo pecado cometido com disposição para mudanças; (2) ter uma
oferta viva (animal) à mão e (3) ter fé no que estava fazendo. Aquela oferta
(rolinha, cabra, cordeiro, carneiro ou novilho) que seria sacrificada (morta
pela sua mão) iria receber os seus pecados e o substituíria na morte por causa
dos seus pecados cometido. Caso fizesse o sacrifício sem entendimento, sem arrependimento
e sem fé, a vítima terá morrido em vão e o Senhor não aceitava a substituição;
assim o israelita permaneceria nos seus pecados. Muitos estão hoje vivendo essa
realidade: quantos não reconhecem que são pecados e outros estão seguindo a
Deus sem entendimento do que estão fazendo e outros ainda não vivem pela fé a
Graça de Deus, mas por aquilo que podem receber.
Neste
texto pretendemos analisar a obra de Deus no homem, iniciada na ‘criação’ do
homem, que não se encerrou no Éden, mas continuou e continua ainda acontecendo
hoje. Faremos uma analogia tentando explicar o plano de Deus para essa
transformação no homem arrependido; para isso utilizaremos os objetos e figuras
que simbolizam e tipificam as realidades espirituais existente no Reino de Deus.
1)
A Queda do homem.
Precisamos explicar
porque os israelitas deveriam comparecer ante a Porta com uma vítima e
sacrifica-la perante o sacerdote.
O texto de
Gênesis 1-3 informa como aconteceu a queda do primeiro Adão. No Jardim do Éden Adão
recebeu a imagem de Deus (Gn. 1:26; 2 Co. 3:18). Deus ordenou a Adão que não comesse do fruto
da ‘árvore do conhecimento do bem e do mal’, porque se dela comesse morreria
(Gn. 2:17): “Porque no dia em que dela
comer certamente morrerá”. Adão desobedeceu e comeu, juntamente com sua
mulher. Eva ao conversar com a serpente no Jardim do Éden recebeu daquilo que
estava na serpente, a saber: o espirito de rebeldia e oposição a Deus, gerando nela
o pecado e convenceu seu marido a comer também. Logo, a Lei de Deus era: “a alma que pecar essa morrerá” (Gn.
2:17; Ez. 18:20a; Rm. 3:23); mas, eles permaneceram vivos, porém foram punidos
temporariamente até que a justa condenação viesse na plenitude dos tempos e o
sacrifício perfeito ocorresse para redimir completamente a humanidade. Adão interrompeu
os planos do Criador quando O desobedeceu e foi expulso da presença da presença
de Deus. O Éden era o lugar de sua experiência com Deus era naquele lugar
através de relacionamento com Deus que a ‘semelhança’ prometida seria acrescentada.
A partir dali a humanidade (אדם-’adam) vem sendo redimida por Deus por
meios de processos de transformação que envolve (1) a Palavra de Deus, o
Evangelho com sua mensagem que esclarece o caminho da Salvação (Jo 5:39); (2) o
Espirito Santo, pois é Ele que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo
(Jo. 16:8-10) e (3) as circunstancias e situações da vida que nos ensinam a
viver com Deus (Gn. 31:38-42).
A consequência do pecado não foi removida de
sobre eles e por serem os únicos representantes da espécie humana, o mal passou
às gerações futuras, ‘porque todos pecaram’. Logo, vivemos na carne as consequências
da Queda, que são: as doenças, o envelhecimento e a morte. E na alma, uma
natureza contraria a vontade de Deus que não tem desejo natural de obedecê-Lo e
o nosso espirito se tornou inoperante e insensível à voz de Deus. Mas tempo da
perfeita expiação chegou por Jesus Cristo quando se realizou perfeita expiação e Deus foi propiciado de sua ira por causa dos
pecados da humanidade de forma definitiva (Jo. 3:16, 17). Sobre expiação e
propiciação falaremos nas próximas lições.
Por amor ao
homem, Deus adiou a sentença de morte; somete aplicou severas correções,
aplicando severas punições aos envolvidos e expulsou-os de sua presença, mas
não sem antes dar-lhes oportunidade de se reconciliar e providenciou-lhe um
meio de salvação (Gn. 3:13-23). Deus fez-lhe veste; isto significa que uma vítima
inocente foi sacrificada. (Esse sentimento de Deus está claramente expresso no
Evangelho de João 3:16, 17). Jesus Cristo se entregou sofrendo a punição em
substituição à sentença de morte imputada no Éden; derramando seu sangue por
três vezes (no Getsêmani, nos açoites e coroa de espinhos e na crucificação)
para resgatar o pecador. Jesus Cristo morreu na cruz pela humanidade em
substituição ao homem e assim ‘apaziguou’ a ira de Deus e trouxe a paz entre
Deus e o homem.
A carta aos
Romanos afirma: “porque o salário do
pecado é a morte, mas o dom gratuito (a graça) de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm.
6:23). Permanecendo a “paciência” de Deus em punir o pecador ficou
estabelecido: “Deus o ofereceu (Jesus) como sacrifício para propiciação mediante
a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça. Em sua tolerância (paciência), havia deixado impunes os pecados
anteriormente cometidos” (Rm. 3:25- NVI. a.m.). Assim Jesus foi oferecido
por Deus em substituição ao pecador, configurando a justiça de Deus baseada no
amor.
2)
O
arrependimento no Velho Testamento.
No
hebraico a palavra arrepender-se (שוב - shuwb) significa 'converter-se’,
‘retornar’, num sentido prático e não de palavras (Is. 55:6, 7). O
Arrependimento que não resulta em mudança prática é apenas um sentimento de
pesar.
Os
israelitas arrependidos ofereciam vítimas viva como substitutos ‘por suas
vidas’, precisavam sacrificá-los na presença do Sumo Sacerdote e ao lado do
Altar do Sacrifício. Era uma vida por outra, pois o Senhor havia dado o ‘sangue’, cuja vida (ou alma)
estava no sangue: “Porque a vida da carne está no sangue. E
esse sangue Eu o tenho dado a vós, para cumprirdes o ritual de expiação sobre o
altar, pelas vossas vidas; pois é o sangue que faz expiação pela vida”
(Lv. 17:11 - KJA). Porque segundo a Lei,
quase tudo se purificava com sangue e “sem
derramamento de sangue não há remissão de pecados” (Hib. 9:22).
Logo, o sangue do cordeiro morto expiava o pecado quando era
derramado sobre o Altar do Sacrifício feito de madeira de acácia revestida de
bronze; assim, a presença do pecador junto à Porta da Tenda, sem cordeiro
(oferta) à mão, não tinha sentido para a salvação, pois configurava alguém que
ainda ‘permanecia nos seus pecados’ e orgulhoso de si (Jo. 9:41; 15:22, 24).
3)
Arrependimento no Novo Testamento.
O NT
começa com um alerta do profeta João Batista: dizendo: “Arrependei-vos, porque
é chegado o Reino dos céus”. (Mat. 3:2.). No NT a palavra grega (μετανοια) ‘metanoia’ significa
‘mudar de pensamento’, ‘mudança de mente’ que levasse a mudança de comportamento.
Por isso João Batista insistia que para entrar no Reino de Deus, que se
aproximava, era necessária certa ‘mudança de mentalidade’ que levasse a mudança
de pratica. Pois, arrependimento que não leva a mudança de comportamento é
orgulho.
4)
‘Segundo a nossa semelhança’ (Gn.
1:26a).
Outro propósito na Criação de Deus foi que Ele
queria ‘fazer’ o homem ‘conforme sua semelhança’: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança
[...]” (V.26a - g.m.). “e
criou Deus o homem à sua imagem; à
imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (v. 27a - g.m.). Observe
que ‘segundo a nossa semelhança’ não aparece no versículo 27, só aparece ‘criou
Deus segundo a sua imagem’. “e vos
vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele
que o criou (Col. 3:10) “Portanto,
todos nós, com o rosto descoberto, refletimos a glória que vem do Senhor. Essa
glória vai ficando cada vez mais brilhante e vai nos tornando cada vez mais
parecidos com o Senhor, que é o Espírito” (2 Co. 3:18). “Imagem não tem a
ver com aparecia física, inteligência ou eternidade, pois tudo isso tem os
seres celestiais (diabo e anjos), mas nos dispositivos morais da alma (Ec.
7:29), mas somos informados de uma renovação segundo a imagem de Deus em
conhecimento, justiça e verdadeira santidade” (Cl 3:10; Ef 4:23, 24) (JFB. Vol.
1. p.18).
A ‘semelhança’ deveria ser ‘conforme’ um
exemplar humano que haveria de ser revelado (1 Jo. 3:2). Assim, não é algo que naquele momento deveria
ser ‘formado’, isto é ‘feito’ com as mãos’,
mas ‘sendo manufaturado’ conforme (1) o exemplo manifesto na obra vicária de
Cristo e (2) pela ação do Espirito Santo; (3) também deveria ser desejado,
buscado e respeitando o principio do livre arbítrio; envolvendo a fé e prática
diária em comunhão com Jesus, o alimento diário. Portanto, “Seguindo a nossa semelhança” não é recebido simplesmente por ‘imposição
de mãos’ ou no ‘derramar da unção ’ com azeite.
Veja o significado de ‘imposição de mãos’ e ‘unção com azeite' neste
estudo.
O israelita diante da Porta de linho torcido
tingida tipifica a condição do homem diante de Deus: Ele era um pecador que se não
arrependesse e não tivesse um substituto pela sua alma seria condenado. O
homem diante da ampla porta de tecido de linho torcido tingida nas cores azul,
púrpura e carmesim nos mostra a posição do homem orgulhoso diante de Deus; Deus
oferece a salvação (o linho em cores) pela Graça (a ampla porta) para o homem
que ‘carece de sua glória’, ou seja, que está sem salvação, consequentemente já
está condenado.
5)
O
caminho.
‘Havia
três passagens (portas) no Tabernáculo. A primeira, da qual já mencionamos;
dava acesso ao Átrio, conhecida como ‘O
caminho’; a segunda dava acesso ao Santo Lugar, chamava-se ‘A
verdade’ e a terceira dava acesso ao Lugar Santíssimo, o Véu da separação,
chamavam-na de ‘A vida’. (Jo 14:6). Também
havia três altares: Altar de bronze (ou Altar do Holocausto ou Altar do
Sacrifício) localizado no Pátio, área das vítimas vivas, as ovelhas (pecadores),
Altar de Incenso, ficava no Santo Lugar, áreas dos consagrados e purificados e
o Propiciatório ou Trono de Misericórdia (KJA), colocado sobre a Arca da
Aliança no Santíssimo Lugar. Sobre o ministério desses altares e sua relação
com a natureza do homem analisaremos ao longo deste estudo.
Inicialmente, entrava-se pela ampla porta que
fala de Cristo e revela ‘o caminho’ a seguir, para resolver a situação do
pecador diante de Deus. No Átrio, palco de decisões individuais, sacrifica-se
junto ao Altar do Sacrifício (Cristo-salvador) e lavava-se na Pia de Bronze (Cristo-purificador)
na presença do Sumo Sacerdote (Cristo-Mediador), entregando-lhe ‘a vida’
completamente (o cordeiro) que morrendo para o mundo e vivia para Deus: “Rogo-vos,
pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em
sacrifício vivo[1], santo e agradável a
Deus, que é o vosso culto
racional” (Rm. 12:1). Nos evangelhos, esse caminho, são as condições
imposta por Jesus para entrar no Reino de Deus: vender tudo, deixar tudo e
perder a vida[2].
6) A porta.
Dimensões: 20 x 5 côvados=100cv2, um côvado equivale a
0,50 cm. Havia uma única porta, bem ampla, feita de tecido de linho e bordada
em três cores. As mulheres talentosas compareceram e bordaram no tecido de
linho branco torcido, com fios de cores azuis, púrpura e carmesim (ou
escarlate). Cada uma dessas cores anunciava Cristo.
O pecador arrependido ao passar pela
porta maravilhosa refletia que cores seriam aquelas, o significado daquela
beleza.
7)
As cores
Branca, azul, púrpura e Carmesim.
As cores bordadas na cortina da porta falam do
ministério de Cristo apresentado nos quatro evangelhos, a saber: Jesus, o Salvador
(Lucas); Jesus, o Rei (Mateus); Jesus, o Servo (Marcos) e Jesus, o Filho de
Deus (João).
·
O branco apresentava
Jesus Cristo como o Filho do Homem, Sua pureza, santidade e perfeição
conquistada pela obediência. Representa o homem perfeito que agrada a Deus.
Revela a brancura (pureza e perfeição) do crente diante de Yahweh, que tudo julga
e vé, proporcionada pela purificação realizada do sangue do Cristo. A carne
se revestindo de santidade para apresentar-se a Deus e servi-lo.
·
O azul informava
Jesus como o Filho de Deus, Sua divindade (Jo. 1:1-4) e a presença do Espirito
Santo sobre Ele. O Azul representa: (veio do céu), no Evangelho de João
Jesus é apresentado como “Aquele que veio do céu”, o filho de Deus (3:13, 31). “Se
fez carne” (1:14). Em João 6:32, 33 é apresentado “como o pão que desceu do céu e dá vida ao mundo”. Mas não é
simplesmente isso: representa o Divino assumindo a forma humana e se propondo voluntariamente
levar sobre si os pecados da humanidade; por ocasião no batismo* de João
Batista*, até a completa redenção sobre sua cruz. A redenção se complementa com
os ministérios representados nas demais cores, púrpura e carmesim entrelaçadas ao
branco do linho. O fio azul mostra a nossa salvação do pecado pelo Salvador
perfeito vindo do céu o qual devemos segui-lo pelo caminho da fé e santidade, com
ele, até a presença do Pai.
·
A
púrpura fala da realeza vista em Jesus Cristo como Rei (Mc.
17:20). Aquele que recebeu toda a autoridade no céu e na terra (Mt. 28:18). Realeza
que Jesus-homem renunciou preferindo assumir sua missão de servo (Mc. 10:45). O
fio Púrpura indica-nos a missão do crente (que segue o caminho da fé) em servir
a Deus e ao próximo conforme o seu chamado.
·
O carmesim ou
escarlate lembra o ‘sangue derramado’; ‘o sofrimento do calvário’ para remissão
dos pecados da humanidade. Lembra o ‘servo sofredor’ de Isaías 53 que foi
castigado e levou nossos pecados (o bode emissário); lembra o Salvador do
mundo.
(Lc. 2:11; Jo.
4:42).
Todas aquelas
metáforas falavam de Cristo e sua jornada para resgatar o pecador, mas em certa
medida, devem ser formas vista no pecador; pois, a jornada de Jesus Cristo pelo
‘caminho do sangue’ até o Trono do Pai é também a jornada do pecador até a
presença do Pai, a ser seguida pelo ‘caminho da fé’ naquilo que o Cordeiro de
Deus realizou os fios Carmesins no linho torcido, são como trilhas de sangue do
Cordeiro que desceu do Céu (fios azul) para nos salvar e se entregou na cruz, morrendo
pela humanidade, mas ressuscitou voltará um dia como Rei
(fios púrpuras). Estas cores mostram ‘o caminho’ até o Pai.
Uma única porta ampla nos ensina sobre a
Graça de Deus que se abre amplamente para acolher a “todos aqueles” que queiram
entrar no Reino de Deus pela porta.
Cristo é a porta: “Tornou,
pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade,
em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas” (Go. 10:7).
As cores e os bordados eram muito atrativos
e muitos não queriam somente olhar (Cl. 19:1-5), mas tocar (Mc. 5:27, 28) e
outros, ainda de tão entusiasmado que estavam queriam gritar (Mc. 10:46, 47),
mas o fato é que todos que se aproximaram de Jesus receberam dele virtude e tiveram
sua vida transformada por Ele.
São
muitos que não querem entrar pela porta, porque ainda estão com uma venda nos
olhos e não consegue ver a beleza da porta maravilhosa: “Em verdade, em verdade vos digo: quem não entra pela porta no aprisco das
ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador” (Jo. 10:1).
Jesus categoricamente é porta de acesso ao santuário,
não existe outro caminho ou pessoa. Qualquer outra entrada não leva ao Pai e
consequentemente não leva a salvação:
“Respondeu-lhe Jesus:
Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por
mim” (...) “Eu lhes dou a vida eterna,
e jamais perecerão; e ninguém as arrebatará da minha mão” (Jo 14.6, 28).
Naquela porta não havia
um Querubim impedindo a entrada (Gn. 3:24); nem mesmo bordado no tecido da
porta. Como havia no Jardim do Éden ou como havia no Véu da separação entre o
Lugar Santo do Santíssimo. A porta ampla apenas informa: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem
de vós, é dom de Deus” (Ef. 2:8).
O propósito de Deus Pai é nos tornar semelhante a Jesus, no
seu caráter e no seu Espírito. E fará isso por meio de um processo chamado de Novo
Nascimento. O entrar pela porta que é Jesus é o início dessa jornada que
terminará diante do Pai. É necessário irmos a Cristo para que possamos entender
as coisas celestiais (João 3:12) que será revelada; ou seja, para que possamos
andar no Espírito haverá necessidade de Novo Nascimento, desta vez “não do
que é terreno, mas do que é celestial” (I Co 15:47-49).
8)
Considerações
finais.
Observando-se
aquele painel/porta de 25m2 em sua frente o pecador arrependido
admirava o bordado e refletia o que seriam aquelas cores. O mesmo acontece
quando olhamos para o horror da cruz e refletimos porque um homem inocente
morreu por uma sentença de criminosos. Aquelas cores representa o processo de
transformação que o crente irá percorrer. Na entrada ele observava, de certa
forma, ‘o mapa para sua vida’. Para chegar à presença de Deus requer santidade
e perfeição, uma vida afastada do pecado (o branco); pegar sua cruz e seguir
Jesus, morrer juntamente com Cristo (o carmesim/escarlate); passar a viver no
espirito como filho de Deus (o azul); para que possa andar com Deus e viver uma
vida de glória em glória (a púrpura). Ao olhar aquelas cores podemos ver o caminho que o Senhor
Jesus passou para chegar à presença do Deus vivo. Porque este também será nosso
caminho, será nossa via cruzes: o caminho
do sangue Jesus percorreu disponibilizando a salvação para os que cressem. Ele é o
caminho da fé para ser salvo por Ele.
Questionário.
De forma resumida explique:
1.
A Queda do homem.
2.
Fale sobre arrependimento no VT e NT.
3.
O que é “conforme a nossa semelhança”?
4.
O significado da cor púrpura.
[2]
Mt. 13:46, 19:27, Mt. 10:39, 16:26.
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