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A ESCRAVIDÃO NA BÍBLIA.

Este texto e parte integrante  de um artigo maior postado neste blog: A TEOLOGIA PRESENTE NOS DISCURSOS DA IGREJA CATÓLICA       NO FIN...

23/11/2019

A ELEIÇÃO CONDICIONAL E O PENTECOSTALISMO


A ELEIÇÃO CONDICIONAL E O PENTECOSTALISMO

                  INTRODUÇÃO

             Este texto trata de duas doutrinas bíblicas a “Eleição e Predestinação”; temas que foram muito discutidos entre os reformadores. E claro, que até hoje ainda existe divergências entre os protestantes sobre estes assunto,  divergencia esta que não vamos tratar aqui.

Este artigo trata também da natureza da evangelização pentecostal relacionando com a eleição e a predestinação e por fim, como a  oração e sua eficácia podem colaborar para a evangelização.

Uma das características do pentecostalismo é a livre interpretação da bíblia sem muito apego às regras da hermenêutica bíblias. Especialmente porque se espiritualizam por demais os textos. Exemplo bem simples é o texto de Ezequiel 28, o "vale de ossos secos" é o povo de Israel,  o qual na interpretação livre ganha outro sentido e aplicação e  pode se visto como qualquer problema relacionado à vida cotidiana do crente, e que Deus deseja restaurar.  

No entanto, a interpretação livre pentecostal não tem qualquer conflito com as principais doutrinas essenciais das Escrituras e para a unidade do Corpo de Cristo.     Os primeiros missionários pentecostais tinham ótima preparação doutrinaria e formação teológica (2 Tm. 3:17) graças ao grande numero de seminários e universidade teológicas existentes na América do Norte e Europa. 

O pentecostalismo Clássico do inicio do sec. XX encontrou a Teologia em sua forma final; não foi como os reformadores que tiveram refazer a teologia existente idealizada pelos teólogos e liderança da Igreja Católica. O pentecostalismo apenas teve que enfatizar as operações do Espirito Santo como o (1) Batismo do Espirito Santo e os (2) dons do Espirito como ferramentas ao crente e a (3) necessidade de empreender missões mundiais. 


O pentecostalismo sempre esteve presente de alguma maneira, em alguma parte nas Igrejas, mais precisamente em lideres e pregadores.   Não era um movimento como o do inicio do Séc. XX iniciado no inicio nos Estados Unidos que se espalhou pelo munto, incluse no Brasil, mas certo tipo de avivamento local do dons do Espirito  que se traduzia em reformas e mudanças na vida pratica da igreja local.  Apartir do séc. II  o movimento o Espirito Santo iniciado no dia de Pentecostes, meio que foi perdendo força devido as perseguiçoes romanas (até inicio do séc. V), disputas doutrinárias e eclesiasticas (os  Concilios). O tempero da igreja nao estava no mover do Espirito, mas na resistencia  às heresias e aos inimigos da igreja.  Os dons espirituais muitas vezes era visto como heresia, porque era praticado entre as concideradas seitas, como o Montaqnismo, por exemplo.  Sobre este assunto carecia de uma investigaçao mais apurada e um artigo separado. 
O Movimento pentecosntal estava presente entre os Reformadas e  protestantes discidentes como os anabatistas.  Os anabatistas acreditavam que  “as Escrituras como a autorizada Palavra de Deus e pelo Espírito Santo o guia infalível para conduzir o homem à fé em Cristo e guiá-los na vida de discipulado cristão".  Assim como tambem, criam que a pessoa tem  livre arbitrio em crer em Deus  e não na escolha incondicional de Deus.
O formalismo religioso e insinceridades eclesiásticas era um obstáculo para qualquer sinal de vida espiritual. O pietismo aparece na Europa nesse contexto. Idealizado por  Fillipp Jakob Spener (1635-1705), o ‘pai do pietismo’, certo ministro Luterano,  que ajudou a fundar a Universidade de Halle e desenvolveu reformas na vida pratica da igreja e na teologia reformada. Mentor dos pequenos grupos de estudo como era comum entre os pietistas; mais tarde este sistema seria melhor organizado pelo metodismo de  John Wesley.  O pietismo  fez mudanças profundas na vida religiosa nas Igrejas da  Europa, inclusive entre os Morávios. Pioneiros na evangelização mundial;  foram os missionários morávios que influenciaram profundamente a vida e o ministério de John Wesley e seu perfeccionismo arianismo.  Noll (p.241) afirma que “As influencias que se irradiaram a partir de Halle,  Wurttemberb e os Morávios afetaram profundamente o protestantismo em toda a Europa e no Novo Mundo”. Nas ilhas Britânicas o Metodismo dos Wesley e de  George Whitefild (1714-1770) ajudou a espalhar ‘O Grande Despertar’ nas Ilhas Britânicas.  Nova Inglaterra e colônias inglesas na América também. 
  

1.     O REAL SENTIDO DE ELEIÇÃO

 A salvação tem sua  iniciativa em Deus em direção ao homem e só pode ser entendida a partir de Jesus Cristo. A salvação para ser compreendida  realmente  é preciso crer que ela ocorreu e como foi realizada na historia. Por isso não podemos separar cristologia e soteriologa. Somente pela experiência com Deus  não podemos dizer que o conhecemos e conceitua-lo, porque toda a experiência humana é um fenômeno captado pela percepção e pelo  pensamento. Será que Deus pode ser objeto de experiência humana? Toda a experiência de Deus consiste em estarmos voltado para Ele no querer conhece-lo e num querer concreto. Esta vivencia se tematiza em conceitos orientado pelo próprio Deus. De fato Ele é o hermeneuta de nossas interpretações.  Mas o que isso tem a ver com Eleição? A eleição é uma dessas interpretações interiores que fazemos, resultado de  nossa relação com Deus. Ele mesmo traz a lume que somos eleitos: “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm. 8:16).

Caixa de texto: • No Novo Testamento grego o termo ‘eleito’ vem do grego “ ‘εκλεκτός’, ή, όν(eklektós, é, ón), escolhido, eleito, selecionado; aparece nos seguintes textos:  Mt 22.14; 24.22, 24, 31; Lc 18.7; 23.35; Cl 3.12; 1 Tm 5.21; 2Tm 2.10; 1 Pe 2.9; 2 Jo 1, 13. ‘Escolha’ aparece em:  1 Pe 2.4, 6 ”. 
• Εκλέγομαι (eklegomai) escolher, selecionar Mc 13.20; Lc 9.35; 10.42; Jo 15.16; At 15.22, 25; Ef 1.4; Tg 2.5. Em Lc 6.44 έκλ. é v.l. de συλλέγω 
• O termo ‘eleição’ εκλογή, ής, ή (eklogé, és, é) seleção, escolha, eleição Rm 9.11; 11.5, 28, 1 Ts 1.4; 2 Pe 1.10 (Danker, 68).









Paulo de Tarso recebeu estas comunicações  do Espirito assim:  (...) nos elegeu nele antes da fundação do mundo (...) nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo (...) nos fez agradáveis a si no Amado. Nele (...) quem fomos feitos herdeiro (...) Com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo” (Ef. 1:4-6;11,12-grifo meu).  A hermenêutica que Paulo recebeu do Espirito era toda inclusa em Cristo; foi a sua experiência o levou a isso. Essa convicção interior de eleição em Cristo é somente para “nós os que primeiro esperamos em Cristo”. Os que não têm ainda essa convicção precisam ouvir: “ Sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus (1 Tes. 1:4). E ainda outros precisam ser exortados: “Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis” (2 Pe. 1:10). Logo, os eleitos são os que já estão convictos de sua salvação em Cristo; são os salvos. Em Marcos 13:20 Jesus faz uma distinção entre ‘toda a carne’ e os ‘eleitos escolhidos’ dentre todo mundo. Outra vez Paulo conclama os colossenses a se verem como eleitos de Deus: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade” (Cl. 3:12 – grifo meu).  É assim que todo cristão deve ver a questão da eleição. 
Segunda maneira de ver a eleição: considerando que ninguém merece ser salvo (Rm. 3:23) e que a justificação  é gratuita pela graça de Deus na redenção que há em Cristo Jesus’ (v.24) e acontece no crente que tem fé no sangue de Cristo (v.25); portanto,  a salvação ‘é dom de Deus, (e vem) por meio da fé’ (Ef. 2:8) e assim ‘estamos sendo edificados  para morada de Deus no Espirito’ (v.22). Logo, a eleição não abole a necessidade da evangelização, ou seja, a necessidade de ouvir e crer no Evangelho e confessar Jesus como Salvador (Rm. 10:9-11).  Saber quem são os  eleitos é  prerrogativa e assunto de Deus, e não do Homem. Só Deus sabe quem é.  Alguns se apoiam na  ‘eleição incondicional’  baseado no texto de Romanos 9:11-24), porém o texto continua até o verso 30. Há aquele escolhido por Deus como Jacó em vez de  Esaú, assim como há um ‘povo que não era povo’ que vieram pelo Evangelho que foram  “eleitos segundo a presciência  de Deus (...) que nos gerou de novo para uma viva esperança...”(1 Pe. 1:2a). Estes ‘estrangeiros’ para quem Pedro escreveu são: “Chamarei meu povo ao que não são meu povo (...) aí serão chamados filho do Deus vivo” (25a,26b). 
‘Os gentios alcançaram a justiça que vem pela fé’, enquanto ‘os judeus não alcançaram a justiça’ porque ‘fizeram pelas obras da Lei’.  A resposta está na graça e na fé agindo juntos: “(...) e todo aquele que crer nela não será confundido’ (v.30b) (Jo. 3:18).  A eleição baseia-se no exercício da graça e da misericórdia do Deus soberano, não no mérito de quem quer que seja. 
A doutrina da ‘eleição incondicional’ afirma que Deus determinou salvar algumas pessoas.  Mas não é isso que as Escrituras afirmam: Deus deseja que todos sejam salvos (1 Tn, 2:4; Jo. 3:16; Lc. 6:36 ).
A eleição divina e a salvação pela fé são duas verdades paralelas nas Escrituras que precisam ser aceitas pela fé. A primeira pertence a soberania e presciência de Deus em saber quem são os eleitos a segunda é a vem da necessidade de a pessoa crer para ser salvo. E, muitos são os que optam por rejeitar a verdade que lhe é anunciada, assim continuam nos seus pecados separados de Deus (Jo.3:36; 8:24;  8:34; 15:22,23; Rm 8:8;  2 Ts. 1:5-12; 2 Ts. 2:5-8).

2.     O REAL SENTIDO DE PREDESTINAÇÃO

No Novo Testamento há três palavras coirmãs: Eleitos, chamados e predestinados. No chamado envolve a vontade humana, a livre iniciativa  em atender ao apelo de Deus.  Chamado significa ‘ser despertado, ‘fazer levantar’, ‘acordar no sono’, mas também o sentido de ‘ser convocado para uma festa ou para uma função’. “Muitos são chamados, mas poucos escolhidos”. “Cumpra o seu chamado”. Na predestinação é a vontade de Deus que prevalece: ‘Ele nos predestinou’ para a salvação, cujo alvo é o céu; e, para sermos conforme a imagem de seu Filho (Rm. 8:28-30; Ef. 1:5,11; Fp. 3:20,21)

3.     A NATUREZA ABRANGENTE DA EVANGELIZAÇÃO

Em 1 Tm. 2:3-6 está escrito: “...Deus deseja que todos sejam salvos e deseja que cheguem ao pleno conhecimento da verdade... Cristo Jesus, homem o qual a sim mesmo se deu em resgate de todos”.  Strong (3956) afirma que a palavra ‘todos’ (gr. ‘Pas’) significa  tanto ‘cada um, como todos e tudo’, porém não no sentido completo. Exemplo: “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judeia”. É claro que nem todos todos de Jerusalém e todos da Judeia estavam lá!  Strong ainda exemplifica afirmando que “As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentios, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)”.  Logo, como diz o louvor:  “de todas classes, povos e línguas muitos virão te adorar...”.  Não vamos no iludir com a ideia de que podemos ganhar o mundo para Cristo e que todos serão salvos. Assim o "mundo tomará" conhecimento de Cristo e virá a crer se  cada um fazer a sua parte; começando com a sua família, no bairro e depois na cidade. Outra forma é o engajar em um trabalho missionáriao. Procure o líder de evangelismo da Igreja e some força para o trabalho missionário. Estude missões e se prepare no estudo da Palavra.

4.     A ORAÇÃO QUE MUDA AS COISAS

Nossa relação com Deus começa com oração. Orar é falar com Deus, mas parece que isso é um tabu a ser vencido por muitos crentes. Qual é o segredo para uma oração vitoriosa? Aquele que ora muitas horas? Eu diria que é o quanto nossas orações estão de acordo com o principio de oração. Se observarmos a oração do “Pai Nosso”, um modelo de oração ensinado por Jesus verificarmos o quanto nossa oração está fora do principio de oração.
Pai Nosso – Jesus mudou a forma de se dirigir a Deus. No Novo Testamento Deus é pai. Amoroso, humano, sensível, cuidador, etc. Não é só meu pai ele é ‘nosso’, meu e seu, estamos juntos na mesma família.
que está no céu –
santificado seja o teu nome – a oração deve ter adoração: “como seu nome é santo”. Santificar o nome é coloca-lo acime de qualquer outro nome.
Venha a nós o vosso reino -  expressa o desejo de ter o governo de Deus. ‘Venha a nós’ – o reino não é só para mim, mas para nós.
Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu – eis um ponto extremamente importante. A vontade de Deus! Vontade feita onde? Em mim, em nós. O desejo que a vontade seja feita em nós da mesma forma que é realizada no céu, me faz pensar em extrema submissão e dependência de Deus e obediência aos seus mandamentos. Isso me leva a orar mais e mais. A buscar a Deus diariamente. ‘Como é feita no céu’ – já se perguntou como ele é feita no céu ?
‘Perdoa nossa ofensas, assim como...’ – reconhecimento que pecamos igual aos outros e por isso também perdoo meu próximo. ‘Nossas ofensas’... a quem nos tem ofendido’. Pedir perdão e oferecer perdão. Muitas orações são broqueadas porque falta perdoar alguém.
Não nos deixes cair em tentação – significa que não somos impecáveis, por isso precisamos de Deus para nos livrar das tentações. Traduz um interesse de melhoria da santidade. Muitos oram, mas não querem mudança de vida. Então Deus não ouve. ‘mas nos livra do mal’ – o mal esta sempre ao redor, e muitos em vez de resistir ao diabo anda abraçado com ele.
‘Porque teu é o poder e o reino e a gloria para sempre’. Por que? O poder é de Deus e não podemos assumir seu lugar, devemos deixar Deus ser Deus. ‘O Reino’ não é o diabo que manda. Oram a Deus, mas tudo quanto é desgraça atribui ao diabo. Deus está governando até quando tudo vai mal. ‘A gloria para sempre’. No principio de oração é preciso crer que Deus tem poder, que governa, é que a gloria ele não divide com ninguém. Amém.

Fonte de consulta: 

BERGSTÉN, Eurico. Teologia sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
BIBLIA NOVA VERSÃO INTERNACIONAL (NVI). São Paulo: Vida, 2003
BIBLIA SAGRADA, N.T. Ed. Revista e Atualizada. Barueri : SSB, 2007.
CAIRNS, Earle E. O cristianismo através dos séculos, 3ª. Ed. São Paulo: Vida Nova. 2008.
CHAMPLIM, R.N. Novo Testamento interpretado. São Paulo: Milenium. Vol.3. 1986.
CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia, teologia e filosofia. 10ª. Ed. São Paulo:        Hagnos, Vol.    01, 03,   2011.
 EVANS, Tony. A promessa. São Paulo. Abba. 2001.
GINGRICH, F. Wilbur. DANKER, Frederick W;    Lexico do Novo Testamento Grego/Portugues (Trad. Julio P. T. Zabatiero). São Paulo: Ed. Vida Nova, 1979
LLOYD-JONES, M. Os puritanos: Sua origem e seus sucessões. São Paulo: Ed. Pes. 1998.
NOLL, Mark A. Movimentos decisivos na historia do cristianismo (trad. Aldri S. Matos).         São      Paulo: Ed. Cultura Cristã, 2000.
STRONG. LL.D.,STD James. Strong Concordância Exaustiva. São Paulo: SSB, 2002.        
TOKASHIKI, Rev. Ewerton B. O arminianismo de John Wesley, disponível no site:             http://www.monergismo.com/textos/arminianismo/arminianismo_wesley_tokashiki.ht      m, visto em 24/04/2017.
WESLEY, John. Explicação clara da perfeição cristã. Imprensa Metodista, 1933.            Disponível no site: https://www.whdl.org/sites/default/files/            publications/john_         wesley-explicacao_clara_da_perfeicao_crista.pdf , visto em           25/04/2017.


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