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DESTAQUE

A ESCRAVIDÃO NA BÍBLIA.

Este texto e parte integrante  de um artigo maior postado neste blog: A TEOLOGIA PRESENTE NOS DISCURSOS DA IGREJA CATÓLICA       NO FIN...

26/11/2018

A ORIGEM DO NOME: LÚCIFER.



ESTUDO DE PALAVRAS DA BÍBLIA.

As palavras 'diabo, satanás e lúcifer referindo-se ao "coisa ruim" se escreve com inicial 'Maiúscula ou minúscula'?


Resultado de imagem para A TENTAÇÃO DE JESUS  Em Mateus 4: 4 e 10 aparecem as palavras Jesus (Iêsous), diabo (diabolos) e Satanás (Satanã), assim como escrevi. diabo com 'd', porque é um substantivo concreto. Já Jesus e Satanás são substantivos próprios. Já a palavra Lúcifer vem do latim (lux= luz + ferre= trazer) trazer luz ou produzir luz, comumente erroneamente traduzido por 'anjo de luz' . São Jeronimo ao traduzir a Bíblia do grego para o latim usou essa palavra para traduzir 'hêlêl' ( הֵילֵ֣ל - um brilhante) de "brilhante filho da alva" em Isaías 14:12 e 'estrela da manhã' em 2 Pedro 1:19; cuja palavra é 'fosforos (φωσφόρος - que trás a luz) no latim:lucifer. Aqui está correto para o latim; mas sendo que nenhuma dessas passagens se refere 'literalmente' a Satanás. A primeira é uma interpretação do texto que 'supõe' estar falando de Lucifer e a segunda se refere em receber a palavra profética no coração como aquilo que traz luz ao interior do homem.

Se convencionou, portanto, chamá-lo de Lucifer por tradição católica. Sendo assim, não consta esse nome como substantivo próprio nos originais. 






O IDIOMA QUE JESUS DE NAZARÉ FALAVA



O IDIOMA QUE JESUS DE NAZARÉ FALAVA

           
Por Jose Maria V. Rodrigues.
Qual era o idioma que Jesus de Nazaré ensinava? Parece estranho essa pergunta, porque sabemos que em Israel se falava hebraico, inclusive até hoje. Mas você sabia que Jesus não se comunicava com os discípulos e com outras pessoas falando hebraico? Nem mesmo quando ensinava  e conversava com o povo da Galileia? Foi com as pessoas mais humilde que Ele passou toda a sua vida na terra. Logo qual era o idioma que aquelas pessoas ao redor do Mar da Galileia falavam? Identificar o idioma que Jesus falava não é uma tarefa fácil e requer um estudo detalhado. Porque na Palestina (Judéia, Samaria e Galileia e região) falavam-se, no tempo do Novo Testamento, quatro (04) idiomas diferentes. E Deus usou todos esses idiomas para se revelar aos homem e transmitir-lhe toda a sua vontade. Naquele tempo, aquela região já tinha sido dominada por três (03) grandes impérios diferentes, a saber: o Babilônico, o Persa e o Grego e, nos dias de Jesus, o Romano. Cada invasor impôs sua língua e deixou suas marcas culturais na região.  Hoje em Israel se fala o Hebraico moderno, resgatado pelo movimento sionista, oriundo daquele hebraico antigo, falado pelos hebreus antes do cativeiro Babilônico que ocorreu entre 593-515 a.C. aproximadamente. 
     Os Patriacas (Abraã, Isaque e Jacó), durante sua permanência em Canaã e depois, seus descendentes,  no Egito, por quatrocentos (400) anos, receberam ainfluencia da língua Cananéia. Durante a peregrinaçao por Canaã, depois da saída do Egito (Êxodo), consolidou-se um idioma, o qual veio a ser o Hebraico Antigo. Basicamente esse hebraico antigo era a lingua falada em Canaã. 
Não existe nenhuma narrativa no Pentateuco  de que havia alguma dificuldade de comunicação entre os cananeus e os israelitas.  O idioma cananeu tem como raiz a família da língua semita e se desenvolveu ao longo dos séculos até gerar o idioma hebraico. Vamos entender melhor explicando cada passo do desenvolvimento.   

SUMÉRIO-ACADIANO-CAMITA
A família linguística para a Mesopotâmia, Canaã e Sinai é a Semita; da qual originou todos os idiomas da região da Ásia Menor. As primeiras línguas que se desenvolveu na Mesopotâmia, após a confusão das línguas (Gn 11) foram os idiomas sumério-acadiano (Gn 10:8-10) em cerca de 6 a 4 mil AC. Era a idioma falado pelos Caldeus e Arameus (Gn 11:22); possivelmente já com alguma evolução. Em Canaã se falava um idioma parecido que tinha origem no idioma fenícios ou dos Ugaríticos, povos que vivia no litoral norte do Mediterrâneo (atual Síria); com ligação com a língua semita com algumas variações; Semelhante às variações existente entre o Espanhol e Português por exemplo. A língua de Canaã (Cam) vem do Ugarítico. Abrão não teve dificuldade de se comunicar em Canaã, possivelmente pela semelhança entre as línguas dos caldeus com dos cananeus. Esse idioma Fenicio-Ugaritico só é possivel conhecer pelas escritas encontradas. Para maiores informaçoes sobre esse idioma acesse esse link:

O ARAMAICO.
            Abraão (c.2100 AC) na Caldeia falava uma língua conhecida como Sumério-acadiana (caldaico); uma evolução da língua suméria, falada ao sul da Mesopotâmia (hoje Iraque), também da família da língua semítica (Sem). Essa língua se desenvolveu na região ao longo dos séculos devido às muitas emigrações e conquistas da Assíria, situada ao norte, misturando-se e se  compondo com acadiano, como era comum naqueles tempos que o povo conquistado passasse a falar a língua do conquistador e devido a uma miscigenação de raças. A fusão destas línguas deu origem ao Aramaico Assírio-babilônico. 
 O Aramaico era o idioma falado desde o séc. XIV AC na Assíria e na Babilônia, mas tornou-se amplamente conhecido somente no séc. VIII AC graças aos mercadores assírios e babilônicos que circulavam pela região. Por ocasião do exílio babilônico (VI A.C.) os judeus ao passarem por lá, durante 70 anos, adotaram o idioma aramaico por vários motivos que lhes interessavam: por ser a língua local a qual facilitava a comunicação; pela flexibilidade e riqueza linguística e de vocabulário maior e melhor, bem diferente do hebraico que tinha um vocabulário pobre e de pouca flexibilidade verbais e adjetividade. Nessa passagem pela Babilônia, os judeus absorveram o idioma aramaico e passaram utilizá-lo, inclusive, adotaram o alfabeto aramaico na escrita. Com a escrita “Quadrática Babilônica” escreviam o idioma hebraico (hoje conhecido como hebraico antigo). Assim como utilizamos o alfabeto latim para escrever os idiomas europeus (Português, o Inglês e o Francês, por exemplo). Quando retornaram da Babilônia vieram falando o Aramaico, desta forma ouve a necessidade de traduzir os escritos do Antigo Testamento do "hebraico antigo" (aquele idoma procedente dos cananeus) para o aramaico. Durante a leitura, o orador, traduzia os escrito hebraico que estava lendo para o aramaico, porque esta língua passou a ser a língua recorrente na palestina do pós-exílio. Além disso, houve um fato anterior ocorrido na região da Galiléia.  Após a invasão Assíria sobre Samaria (722 AC), consequentemente cativeiro e desterro da população de Samaria para a Assíria, outros povos foram trazidos da Assíria para habitar a região da Samaria e Galileia (2 Rs 17:27, 28). Logicamente que esses assirio falavam aramaico e  povo  levado para assiria passaram a falar aramaico tambem. embroa a Bíblia nao fale de seu retorno. Possivelmente os samaritanos conquistados adotaram a cultura assiria definitivamene e aqueles que voltaram passaram a viver  em Judá, reino do sul.  
               A língua hebraica saiu de uso de entre a população israelita devido aos exílios e permaneceu restrita entre os rabinos, sacerdotes e nobres para a leitura da Torá (lei) que fazia todos os sábados nas sinagogas e no templo, havendo necessidade de traduzi-la para os mais jovens e indoutos..

A cadeia evolutiva da língua semítica:
Ugarítico
Acádio
Babilônico
Sumério
Fenícia - Canaã
Assírio
Aramaico
Medo-Persa
Hebraico 



Exemplo: Latim> Italiano > Espanhol > Português.

O IDIOMA HEBRAICO
            O Idioma original dos israelitas (o proto-hebraico) após a saída do Egito é um desenvolvimento do ramo da língua semítica originaria do norte-ocidental da Ásia Menor (Ugarite) que se escrevia com um alfabeto não pictográfico. Ela desenvolveu-se entre os Fenícios e povos de Canaã. Assim o hebraico falado pelos Israelita era a língua de Canaã.

TRANSIÇÃO DO DIALETO HEBRAICO PARA O IDIOMA ARAMAICO.
            Os patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó) e seus descendentes, na sua passagem pela região, de Canaã absorveram o idioma local e o conservaram durante sua estadia no Egito. Pela proximidade e comércio fluente entre Canaã e Egito conservaram o idioma entre eles e após sua saída do Egito (o Êxodo) e caminhada pelo deserto durante 40 anos consolidara-a como idioma oficial. Tambem desenvolveram uma escrita rudimentar (o proto-hebraico) sem vogais e não pictográfica. Durante a formação do Estado de Israel, o reino unido (Saul, Davi e Salomão) e reino dividido mantiveram o idioma; mas pelos idos do séc. VII AC passaram a ter mais contato com o Idioma Aramaico devido ao grande fluxo de mercadores do Oriente Médio: Síria, Babilônia e Assíria. Com crescimento das grandes potencias (principalmente Assiria) o Aramaico tornou-se um idioma internacional do comércio e da diplomacia (2 Rs 18:26-28). Apesar dessa influência da vizinhança os judeus conservaram o dialeto hebraico (2 Cro 32:18) até os exílios assírio (722 AC) e babilônico (605-586 AC) quando foram levados cativos e passaram a falar o Aramaico.
            Quando retornaram da Babilônia vieram falando o Aramaico, mas havia os nacionalistas e conservadores que restauram o dialeto hebraico por meio da leitura da Torá (lei) que fazia nas sinagogas e no templo após o exílio.
Como afirma Champlin (2010): “O Hebraico antigo, quanto a sua escrita, foi transformado e usado na literatura rabínica e revivido pelo movimento sionista já nos tempos modernos [...] . Nas páginas do AT o hebraico é chamado de ‘língua de Canaã’ (Is. 19:18 e Ne 13:24). Embora os hebreus seja um povo semita, seu idioma é tipicamente cananeu”. O termo hebraico para designar o idioma somente foi usado bem mais tarde por volta do séc. I AC por Bem-Ziraque" (CHAMPLIN, 2010, p.42)(grifo meu).

O IDIOMA GREGO.
A populaçao da região da Palestina falava o aramaico na época da chegada da dominação do império Grego comandada por Alexandre (336-323 AC) e proseguiram falando aramaico posteriormente durante a dominação pelos seus generais, a dinastias Selêucidas (323 – 64 AC) da Asia Menor e dos Ptolomeus do Egito. Por toda sorte os gregos queriam implantar a cultura helênica na região. Os Judeus foram irredutíveis e não se deixaram dominar pela forte presença helênica. Foi nesse período que surgiram os partidos ou seitas judaicos conservadores; primeiramente os Hasidins (no tempo dos Macabeus) e depois os fariseus que significa ‘separatistas’, os saduceus da ala dos Sacerdotes, Essênios, uma ala radical do judaísmo conservador e os zelotes,  que lutava pela libertação da Judeia de seis invasores. A revolta dos Macabeus e seus descendentes, os Hasmoneus, não foram suficiente para livrar-se da influencia grega entre os judeus, especialmente entre aqueles judeus da diáspora, porque reis gregos promoveram assentamentos de judeus no Egito e em outras partes oriental do Mediterrâneo com a condiçao de que adotassem a fala grega como idioma oficial;  e ainda Ptolomeu II (287-243 AC) traduziu a Torá do hebraico para o grego para facilitar a divulgação da língua grega entre o judeus. Enquanto dentro do território judaico conservaram o Aramaico e o hebraico rabínico fora do país os judeus falavam grego, conhecidos em Atos 6:1 como 'os judeus de fala grega'. Portanto, havia em Jerusalém grupos de Judeus que falavam grego, que residiam na cidade, possivelmente vindo de outros locais de onde foram grego de onde foram expulsos e perseguidos.  Foi para esses grupos de judeus, que viviam fora da Judeia (diáspora) , que o Apostolo Paulo desempenhou esforço para conquista-lo para Cristo.
O curto período em que os judeus ficaram livres dos seus dominadores (134-63 AC) a cultura grega já tinha influenciados os judeus fora do país, embora tivessem lutado até a morte para manterem-se puros dentro do seu território. Foi durante o tempo denominado de Peródo  Inter-bíblico ou Inter-testamentário (c, 430 AC a c.50 DC); ou seja, de Malaquias (430 AC) ao primeiro livro do Novo Testamento a ser escrito (Evangelho de Marcos) que houve forte presença grena na Palestina seguida pelos Romanos de fala Latim.

O IDIOMA LATIM
            Passados os 70 anos (134-63 AC) de paz na Judeia, porque os gregos deixaram o território, único período que os judeus ficaram totalmente livres de dominaçao após o exilio; eis que aparece os romanos na vida deles (63 AC), Então o Latim entra na região, como a língua dos conquistadores romanos.  Assim na época de Jesus de Nazaré, havia quatro línguas sendo falada na Palestina: Hebraico, Aramaico, Grego Kôiné e o Latim.
Qual dessas línguas Jesus de Nazaré fez uso para transmitir o Evangelho do Reino? Depois dessa longa dissertação já é possível saber? Mas vejamos.
Sabemos por algumas passagens dos Evangelhos que Jesus utilizou algumas palavras do idioma Aramaico para ministrar. Por exemplo:
Talita cumi (Mat. 5:41); Efatá (Mc. 7:34); Eli, Eli, lam sabactani (Mc. 15:34). Também devemos ressaltar que algumas partes do Antigo Testamento foram escrito em Aramaico, a saber: Ed, 4:6-8,18; 6:18; 7:12-26; Jr. 10:11. Isto evidencia que além do hebraico, o Aramaico foi utilizado para transmitir a vontade de Deus.
Se a lingua que Jesus ensino foi o ramaico, porque não foi utilizado escrever o Novo Testamento, e sim o Grego Koinê? Por uma  questão muito simples.  
Porque o idioma Grego havia se tornado a lingua internacional; falado ao redor do Mediterrâneo. O grego era um idioma melhor que o Aramaico, e portanto melhor para a comunicação das verdades Eternas. Com amplo vocabulário, verbalização, substantivos e adjetivos. Poderiam expressar todas as ideias transmitida por Jesus de forma clara, por isso  a lingua grega foi utilizada pelos Apóstolos para divulgar o Evangelho de Jesus Cristo. Outro fator muito importande foi que toda a região a ser alcançada pelo Evanelho da Salvaçao falava-se grego.  Da Babilônia a Roma  podia se comunicar falando grego. 
Assim  o Aramaico foi uma língua de ‘transição’ do Antiga para a Nova Aliança, utilizado pelo Messias para o anuncio do Evangelho (Boas Novas) para o mundo. O Aramaico já tinha sua influencia tornando-se uam lingua local  enquanto que o o grego era uma lingua internacional e portanto, foi utiliçao para divulgaçao do Evangelho pelos Apóstolos aos confins da terra. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS.
            Assim sendo, concluímos que mesmo passados cerca de 450 nos entre a saída da Babilônia e a vinda do Filho de Deus, Jesus de Nazaré, o Aramaica era a uma língua fluente nos territórios centrais da da Palestina, isto é ao redor do Mar da Galileia e em menor intensidade em Jerusalém onde estava centralizado o Templo, a comunidade sacerdotal e os lideres judeus. Ainda que os autores dos Evangelhos não tenham mencionados qual língua Jesus falava com seus discípulos e com a população foi o Aramaico, apenas apresentando algumas pistas, certamente o idioma Aramaico, acrescido de palavras hebraicas e gregas era a língua de comunicação do Evangelho por Jesus. Como afirma Champlim (2010, P. 255): “Jesus e seus discípulos falava o aramaico típico da Galileia”. Evidentemente que Jesus se comunicou com os professores da Lei, com os membro do Sinédrio Nicodemos e também com Poncíos Pilatos, assim como Rabino bem preparado sabia falar os idiomas das Palestina.
            O Hebraico ficou restrito entre os judeus de classe social mais alta (nobres, ricos, escribas e sacerdotes), porque nas sinagogas a leitura da Torá deveria ser lida em hebraico ou Aramaico, se esta já tivesse sido traduzida para o aramaico; mas se o livro estivese em hebraico deveria ser traduzida pelo orador ou interprete aos ouvintes
O idioma Aramaico suplantou o hebraico, e traduções do hebraico tornaram-se necessária. A principio essas traduções eram feitas oralmente, nas sinagogas; mas finalmente vieram a assumir forma escrita, nos targumins. Foi então que o aramaico tornou-se a língua comum do judaísmo pó-veterotestamentario podendo ser visto nos comentários judaicos, como a Mishnah, a Midrash e o Talmude” (CHAMPLIN, 2010, p. 255).
 
O Latim era falado entre os romanos e foi a língua de divulgação do Evangelho no norte da África e em grande parte da Europa onde o latim era conhecido. O Aramaico foi usado por Jesus Cristo para transmitir e divulgar o Evangelho do Reino. O Aramaico, embora presente, era mais popular na região norte da Palestina (Samaria, Galileia, Ituréia e Traconites, Decápois, etc.) e em toda a Mesopotâmia (Babilônia e Assíria). Depois de Cristo muitas igrejas cristãs da Asia Menor falavam o Siríaco, uma variante do Aramaico. Inclusive, existem muitos manuscritos do Novo Testamente escrito neste idioma. 

 Idioma falado nos dias de Jesus e utilizado por Deus para revelar seu plano ao homem.

 Hebraico
Aramaico
Latim
Grego
Sinagoga e templo
Língua popular da Palestina
Língua do Império Romano.
Influencia macedônia na Palestina e ao redor do Mediterrâneo.
AT: escrita e idioma dos hebreus;
Transição– divulgação do Evangelho do Reino por Jesus
Comunicação e divulgação do Evangelho na Europa.
Transmissão: Apóstolos e escrita do NT.
Recursos linguístico e internacional
 Para que a a lingua Hebraica não se perdesse no tem po   apos o seculol VI DC ,  rabinos da região de Tiberiades (Mar da Galileia) conhocido conhecidos como "massoretas"  acrescentara à Escritura sinhais consonantais que identificavam a tonalidade das vogais na escrita hebraica, aquela herdada dos babilônicos (quadratica babilonica) em que a maioria dos Escritos Sagrados já utilizavam aquele alfabeto.  Somente em tempos modernos  o movimento cionista resgatou a lingua hebraica  faladao atualmente em Israel.  

Bibliografia:
CHAMPLIN, R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. 10º. Ed. São Paulo: Hagnus, Vol                 01, pp.254-255.
CHAMPLIN, R.N.  Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. 10º. Ed. São Paulo: Hagnus, Vol                01,  pp.42-44.
  

13/10/2018

O ADULTÉRIO NA BÍBLIA.

O ADULTÉRIO NA BÍBLIA  


José Maria V. Rodrigues. 





Objetivos:


      1.            O adultério dentro da cultura religiosa judaica.

Justificativa: 
     O assunto adultério na bíblia é bem antigo. Já no primeiro livro, Gênesis, encontramos passagens que tratam desse assunto. Portanto os povos antios tinham especial atenção com este relacionamento humano. Abrão foi teve que conviver com vizinhos que cobiçavam sua bela mulher Saraí, embora muito idosa. E por todo o Antigo Testamento encontramos passagens reveladoras de homens que cederam à fraqueza da carne e a beleza de mulheres sedutoras. Sendo assim, o problemas de muitos homens e mulheres da Bíblia são também o problemas de muitos da atualidade. Por esta razão o estudo desse assunto é bastante proveitoso e pertinente. 

Problema.
      As Sagradas Escrituras (Bíblia) é a unica regra de fé e patica para os Cristãos. Fonte reveladora da vontade do Pai para a humanidade e principalmente para os seus filhos. São muitos textos que revelam que Deus não é a favor do adultério e deseja que seus filhos se afaste desse drama humano, porque sua prática deixa os praticantes fora do Reino de Deus, condição necessária para a salvação.  Isto é, sua pratica leva a condenação.   Neste termos, o problema reside  numa forte conscientização que leve obediência de seus filhos. .  

Texto Base: João 7:53-8:11.

         “7:53 Depois disso, cada um foi para a sua casa.
1-Entretanto, Jesus seguiu para o monte das Oliveiras. 2Ao amanhecer, Ele voltou ao templo, e todo o povo achegava-se ao seu redor. Então, Ele se assentou e lhes ensinava. 3Os escribas e fariseus trouxeram até Ele uma mulher surpreendida em adultério. Forçaram-na a ficar em pé no meio de todos, 4e disseram a Ele: “Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante ato de adultério. 5Assim sendo, Moisés, na Lei, nos mandou que tais mulheres sejam apedrejadas. Todavia, tu, que dizes a este respeito?” 6Eles falavam assim para prová-lo e terem alguma coisa de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo, como se não tivesse ouvido. 7Porque insistiram na pergunta, Ele se levantou e lhes disse: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro a lhe atirar uma pedra.” 8E, novamente, inclinou-se e escrevia na terra. 9Então, aqueles que ouviram isso, sendo convencidos por suas consciências, foram se retirando um por um, começando pelos mais velhos até o último. Jesus foi deixado só, e a mulher ficou em pé onde estava. 10Quando Jesus se ergueu, não vendo a ninguém mais, além da mulher, disse a ela: “Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?” 11Disse ela: “Ninguém, Senhor.” E assim lhe disse Jesus: “Nem Eu te condeno; podes ir e não peques mais.” Jesus defende seu testemunho” (BKJA, João 7:53-8:11).


CONCEITOS E ETIMOLOGIAS

Segundo Strong's Concordância a palavra “adultério” é traduzida do grego “moicheia”  (μοιχεία, ας, ). 
Definição gramatical: substantivo, Feminino. 
Ortografia fonética: (moy-khi'-ah). 
Do latim: Adulteriun.  
O Dicionário Michaelis define a palavra como: “Infidelidade evidenciada por relação sexual com outrem que não seja o(a) companheiro(a) estável” (MICHAELIS).

 1)-O ADULTÉRIO DENTRO DA CULTURA RELIGIOSA JUDAICA

          Adultério é a relação sexual entre uma pessoa casada e outra que não é seu cônjuge. O pecado era perdoado nas culturas pagãs, particularmente quanto à parte do homem que, embora fosse casado não era acusado de adultério a não ser que coabitasse com a esposa de outro homem ou com uma virgem que tivesse noiva. O adultério é proibido tanto no Primeiro Testamento (conf. Ex. 20:14; Deut. 5:18, punível com pena de morte por apedrejamento,Lv. 20: 10 e Deut. 5:22ss) quanto no Segundo Testamento (Rm 13:9; Gal. 5: 19; Tg 2:11); O senhor Jesus estendeu a culpa do pecado de adultério, como fez com outros mandamentos, incluindo o propósito ou desejos de cometê-los ao próprio ato em si. “Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para cobiçá-la, já em seu coração cometeu adultério com ela” (BIBLIA-ARA. Mat. 5:28).

        Na Bíblia a palavra adultério (co hebraico “na’aph” e do grego “moichia”) muitas vezes é usada de forma metafórica para representar a idolatria ou apostasia do povo de Israel comprometido com Deus (Jer. 3:8, 9).  
        A diferença entre adultério e fornicação é que este a relação sexual entre pessoas não casadas ou uma das partes não casada.  A palavra grega “pornéia” uniformemente traduzida como “formicação” inclui tanto lascívia e irregularidade sexual (cf. MM; Vine; EDNTW);
       
1.a) Adultérios nas culturas antigas

        O adultério era pratica comum nos cultos cananeus de adoração aos Baalins (plural de Baal; ídolos)  que incluía prostituição nos templos (Wiclife, p.35)
        Na cultura greco-romana o adultério, a prostituição e as orgias eram parte da cultura. O adultério, conseqüentemente, era permitido pelos deuses. Na Mitologia grega Afrodite (a deusa do amor) e Dionísio eram as principais divindades do sexo e do prazer:  Patridge relata no livro 'A História das Orgias', que Afrodite, a deusa do amor, “se entrega às delícias ilícitas do amor com Ares, o deus da guerra. O marido dela, Hefesto, convoca todos os outros deuses para testemunhar o adultério”.
        A prática da imoralidade sexual nos templos gregos com sacerdotisa era parte do culto. Não havia nenhuma restrição na lei sobre adultério para os homens. O adultério não era tolerado quando se tratava de mulheres. Elas deveriam cuidar da casa e filhos, mas os homens estavam livres da obrigação da fidelidade. Semelhantemente na cultura romana. As orgias eram verdadeiros bacanais (Baco, deus romano do vinho e da festa) de muita bebedeira e sexo com mulheres solteiras, as chamadas “heteras”. Escravas ou livres “treinadas” que serviam aos seus senhores e convidadas na pratica do sexo e divertimento; a homossexualidade era pratica comum. Os filósofos gregos do séc. IV e V a.C. já condenavam tanto a idolatria como a imoralidade. E, foi nessa cultura promiscua que o evangelho encontrou terreno fértil.

1.b) Adultério no Primeiro Testamento: Abraão e Davi
      A relação sexual nas culturas antigas tinha uma conotação distinta de uma cultura para outra.  As mulheres casadas assumiam a responsabilidade da casa e filhos. Estavam “sujeitas” ao marido devendo a ele fidelidade; a traição não era tolerada. Enquanto que os homens estavam livres para, inclusive ter mais de uma mulher. Valorizava-se o marido da mulher casada, mas não a mulher. Não se tomava por mulher a do outrem, mas por respeito ao marido. Na Bíblia temos o caso de Abraão e Sara (Cerca de 2200 a.C). Abraão teve medo de revelar que Sara era sua esposa, pois temia pela vida[1]. Tomar uma viúva como mulher não estava errado.
        Outro caso bastante conhecido é o de Davi (1000 a.C) que tomou a mulher de Urias e depois planejou a morte dele. Natã, o profeta, disse que Davi poderia ter qualquer mulher do reino, mas não a de Urias, porque esta era de Urias. Davi deveria ser punido pela Lei com morte de apedrejamento, mas como rei estava imune a punição, todavia recebeu do Senhor a devida punição.  O pecado de Davi tornou-se notório e deu aos inimigos de Deus ocasião para blasfemar.

Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste, e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser tua mulher. Assim diz o SENHOR: Eis que suscitarei da tua própria casa o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com tuas mulheres perante este sol. Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei este negócio perante todo o Israel e perante o sol. (...) Todavia, porquanto com este feito deste lugar sobremaneira a que os inimigos do SENHOR blasfemem, também o filho que te nasceu certamente morrerá.( BÍBLIA – ARA. 2 Samuel 12:10-12.14)

        Davi foi protagonista desta macabra narrativa no Antigo Testamento. Pagou preço alto por esta aventura; quatro de seus filhos morreram a espada. Sua filha foi estuprada pelo irmão dentro de sua própria casa. e teve que fugir de Jerusalém por causa de seu filho Absalão o qual se deitou com as mulheres de Davi. Neste caso, Absalão cometeu adultério ao deitar-se coma as esposas de seu pai. 
        No Primeiro Testamento encontramos referencia a essa lassidão moral como em Jó 24.15; 31.4; Prov. 2.16-19; 7.5-22; Jer. 2:10-14

1.c) Adultério no Segundo Testamento: a mulher adultera.

        No Segundo Testamento a imoralidade  generalizada permaneceu e pode ser claramente observada em Marcos 8.38 onde Jesus afirma “geração adultera e pecadora”. Em  Lucas. 18:11 na parábola do “Fariseu justo” que orava em pé dizendo: “Não sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros [...]”. Os adúlteros consta da relação dos excluídos do reino de Deus, conforme a carta de 1o. Coríntios 6.9: “[...] nem adúlteros,[...] não herdarão o reino de Deus”.  A “imoralidade sexual” (porneia), juntamente com “impureza” (akatharsia) e “libertinagem” (aselgeia) todas relacionadas ao sexo. estão classificadas como “obras da carne” passível de condenação e exclusão do Reino de Deus em Gálatas. 5:19 e Heb. 13:4 ss. 
Segundo afirmou o Senhor Jesus a fonte de todo mau, inclusive os desejos sexuais indevidos é o coração: “Porque do coração é que procedem os maus intentos, homicídios, adultérios, imoralidades, roubos, falsos testemunhos, calúnias, blasfêmias”. (Mat. 5:19 ARA).


A mulher adultera do Evangelho de João.        
        Na passagem analisada de João os fariseus não queriam demonstrar amor a Deus, pureza  e santidade  no cumprimento da Lei ao fazer justiça, mas pretendiam confundir Jesus, forçá-lo a dizer alguma palavra ou frase que pudesse servir de base para sua prisão, condenação e morte. Confirma que a religião de algumas pessoas  parece consistir de ódio e ver punidos os pecados dos outros e não ver os seus próprios pecados. O inferno, para muitos religiosos, só existe para o outro e jamais para si.  O caráter dos fariseus é digno de lastima, foram capaz de se armar com tal sutileza para pegar Jesus em alguma falha. Devemos identificar que os romanos tiraram do judeus o poder de condenar alguém à pena de morte (Jo. 18.28-31). O objetivo deles era fazer com que Jesus infligisse  algum estatuto da Lei ou alguma lei dos romanos.
        Na concepção do Senhor Jesus os escribas e fariseus, ao surpreenderam a Mulher adultera, a qual procurou fazer tudo bem escondido; todavia não esperava ser surpreendida (“pega em flagrante delito”) estavam em mesmo pé de igualdade que a adultera. Seus corações estavam cheio de toda sorte de más intenções e maus desejos escondidos (“quem não tiver pecado que atire a primeira pedra”).  Interessante paradoxo: Os olhos que tudo vê flagrou os justos escribas e fariseus em seus pecados!. “A verdade que estava nele, repreendeu a mentira dos escribas e fariseus. A pureza que estava nele condenou a lascívia que estava nela” (WICLIFFE, CPAD.2008. p 35, ipud  Mission and Message of Jesus, p 795).

        Finalizando esta questão do adultério devemos citar o texto de Romanos 13:9 ora mencionado como referencia no inicio desta nossa escrita, o qual resumirá perfeitamente o que Jesus pretendia ensinar aos escribas e fariseus e que ficou bastante claro quando absolveu a mulher adultera e fez a ela aquela recomendação: “vai e não tornes a pecar”. Vejamos, portanto o ensinamento da passagem joanina nas palavras do apostolo Paulo:
"Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo".

Sobre a originalidade do texto de João ver postagem neste mesmo blog

2)- CONSIDERAÇÕES FINAIS.
        Muito embora o texto não faça parte do original, todavia podemos estar grato pela sua preservação; porque nos ilustra muitas coisas que precisamos compreende sobre o perdão e amor.  O texto exala muito bem o espírito dos escribas e fariseus  com sua brutalidade para com o ser considerado por eles sem esperança de salvação, também o desembaraço deles em encontrar um álibe para condenar o Senhor. Ou seja se a narrativa não cumpre a originalidade ela está perfeitamente dentro do contexto da lei judaica e bem demonstra o espirito do Senhor quanto à forma de tratamento para com o pecador. Se não fosse pelas provas textuais não seria difícil aceitar como texto sagrado.
        A total ausência de misericórdia dos religiosos para com a pessoa desgraçada e o grande amor de Deus através da pessoa do Senhor Jesus, na nova oportunidade de sobrevida concedia ao pecador são característica da graça de Deus.

3)- REFERÊNCIAS.

   
BARKER, Kenneth (org). Bíblia NVI de estudo. São Paulo. Ed. Vida. 2003
CHAMPLIN, R.N. Novo Testamento Interpretado. São Paulo: Milenium. Vol.2. 1985
CHAMPLIN, R.N. Novo Testamento Interpretado. São Paulo: Mileniun. VOL.1. 1985
GRADNON, C. R. O evangelho de João. São Paulo: Casa Ed. Presbiteriana.  1965. http://bibliaportugues.com/jfa/matthew/5.htm. Acesso em 15/04/2015.
JFA–Bíblia Sagrada–King Jones Atualizada. Disponível no site:
LIMA, Maria de L. C. Exegese Bíblica. Teoria e Pratica. São   Paulo.Paulinas. 2014.
MICHAELIS, Dicionario Brasileiro de língua portuguesa. Melhoramentos:Disponivel no site: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/adult%C3%A9rio%20%20/. Aceso em out. 2018.
WICLIFE, F.S. Dicionário wiclife. trad. Trad. Degmar Rigas Junior, Rio de Janeiro:         CPAD.2008



[1] “E será que, quando os egípcios te virem, dirão: Esta é sua mulher. E matar-me-ão a mim, e a ti te guardarão em vida. Gênesis 12:12